Outra das novidades da Feira do Alvarinho de Monção foi o aparecimento, pela primeira vez, de um produtor que impôs um preço mínimo para as provas que habitualmente são grátis.
Por €0,50 bebia-se um 'shotinho' no stand do produtor Terras de Real.
Pude conversar com Anabela Sousa, que explicou que o objetivo era evitar aqueles que querem beber por beber e, assim, tentar selecionar o cliente que poderá estar interessado em conhecer/apreciar o seu alvarinho. Por outro lado, é uma forma de ajudar a gerar receitas que ajudem a pagar o custo de um stand na Feira, bastante elevado.
Trata-se de uma proposta tão radical quanto polémica. Posso garantir que outros produtores ali presentes comentavam a opção, quase todos (entre aqueles com quem fui falando) criticando, mas com alguns a reconhecer que quem prova em todos os stands (quase 40, muitos deles com mais do que uma referência aberta)... só quer beber e, com isso, não traz mais-valia às marcas.
Eu percebo a opção de Anabela Sousa, mas se todos fizessem assim a Feira perdia muito do seu interesse.
Acredito que o assunto será motivo de discussão e que poderá levar a uma posição da Associação de Produtores. Pró ano veremos.
Outras coisas que retive da Feira:
- a Feira esteve 4 dias aberta e, em alguns deles, até muito tarde (5 da manhã...). Resultado, na manhã de sábado vários stands estavam fechados (sobretudo entre os produtores que não têm pessoal para fazer diversos turnos). Estica-se a manta de um lado, mas descobre-se de outro... Vale a pena manter horários tão alargados? O cliente que foi na manhã de sábado ou de domingo sentiu-se valorizado?
- Outra das consequências é que alguns produtores recorreram a colaboradores que estariam ali como numa sapataria a vender sapatos. Nada sabem do vinho que estão a promover nem o que devem por num copo. Não é bom para ninguém [num deles, era mesmo tão pouco vinho para prova que tive de pagar um copo; custou €3, a garrafa custava €8...];
- apesar de ser a maior feira, faltaram produtores como Quinta do Regueiro, Márcio Lopes ou o novo projeto de António Luis Cerdeira, para falar dos mais conhecidos.
Será Anabela (é não Leonor)?
ResponderEliminarAnabela Sousa; corrigido; obrigado
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