Das duas, uma:
- ou os grandes produtores (Soalheiro, Anselmo Mendes, Regueiro, Santiago, etc) participaram, enviando os seus melhores vinhos, que o júri recusou sistematicamente;
-ou não participaram. E se assim foi, só posso entender como um boicote (o que acontece, pelo menos, pelo segundo ano consecutivo).
Conheço bem os três vinhos que venceram a medalha de ouro, mas como dizer que são os melhores da Região Verde? O espumante Dona Paterna é bastante bom, mas posso, de memória, enumerar 15 melhores vinhos, só para citar um exemplo. O mesmo se passa com o Deu-la-Deu Reserva 2023. E o Quinta das Pirâmides Reserva 2021 não é, nem de perto nem de longe, o melhor vinho com estágio da Região!
Curioso observar como a presidente da CVRVV, Dora Simões afirmou que "a Região dos Vinhos Verdes está a apostar em segmentos premium que registam uma afirmação crescente no mercado” e os três vinhos vencedores são entradas de segmento ou quase.
Alguma coisa se passa.
Já não é a primeira vez que deteto situações estranhas neste concurso (O vencedor de 2021 não se vende em Portugal; em 2023 o vencedor foi tão surpreendente quanto absurdo e já no ano passado se percebia o boicote dos principais produtores da subregião, apesar do mérito do vencedor).
Porquê este boicote? Terá a ver com a incapacidade da Comissão em criar uma a região de Monção e Melgaço?
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