quarta-feira, 8 de maio de 2024

Borges Estagiado em Borras Finas (2022): 6/10

Uma das mais recentes tendências é deixar o vinho estagiar com as borras (finas) durante alguns meses. O obejtivo é permitir que o vinho ganhe outros sabores que resultam desse contacto.

Até agora provei cinco vinhos com essa vinificação mas só um era verdadeiramente excelente

Este Borges está um furo abaixo dos restantes. Sendo um vinho agradável, não se percebe um ganho que resulte desse estágio, talvez por estar apenas 4 meses no processo. Um leve, com pouca estrutura.

Relação preço-qualidade: paguei €7,37 pela garrafa no distribuidor, o que é um preço incrível, mas na loja online do mesmo distribuidor está agora a €17,90, claramente inflacionado.

Ano da produção: 2022
Data de compra: fevereiro 24
Preço de compra:  €7,37 [na loja online está a €17,90
Local de compra: Armazém da JMV, Gondomar
Data de consumo: maio 24
Produtor: Vinhos Borges
Localidade: Monção e Melgaço
Enologia: ?
Acidez Total: 6,9 g Ac.Tart./l.
Açúcar: ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "O mosto proveniente das uvas prensadas é arrefecido para 8-12 ºC de forma a decantar. Após decantação o mosto limpo é separado das borras e inicia-se a fermentação com controlo de temperatura (16-17 ºC). No final da fermentação o vinho estagia sobre as borras finas durante 4 meses."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: salmão grelhado
Pode acompanhar por exemplo:
(433)


terça-feira, 7 de maio de 2024

Quinta de Santiago Espumante Extra-Bruto Reserva (2021): 7/10

O que mais se destaca neste espumante da Quinta de Santiago é, para além da bolha muito elegante, a acidez (8,2 g/dm3 é um valor relevante).
Discreto no aroma (perfil mais cítrico?), compensa depois com o final em grande.

Uma nota lateral: os espumantes da Quinta de Santiago distinguem-se de todos os outros vinhos da subregião pelos rótulos. Muito bonitos, sem margem para dúvida. Não tenho a certeza, contudo, que sejam tão informativos quanto o público pode desejar (nomeadamente, quando estão à venda em garrafeira).

Relação preço-qualidade: os €13,99 pagos no Coca são (como sempre...) um excelente preço e é com base nesse preço que faço o meu juizo. 
Ano da produção: 2021
Data de compra: fevereiro 2024
Preço de compra: €13,99
Local de compra: Coca, Monção
Data de consumo: maio 24
Produtor: Quinta de Santiago
Localidade: Monção
Enologia: ?
Acidez Total: 8,2 g/dm3
Açúcar: 3 g/l
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Prensagem direta, decantação, fermentação e estágio sobre borras finas 8 meses. Após esse período vinho base faz a 2ª fermentação em garrafa e estágio sobre as borras, conforme o método clássico pelo período de 1 ano. Garrafas são sujeitas ao
processo de remuage e dégorgement manual."
Quantidade de garrafas consumidas: 2
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º-11º
Acompanhou: arroz de polvo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(432)

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Soalheiro Cota 27 (2022): 7/10

Numa altura em que se percebe uma tendência para que os alvarinhos sejam cada vez mais secos, retirando alguma doçura associada tradicionalmente à própria casta, eis que a Quinta do Soalheiro surpreende o mercado com um novo vinho, um pouco em sentido contrário - ainda que se apresente como 'seco' (no caso, 0,37g por 100 ml).

Este Cota 27 (porque nasce nas cotas mais baixas do vale de Monção e Melgaço, junto ao Rio Minho, onde os solos são mais ricos em barro) parece(-me) destinado a um público mais feminino e provavelmente estrangeiro (nórdico?).

Um vinho muito frutado, a que não falta a característica acidez final, mas também ela mais discreta do que o temos visto em muitos alvarinhos recentes. Comparando com o Clássico da Soalheiro, mais frutado e um pouco menos de acidez.

(atualizo com informações do texto promocional, onde a Soalheiro fala de um vinho "elegante e complexo. Com volume e frescura em perfeito equilíbrio, tem um final de boca longo e persistente. A acidez é equilibrada e integrada, conferindo-lhe uma característica amigável e subtil" - sublinhados meus)

Relação qualidade-preço: seguindo o preço que encontrei online, posiciona-se na mesma fasquia do Soalheiro clássico, o que se percebe. Já o pvp recomendado parece-me elevado, mas a marca Soalheiro tem muito peso.

Ano da produção: 2022
Data de compra: abril 2024
Preço de compra: oferta do produtor [€12,5 online; pvp recomendado €15]
Local de compra: 
Data de consumo: maio 24
Produtor: Quinta do Soalheiro (ainda não consta do site]
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enologia: António Luis Cerdeira
Acidez Total (g/l): 5.6 g/dm3
Açúcar (residual): seco
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Após a prensagem e antes da fermentação, o mosto é clarificado a baixa temperatura. Este vinho inicia a fermentação num foudre de carvalho francês e termina em barricas usadas de 225 litros de carvalho francês e num ovo de inox. No ovo existe uma bâtonnage natural e nas barricas sofre bâtonnage durante 9 meses sobre as borras mais finas. Faz um estágio de 6 meses em garrafa."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: filetes de pescada com arroz de berbigão 
Pode acompanhar por exemplo:
(431)



terça-feira, 30 de abril de 2024

Soalheiro [Clássico] (2023): 9/10

Vários fatores justificam esta nota:

- a qualidade intínseca do vinho (e se achei o 2022 um pouco mais doce, este 2023 pareceu-me estar mais equilibrado);

- uma extraordinária relação qualidade-preço, que permite que se beba um vinho francamente bom a pouco mais de €10;

- a persistência do produtor em lançar a nova colheita o mais cedo possível, embora cada um de nós o possa beber o 'mais tarde' que quiser (faz parte da imagem desta marca e isso fá-la distinguir-se dos concorrentes mais diretos); 

O Soalheiro é a marca de alvarinho mais conhecida em Portugal e isso deve-se, penso, à soma de vários elementos, como alguns que enunciei antes.

Ano da produção: 2023
Data de compra: 
Preço de compra: ?
Local de compra: Restaurante Sabino, Melgaço
Data de consumo: abril 24
Produtor: Quinta do Soalheiro,
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enologia: António Luis Cerdeira
Acidez Total (g/dm3): 6,2
Açúcar (residual) seco
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "As uvas são vindimadas à mão. Após a prensagem e antes da fermentação, o mosto é clarificado a baixa temperatura. O vinho fermenta em inox e estagia em contacto com as borras finas antes do seu engarrafamento"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou: bacalhau com broa
Pode acompanhar por exemplo:
(45)




domingo, 28 de abril de 2024

Alvarinhos e doces, um casamento difícil

Uma das curiosidades das duas feiras do alvarinho (a de Melgaço, que hoje termina, e a de Monção) é a oferta de uma série de produtos deverivados de alvarinho. 

E não me refiro a bebidas (há licores, hidromel, cerveja, gin, vodka ou vermute) mas a doces. 

Desta vez comprei bombons de alvarinho no stand "Sabor do Céu" e umas bolachas de farinha de milho que tinham um creme com alvarinho (na 'Melgaço em Sabores').

Em comum, o facto de o alvarinho ser (quase, para ser simpático) indistinguível.

Os dois produtos são agradáveis, comem-se sem sacríficio (o que é doce nunca amarga...) mas não consigo encontrar o alvarinho.

A culpa não é do 'fabricante' mas da matéria-prima: como verter para o doce os aromas frutados/vegetais e a acidez final que são as marcas características da casta?

Até hoje só encontrei alvarinho, num derivado doce, neste sorvete. 

 

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Casa do Capitão-Mor Reserva Maceração (2021): 6/10

Pontos fortes deste Casa do Capitão-Mor Maceração: o aroma (forte, personalizado) e a acidez final, bem marcada e longa.

Já na boca o vinho 'não me encheu as medidas': achei-o curto, com pouca complexidade (que seria de esperar em resultado da maceração, que visa, penso, trazer novos e mais sabores ao vinho).

Um vinho agradável (que provavelmente ganhará com o tempo, já que, segundo o produtor, tem um potencial de envelhecimento de 15 anos).

Relação preço-qualidade: se a concorrência direta é o Regueiro Reserva está com dois euros a mais (tomando o preço de venda na Feira e não em garrafeira)

Ano da produção: 2021
Data de compra: julho 2023
Preço de compra: €12
Local de compra: Festa do Alvarinho, Monção 2023
Data de consumo: abril 24
Produtor: Quinta de Paços, Sociedade Agrícola, Lda,
Localidade: Mazedo, Monção
Enologia: Rui Cunha e Gabriela Albuquerque
Acidez Total (g/l): 6,3
Açúcar (g/l) <1,5
Teor Alcoólico (%vol): 14º
Método de vinificação, segundo o produtor: "O mosto é fermentado em inox, ficando o vinho sobre as borras finas com batonnage até à preparação do engarrafamento. Passagem parcial (10%) por madeira. O vinho fica em estágio na garrafa durante 6 meses"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º 
Acompanhou: robalo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(430)


terça-feira, 16 de abril de 2024

Rinha (2020): 8/10

Como Anselmo Mendes descobriu há mais de 30 anos, alvarinho e madeira podem ser grandees companheiros de viagem.

O que é que é suposto acontecer para o casamento resultar? Que a madeira, sobretudo quando elimina alguns excesso de fruta, não se sobreponha às características essenciais da casta e que esse sabor da madeira fique na boca quando a acidez final chegar. 

É o que se sucede com este Rinha 2020, um vinho produzido em Vizela por uma empresa familiar (Manuel Costa & Filhos, Lda,) já na terceira geração (Rita, a enóloga, é neta do fundador, e João, o diretor do negócio internacional, o neto).

Apesar de não haver dúvidas sobre a presença da madeira, distingue-se bem a manga madura e um pouco de papaia ou até de ananás.

[Este Rinha 2020 era um IG Minho, mas o Rinha 2022 já saiu como DOC Vinho Verde]

Relação preço-qualidade: €15 euros parece-me um preço justo.


Ano da produção: 2020
Data de compra: setembro 2023
Preço de compra: €15 (desconheço pvp recomendado)
Local de compra: Festa do Vinho Verde, Porto
Data de consumo: abril 24
Produtor: Manuel Costa  Filhos Lda (IG Minho)
Localidade: Vizela
Enologia: Rita Costa
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "6 meses em caso de carvalho francês"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º (à medida que foi aquecendo na garrafa foi perdendo vigor)
Acompanhou: arroz de camarão
Pode acompanhar por exemplo:
(429)




quinta-feira, 4 de abril de 2024

Pássaros Reserva (2022): 8/10

Pássaros é uma marca da produção Anselmo Mendes. Nos últimos tempos ouvi falar de um alvarinho+loureiro mas agora acabam de sair (pelo menos*) dois mono-varietais de alvarinho: este Reserva e um colheita, de que falarei em breve. 

Independentemente dos objetivos do produtor (tem para o mesmo segmento de preço o Muros Antigos e o Contacto, mas é preciso lembrar que vendeu recentemente a marca Contacto à família Symington), este é um vinho que parece ter condições para o por a competir, no mercado interno, com o Regueiro Reserva ou mesmo com o Soalheiro: aroma intenso, frutado q.b. e uma boa acidez. Um vinho fresco e jovem, um alvarinho a menos de €12~- preço a que o comprei, desconheço se era uma prmoção.

(* também encontrei um Reserva de Família no mercado brasileiro)

Relação preço-qualidade: boa, se estes€11,99 forem mesmo o preço do Pássaros

Ano da produção: 2022
Data de compra: março 2024
Preço de compra: €11,99
Local de compra: Pingo Doce
Data de consumo: abril 24
Produtor: Anselmo Mendes (não consta do site)
Localidade: Melgaço
Enologia: Anselmo Mendes
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: ""
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: massada de salmão
Pode acompanhar por exemplo:
(428)


quarta-feira, 3 de abril de 2024

Um espumante de alvarinho que custa metade dos outros

No supermercado Coca, de Monção (a loja de referência em termos de preços de alvarinho) o espumante de alvarinho mais barato custa cerca de €10. Penso que nem na Feira do Espumante, de Melgaço, se encontra mais barato.

Mas o espumante de alvarinho mais barato custa metade, pouco mais de €5, marca Pingo Doce.

A minha admiração é a seguinte: os supermercados arrasam na venda de vinhos de marca branca, mas se virmos os preços dos alvarinhos (colheita) a diferença não é assim tão grande: o Adega de Monção bate-se com os preços das marcas brancas, para referir apenas um vinho da subregião (todos à volta de €4). Na zona dos vinhos verdes há ainda outros exemplos.

Ou seja, como se explica uma diferença tão grande (o Pingo Doce custa metade do Bruto Regueiro, no Coca, por exemplo)? O produtor e o distribuidor estão a esmagar margens de lucro e a ganhar cêntimos? Ou são os outros produtores que 'exageram' no preço?

Resta acrescentar, para quem não saiba, que o espumante do Pingo Doce é produzido por Anselmo Mendes, o que só aumenta(ria) o seu valor.



sábado, 30 de março de 2024

Pequenos Rebentos Viagem ao Princípio do Mundo (2020): 7/10

Começo por avisar que a nota atribuída é claramente mais baixa do que aquela que as revistas da especialidade atribuíram. A explicação é simples (pelo menos para mim): o preço. 

Este vinho vale €60 euros? Na minha opinião, não.

Todos sabemos como há uma dose de subjetividade na fixação do preço do vinho pelo produtor, que tem naturalmente todo o direito de, fazendo as suas contas e previsões, marcar o que entende (aqui são 1000 garrafas, por exemplo).

Da mesma forma, os consumidores também podem e devem fazer as suas 'análises'.

O meu ponto é este: com €60 euros comprava outros vinhos iguais ou melhores (o Sou ou o Ânfora, da Quinta de Santiago, o Parcela Única, o Alvorone, do Soalheiro, o Revirado, etc. para não referir alguns espumantes fantásticos ou os colheitas tardias, que são a minha perdição) e ainda recebia troco.

Sobre o vinho: começa a destacar-se no aroma, que é bastante complexo (e isto é um elogio). Na boca, parece haver um pouco de tudo: de fruta, de mineral, de salino. Gostei da acidez final mas talvez um pouco curta.

[nota final: este é mais um vinho com lacre de cera na rolha, uma moda cada vez mais comum. Para mim, como consumidor, esse lacre é uma chatice]

Relação preço-qualidade: tudo dito.

Ano da produção: 2020
Data de compra: dezembro 2023
Preço de compra: oferta particular [€59,90 pvp recomendado, mas já o encontrei a muito mais]
Local de compra: 
Data de consumo: março 24
Produtor: Márcio Lopes Winemaker
Localidade: Melgaço
Enologia: Márcio Lopes
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "este vinho macerou e fermentou nas peliculas durante aproximadamente 30 dias, com posterior estágio com as borras totais durante 18 meses, em barricas de Jerez, com véu de flor. Estágio de 18 meses em garrafa"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo:
(427)





segunda-feira, 25 de março de 2024

VG Reserva (2019): 5/10

Este VG (Quintas de Vila Garcia, Amarante) foi comprado há menos de meio ano, não apenas porque era uma referência nova mas também porque achei curioso (ainda) estar no mercado a colheita de 2019. 

Percebi depois que esta terá sido a última produção, uma vez que o vinho não consta do site do produtor nem há no mercado uma edição posterior.

Sobre o vinho há a dizer o seguinte: essencialmente, é madeira. Madeira e alvarinho são dois elementos com potencial (de) boa ligação, mas neste caso há madeira a mais. E o facto de estarmos perante um vinho com alguns anos em garrafa talvez tenha potenciado essa presença (a cor é escura, tipo brandy).

Relação preço-qualidade: é 'maior' o preço do que a qualidade.

Ano da produção: 2019
Data de compra: setembro 2023
Preço de compra: €10,95
Local de compra: Garrafeira das Carvalhas, Gondomar
Data de consumo: março 24
Produtor: Quintas de Vila Garcia (já não consta do site)
Localidade: Amarante
Enologia: ?
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "As uvas fermentaram em cubas de inox, com controlo de temperatura. O vinho estagiou em barrica usada (70%) e barrica nova (30%)."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: Arroz de polvo e filetes do mesmo
Pode acompanhar por exemplo:
(426)

sexta-feira, 15 de março de 2024

Burra de Ferro (2022): 7/10

Os produtores (Alvaminho) também têm vinhas em Monção, mas este Burra de Ferro é da zona de Barcelos.

Trata-se de um vinho muito interessante, com a uma entrada que mostra boa fruta e sobretudo uma saída com aquela acidez que distingue os bons alvarinhos.

Relação preço-qualidade: (não encontro preço online)

Ano da produção: 2022
Data de compra:
Preço de compra: ?
Local de compra: Oferta do produtor (julho 23)
Data de consumo: março 24
Produtor: Alvaminho
Localidade: sub-região do Cávado
Enologia: Constantino Ramos
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 9º
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(425)



quarta-feira, 6 de março de 2024

Quinta de Santa Cristina Grande Reserva (2020): 8/10

Gosto de alvarinhos com madeira, desde que a madeira encontre o equilíbrio com as características da casta: não gosto que se sobreponha mas também não aprecio que seja tão discreta que (quase) não se perceba.

Por isso gostei muito deste Quinta de Santa Cristina Grande Reserva.

Um vinho muito equilibrado, com boa madeira, a valorizar a casta.

Relação preço-qualidade: tem o preço do Soalheiro Reserva, a referência neste segmento. Poderia portanto ser um ou dois euros mais barato.

Ano da produção: 2020
Data de compra:
Preço de compra: €24,90 
Local de compra: provado na Essência do Vinho 2024
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Garantia das Quintas,
Localidade: Celorico de Basto IG Minho
Enologia: Jorge Sousa Pinto
Acidez Total (g/l): 5,8 g/dm3 (tartárico)
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 14º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Estagiou durante 7 meses em barrica de carvalho francês usado com “batonnage” no primeiro mês"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 10º?
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(424)


sexta-feira, 1 de março de 2024

QM Barro (2022): 7/10

As Quintas de Melgaço levaram o seu novo Barro à Essência do Vinho, onde tive oportunidade de o provar e de conversar a enóloga, Patrícia Peixoto, que se estreia precisamente com este vinho, vinda do Alentejo.

Barro é um vinho que estagia em talhas (argila, portanto).

Não é o primeiro alvarinho produzido desta forma, uma vez que a Quinta de Santiago foi pioneira com o seu Santiago na Ânfora do Rocim, mas é o primeiro - explicaram-me - feito integralmente na sub região.

As comparações são inevitáveis, sobretudo para mim, que me declarei um fã do Santiago. E, provando os dois (ainda por cima, pude ir novamente ao Santiago, que estava igualmente na Essência...), penso que falta alguma vivacidade a este Barro.

Como Patrícia Peixoto explicou, a talha 'facilita' a evaporação do vinho, 'limando algumas arestas', e neste caso acho que lhe retirou alguma expressão.

Relação preço-qualidade: uma vez que os preços dos dois talhas são idênticos, sou levado a pensar que este Barro poderia ser €5 ou €10 mais barato.

Ano da produção: 2022
Data de compra: 
Preço de compra: €36,53 online
Local de compra: provado na Essêncai do Vinho 2024
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Quintas de Melgaço (ainda não consta da lista do site]
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enologia: Patrícia Peixoto
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º?
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo:
(423)

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Firmamento (2022): 6/10

Começo por algo que, para mim, é difícil de entender: uma empresa de S. João da Pesqueira (Firma, Viticultores & Viticultores) comprou vinho na subregião de Monção e Melgaço e lançou este Firmamento - até aqui tudo bem.  Mas qual é a origem deste vinho? 'Monção & Melgaço' é uma região suficientemente vasta para precisar de mais detalhe. Monção ou Melgaço? E quem é o produtor?

Trata-se de uma questão de respeito e, como agora se diz, de 'accountability' pelo consumidor. Esta falta de transparência pode, no limite, fazer um consumidor mais atento hesitar.

Esta é uma preocupação que venho manifestando desde a origem desta página. Penso que a Comissão dos Vinhos Verdes deveria dar o exemplo e ser mais exigente.

Quanto ao vinho: vale sobretudo pelo final, com boa acidez e bastante frescura. Um vinho agradável (perfil cítrico), leve de se beber.

Relação preço-qualidade: sendo mais caro do que o Deu la Deu, Regueiro, Portal do Fidalgo, QM e Soalheiro  (os cinco mosqueteiros da frente de ataque da subregião), a pergunta é: quem vai comprar este vinho?

Ano da produção: 2022
Data de compra: fevereiro 24
Preço de compra: €12 
Local de compra: El Corte Inglés
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: ? [Engarrafado por Firma, Viticultores &Viticultores, S. João da Pesqueira]
Localidade: ?
Enologia: Constantino Ramos
Acidez Total (g/l): 6,3 g/L (ácido tartárico)
Açúcar (g/l) 1 g/L (glucose, frutose e sacarose)
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "A colheita das uvas é precoce para obtermos uma frescura aromática e única. Prensagem suave em prensa pneumática, seguida de uma fermentação longa a baixa temperatura para preservar os aromas varietais da casta. Estágio em inox de 6 meses com bâtonnage regular"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: risotto de alheira
Pode acompanhar por exemplo:
(422)


domingo, 18 de fevereiro de 2024

Valados de Melgaço Espumante Brut Nature Velha Reserva (2016): 7/10

Começo por dizer que a nota atribuída tem em conta o preço de venda ao público deste espumante e não o preço que paguei na feira do Espumante de Melgaço do ano passado. Tentando explicar melhor: se algum dos nossos leitores quiser comprar este vinho hoje não vai conseguir pagar os €25 da Feira nem, por aquilo que percebi, nada que se pareça. Online só encontrei uma referência, por isso a tenho em conta, acrescido do facto de, na página da marca, este espumante (ainda?) não constar.

Assim sendo, a nota atribuída, como sempre acontece, tem em conta a relação preço (os €45) - qualidade.

O que falta a este vinho? Mais sabores secundários, mais complexidade, mais riqueza. É bom, mas caro.

Recomendo vivamente que seja aberto uma hora antes, porque precisa desse tempo para se revelar (o que vale por dizer que, como não o abri com tanta antecedência, os dois primeiros copos estavam mais 'mortos').

Ano da produção: 2016
Data de compra: dezembro 23
Preço de compra: €25 [€45 online]
Local de compra: Feira do Espumante de Melgaço 2023
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Valados de Melgaço (não consta do site)
Localidade: Melgaço
Enologia:
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: apenas existe esta informação
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º-11º
Acompanhou: frango estufado
Pode acompanhar por exemplo:
(421)



 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Casal do Conde (2021): 5/10

Um alvarinho, produzido na região do Tejo, que se revela demasiado leve.

Os aromas, vegetais, são interessantes, mas na boca acaba demasiado cedo.

Relação preço-qualidade: se considerarmos que há na subregião alvarinhos a menos de 5 euros que são melhores...

Ano da produção: 2021
Data de compra: dezembro 23
Preço de compra: oferta pessoal [€7 online]
Local de compra: 
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Casal do Conde (não consta do site)
Localidade: Cartaxo
Enologia:
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Fermentação em cubas de inox com temperaturas controladas a 16º C".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: robalos grelhados
Pode acompanhar por exemplo:
(420)



domingo, 11 de fevereiro de 2024

"Choque de titãs" (Coca vs Intermarché de Monção)

Atualização das cotações na bolsa de valores de alvarinhos de Monção (preços registados a 10/2/24 nos hipermercados Coca e Intermarché de Monção)


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Dona Paterna Pet-Erna (2022): 6/10

Quarto pet nat de alvarinho.

Um vinho leve (12º), com um certo perfil cítrico, agradável. Isto pode ser bom, para quem quer um acompanhamento despretensioso, mas insuficiente para quem procura um vinho com mais estrutura e personalidade.

[Pode ter sido falha minha, mas ao abrir perdeu-se quase um copo de vinho, tal a força com que saía da garrafa]

Relação preço-qualidade: €10 euros na Feira do Espumanente é uma coisa, €15 em loja é outra...

Ano da produção: 2022 
Data de compra: novembro 23
Preço de compra: €10
Local de compra: Feira Espumante de Melgaço 23
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Dona Paterna (não consta)
Localidade: Melgaço
Enologia: 
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "o pét-nat não tem adição de sulfitos e de conservantes, assim como não passa pelo processo de filtragem, do dégorgement ou adição de açúcar. Termina a fermentação na garrafa, vedada com cápsula metálica, cujo método exige uma enorme precisão do produtor. Temos de o engarrafar no momento certo, antes de todo o açúcar ser consumido. A fermentação é depois finalizada na garrafa, libertando o “gás” natural que lhe é tão particular".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 9º/10º
Acompanhou: caril de frango 
Pode acompanhar por exemplo: 
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Messala Reserva (2019): 7/10

Este é um vinho fortemente marcado pela madeira. Para alguns, talvez em demasia. Para mim, está dentro do limite do aceitável, embora a intensidade pudesse ser 'afinada'.

O ponto forte é a acidez.

Notas de caramelo, figo seco e açúcar em ponto de rebuçado.

Outras notas:

- este vinho apresenta-se com um lacre que exige força e persistência para ser removido; a quem interessa uma coisa destas? 

- "Engarrafado em Monção". Mas produzido por quem? De onde vêm as uvas? Quem fez a vinificação?

- Entre os €22 no site oficial da empresa e os €15,99 no Internarché de Monção são seis euros de diferença!

Ano da produção: 2019
Data de compra: novembro 23
Preço de compra: €15,99
Local de compra: Intermarché de Monção
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Grande Porto Vinhos
Localidade: "Engarrafado em Monção"
Enologia: ?
Acidez total : 6,4 g/l
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: " Resulta da vinificação da casta com contacto pelicular e estágio de 12 meses em barricas de carvalho Francês sobre borras finas."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: pizza vegetariana
Pode acompanhar por exemplo: ligou muito melhor com doce (no caso, figos secos)
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Cozido à portuguesa e alvarinho (1ª tentativa)

Já todos sabemos que os mitos que rodearam décadas (centenas?) de anos de vinho branco estão felizmente a desfazer-se a uma grande velocidad...

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