terça-feira, 17 de junho de 2025

Anselmo Mendes A Torre (2019): 9/10

É certo que o Parcela Única é um alvarinho de referência, mas faltava a Anselmo Mendes um vinho topo de gama (Tempo, pelo preço, destaca-se, mas continuava a faltar alguma coisa).

Provam e QM já tinham arriscado no patamar dos €50, fazia sentido que outros produtores, como Anselmo, fizessem o mesmo.

E este ano Anselmo Mendes decidiu resolver esse 'problema', com o lançamento de A Torre (2019), uma seleção das melhores vinhas da Quinta da Torre, que comprou vai para 20 anos, em Monção.

Como seria de esperar, trata-se de um vinho sofisticado, sobretudo na boca, com forte mineralidade. No nariz percebe-se os cítricos característicos da casta, mas na boca são muitas camadas, perfeitamente harmonizadas com a madeira das barricas usadas, que está lá, mas discretamente.

O ponto alto é o final: além de longo, mostra uma acidez vibrante, que o torna fresco e meio salino.

Daqui a 10 anos terá nota 10!

Relação preço-qualidade: é um dos mais caros da subregião (produção pequena), mas também um dos mais distintivos. 

Ano da produção: 2019
Data de compra: abril 25
Preço de compra: oferta (online varia entre os €43 e os €53]
Local de compra/prova: Feira do Alvarinho Melgaço
Data de consumo: junho 25
Produtor: Anselmo Mendes (alguns meses depois ainda não consta do site da empresa)
Localidade: Monção
Enologia: Anselmo Mendes
Acidez Total (g/dm): ?
Açúcares totais (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Fermentou em barricas usadas durante nove meses, com bâtonnge suave."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 12º/13º
Acompanhou: panados e arroz de le
Pode acompanhar, por exemplo: tudo, menos, talvez, carnes vermelhas mal passadas
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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Unfiltered (2020): 8/10

 Trata-se de um vinho produzido com uvas da Quinta de Paços / Casa do Capitão-mor (Monção) e enologia de Henrique Cizeron e Paulo MG Ramos, que se destaca pelo facto de não ter sido filtrado.

O mais curioso é que, mesmo assim, o vinho não parece ter depósito, apresentando-se muito limpo no copo.

Vinho com uma acidez excelente e muito fresco, destaca-se também pela complexidade de sabores, que tanto vão do cheiro de charuto à madeira de carvalho, passando por amêndoa torrada.

Relação qualidade-preço: não consegui saber o preço, mas a produção não ultrapassa as 400 garrafas. Em 2020 foi o primeiro ano.

Ano da produção: 2020
Data de compra: junho 25
Preço de compra: oferta do produtor
Local de compra/prova: Essência do Vinho 2025
Data de consumo: junho 25
Produtor: Quinta de Paços /Casa do Capitão-mor
Localidade: Monção
Enologia: Henrique Cizeron e Paulo MG Ramos
Acidez Total (g/dm): 7,2
Açúcares totais (g/L): 2.0
Teor Alcoólico (%vol): 13,7º
Método de vinificação, segundo o produtor: "fim de fermentação e estágio em barricas de carvalho francês usadas, durante 15 meses com batonnage durante 8 meses, sem trasfegas e engarrafamento sem filtração. Sem estabilização tartárica. Sujeito a deposito. Estágio adicional em garrafa durante 28 meses. A produção das uvas está certificada como “Produção Integrada”."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo: 
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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Soalheiro O Cubo (2022): 8/10

Uma curiosidade, para começar: se o leitor procurar informação sobre etse vinho não vai encontrar... a não ser no site do Soalheiro. Esta será, portanto, a primeira crítica online a um vinho de 2022, resultado daquilo a que Luis Cerdeira chamou a Cave da Inovação e que não teve distribuição/venda ao público. Acabei por o conseguir, solicitando uma garrafa ao produtor (não tenho, também por isso, informação sore o preço).

Outra nota: à semelhança de outras novidades que o Soalheiro lançou em ou até 2023, não houve, até agora, edição posterior.

Sobre o vinho: diz-se que está tudo inventado no vinho e no alvarinho, mas Cerdeira voltou realmente a inovar, com este vinho fermentado numa cuba de vidro (o Cubo): trata-se de um vinho muito salino, tão salino que as papilas gustativas ficam aos saltos! Chega a parecer picante, mas é só perceção. Boa acidez.

O aroma revela-se complexo, quer com fruta tropical madura quer com maçã verde (mais vegetal).

Relação preço-qualidade: como escrevi antes, não sei o preço ao certo, mas deduzo que andará pelos €20 já que o preço deste pack é €45.

Ano da produção: 2022
Data de compra: abril 25
Preço de compra: oferta do produtor
Local de compra/prova: 
Data de consumo: junho 25
Produtor: Quinta do Soalheiro
Localidade: Melgaço
Enologia: António Luís Cerdeira
Acidez Total (g/dm): 6,5
Açúcar residual (g/L): seco
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "utilizamos uma seleção de uvas de Alvarinho provenientes do vale de Monção e Melgaço, uvas de perfil semelhantes ao nosso Soalheiro Alvarinho Clássico, mas que fermentam e estagiam num recipiente de vidro." 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: Bacalhau no forno
Pode acompanhar por exemplo: fiquei com vontade de experimentar com queijos
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Anselmo Mendes A Torre (2019): 9/10

É certo que o Parcela Única é um alvarinho de referência, mas faltava a Anselmo Mendes um vinho topo de gama (Tempo, pelo preço, destaca-se,...

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