quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Sou (2018): 8/10

O pioneirismo de Anselmo Mendes deixou vários 'filhos' e um deles está na Quinta de Santiago.

Este Sou, resultado da colaboração da Joana com o enólogo Nuno Mira do Ó, é um vinho diferente dos alvarinhos convencionais, destacando-se pela forma como conjuga, sem hesitações, a acidez com as características mais profundas da casta - nomeadamente laivos de lima ou alguma fruta de caroço (maçã verde, por exemplo). Em contrapartida, a madeira não se nota.

No final, quando tudo acaba, fica na boca aquele sabor delicioso a vinho 'antigo' (no sentido de tradicional, de lavrador)

Mas o que mais distingue este vinho é que, pelo resultado obtido, ele pode ser combinado com quase todos os pratos da gastronomia portuguesa. Perfeito para um arroz de pato ou um cabrito no forno, acompanhará magistralmente um bacalhau à gomes de sá ou um arroz de peixe galo - e isto é, penso, o maior elogio que se pode fazer a este vinho.

(é um 8 e não um 9 porque gosto de alvarinhos menos ácidos, só isso)

(mais um vinho a experimentar o estágio de 9 meses em borras finas)

Análise ao preço: caro, evidentemente, mas ainda assim há mais caros e piores!

Ano da produção: 2018
Data de compra: novembro 20
Preço de compra: €33
Local de compra: Garrafeira Tua Vinharia, Póvoa de Varzim
Data de consumo: novembro 2020
Produtor: Quinta de Santiago
Localidade: Cortes, Monção
Enólogo: Nuno Mira do Ó
Acidez total: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º (pode ser servido a 14 ou 15º)
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: pataniscas de bacalhau com arroz de feijão
Pode acompanhar por exemplo: tirando cozido à portuguesa, talvez tudo!
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