sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Vinha do Pardal (2020): 9/10

Primeira e menos importante nota: este vinho 'não existe'! Não existe no site da Quinta de Santiago, não existe em qualquer página da net, só na loja em que o comprei... [é um mistério, para mim, como é que estas coisas acontecem quando uma grande parte dos negócios se fazem cada vez mais online].

Contactei a empresa, solicitando mais informações, mas sem resultados. Gostaria por exemplo de saber que tipo de vinificação recebeu e se esta parcela em concreto tem algo que a distinga.

Ainda relacionado com isto: no final de 2021 a Quinta de Santiago lançou aquele que anuncia como o seu primeiro vinho de parcela. E não é este...

Segunda nota e mais importante: é um vinho fenomenal. Lembra-me aquele colheita tardia da mesma casa, com uma acidez crocante e viciante, sem perder a matriz da casta. Vale o que vale, mas não me lembro de ter bebido outro alvarinho parecido com este.

Relação preço-qualidade: fantástica!

Ano da produção: 2020
Data de compra: dezembro 21
Preço de compra: €15,00
Local de compra: Saudáveis e Companhia, Monção
Data de consumo: janeiro 2022
Produtor e Engarrafador: Quinta de Santiago
Localidade: Cortes, Mazedo, Monção
Enólogo: ?
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 14º /15º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: arroz de gambas e queijo de S. Jorge (cura 12 meses)
Pode acompanhar por exemplo:
(322)



domingo, 23 de janeiro de 2022

Quinta de Setas (2020): 7/10

Ouvi falar deste Quinta de Setas pela primeira e única vez no guia de João Paulo Martins.

Tentei saber mais - não foi fácil, já que nem no Museu do Alvarinho em Monção me souberam ajudar - mas ao fim de algum tempo obtive resposta do produtor, um médico veterinário da Bairrada que em 1988 adquiriu esta Quinta de Setas em Ceivães. "Apesar da nossa família estar ligada à Vitivinicultura há muitos anos, só em 2020 decidimos 'profissionalizar' este projeto e, portanto, estamos a dar os primeiros passos", pelo que esta é uma novidade absoluta.

E para quem está a começar, os resultados são bastante positivos. Um alvarinho de perfil clássico, claramente cítrico, agradável de beber e com uma acidez bastante interessante. Tenho algumas dúvidas sobre o resultado do estágio em barricas de carvalho francês durante dois meses (mais batonnage) - não será pouco tempo?

Na análise que faz ao vinho, João Paulo Martins acentua que, com estas características, o Quinta de Setas tem tudo para evoluir bem em garrafa. Vou (tentar....) guardar a outra garrafa que o produtor teve a amabilidade me oferecer para daqui a uns anos!

Relação preço-qualidade: o produtor recomenda um pvp de €12, que está um ou dois euros acima dos vinhos de referência na mesma gama.

Ano da produção: 2020
Data de compra: janeiro 22
Preço de compra: oferta do produtor, já que referência relativa a 2020 está esgotada [pvp recomendado €12]
Local de compra: 
Data de consumo: janeiro 2022
Produtor e Engarrafador: Ângelo Gomes Fernandes
Localidade: Ceivães, Monção
Enólogo: Élio Barreiros
Acidez total: 6,8º
Açúcar Residual: < 1.5 g/dm3
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 14/15º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo: risotto de berbigão
(321)



domingo, 16 de janeiro de 2022

Delaforce (2013): 9/10

Um amigo do Senhor Alvarinho descobriu numa garrafeira este Delaforce 2013 - que estava na minha lista de compras mas nunca encontrara à venda.

O proprietário da garrafeira, convencido de que 9 anos tinham estragado o vinho, não o quis vender - e ofereceu a garrafa (para temperos...).

Pois ainda bem que libertou espaço, cedendo-a: se no nariz é um alvarinho de aroma mais ou menos convencional, no resto é um vinho tão bom quanto dificil de descrever.

Transformou-se em algo parecido com vinho do Porto, pleno de sabores (frutos secos, caramelo, baunilha, marmelada, casca de toranja, etc).

Delicioso, em suma (a cor parece uísque envelhecido em casco)

(uma dúvida: este foi bebido a uma temperatura a rondar os 15º, mas talvez o frio ainda o desenvolvesse mais; outra dúvida: este vinho está à venda em Portugal?)

Ano da produção: 2013
Data de compra: janeiro 22
Preço de compra: oferta da garrafeira Caves Cruzeiro Real
Local de compra: garrafeira Caves Cruzeiro Real
Data de consumo: janeiro 2022
Produtor e Engarrafador:Real Companhia Velha
Localidade: Quintas do Cipreste e Cidrô (Vinho Regional Duriense)
Enólogo: ?
Acidez total: 6,52º
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 14/15º
Passou pelo arejador? 
Acompanhou: queijo da serra
Pode acompanhar por exemplo: cabrito no forno
(320)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Terras de Monção Reserva (2020): 5/10

Este Terras de Monção Reserva distingue-se pela acidez.

No nariz até entra bem, mas depois, em boca, não é para qualquer um. O final, ainda por cima, esgota-se rapidamente.

(o site do Solar de Serrade, que o produz, não tem qualquer informação sobre este vinho, muito menos sobre o nível de acidez).

Sendo um Reserva, (ainda? por ser um 2020) não se percebe o ganho que daí resulta.

Relação qualidade-preço: gostei mais do Terras de Monção clássico, que é mais barato, mas para um Reserva não se pode dizer que seja caro (a menos que o comparemos com o Regueiro Reserva...).

Ano da produção: 2020
Data de compra: dezembro 21
Preço de compra: €8,90
Local de compra: Saudáveis e Companhia, Monção
Data de consumo: janeiro 2022
Produtor e Engarrafador: SAVAM- Solar de Serrade 
Localidade: Mazedo, Monção
Enólogo: ?
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 14º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: pataniscas de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo: 
(319)




terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Edmund do Val Reserva (2017): 7/10

 Em 2018 provei o 2011 e foi uma excelente surpresa.

Três anos depois foi a vez de beber o 2017 - e não me impressionou tanto.

Apesar de ter aberto a garrafa com quase uma hora de antecedência, o primeiro copo não mostrou a riqueza de sabores que esperava.

Uma hora mais tarde, a outra temperatura (o produtor recomenda 14º-16º, mas o primeiro copo estaria a 11º/12º), já foi diferente, mas ainda mais contido.

(continua a ser um vinho com  90% de Alvarinho, 7% de Loureiro e 3% de Trajadura?)
Ano da produção: 2017
Data de compra: 2021
Local de compra: Garrafeira Portugal
Preço de compra: €13,95
Data de consumo: janeiro 22
Produtor: Quinta Edmun do Val
Localidade: Valença
Enólogo: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: arroz de gambas
(84)

domingo, 2 de janeiro de 2022

Soalheiro Espumante Pet Nat (2020): 7/10

Estamos perante o primeiro pet nat de alvarinho - e esse lado experimental tem de ser elogiado. Trata-se de um caminho que outros, em breve, irão percorrer, porque o método permite obter espumantes leves e agradáveis de beber, o que diversifica a oferta de alvarinhos espumantizados.

É naturalmente o caso.

Mas também para o consumidor é necessária uma aprendizagem de algo que é recente em Portugal. Por exemplo, como envelhecerá? Qual a melhor temperatura para ser servido?

Relação preço-qualidade: um pouco mais caro do que os espumantes clássicos, mas sem exagero. Corrigi o preço, que estava errado: No produtor trata-se de um preço muito acessível.

Ano da produção: 2020
Data de compra: dezembro 21
Preço de compra: €11,25 [desconheço o pvp]
Local de compra: no produtor
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor e Engarrafador: Quinta do Soalheiro
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo: A. Luis Cerdeira
Acidez total: 6º
Açúcar Residual: Extra-Seco (16 g/l)
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: bacalhau assado na brasa
Pode acompanhar por exemplo: a experimentar com assados no forno
(318)



sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Casa Santa Eulália Terroir Velho Mundo (2018): 6/10

Melhor este 2018 do que o 2016 (bebido em 2018).

O ponto forte deste vinho é o final, que nos deixa ótimas sensações, depois de bebido - daí não ligar bem com qualquer comida. O aroma é pouco presente.

Não é um vinho 'fácil' (acidez bem marcada) mas é um vinho muito interessante; pelos vistos, está 12 meses em barrica de carvalho, mas a madeira aparece diluída.

O problema é o preço. Parece-me um exagero.

Ano da produção: 2018
Data de compra: Junho 2021
Local de compra: Portugal Vineyards
Preço de compra: €23,35
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor: Casa Santa Eulália
Localidade: Atei, Mondim de Basto
Enólogo: ?
Acidez: n.d.
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: lulas estufadas
Pode acompanhar: marinada de carne de aves
(117)

Casa Santa Eulália Terroir Velho Mundo (2016)




segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Head Rock Reserva (2015): 8/10 [segunda prova]

Bebi este transmontano Head Rock Reserva 2015 pela primeira em 2019.

E logo fiquei impressionado.

Voltei a bebê-lo agora, quase 3 anos depois, e ainda se mostrou melhor.

Sobretudo a segunda metade da garrafa, que foi bebida algumas horas depois.

Está lá a 'génese' do alvarinho, mas abundam sabores complementares, que só a idade pode proporcionar.

Excelente! 

(segundo o produtor, da edição de 2015, foram engarrafadas 1950. Pelos vistos ainda há algumas à venda; por falar nisso, não percebi se há colheitas posteriores)

Ano da produção: 2015
Data de compra: setembro 21
Preço de compra: €13,50
Local de compra: Portugal Vineyeards
Data de consumo: dezembro 21
Produtor: Head Rock Wines
Localidade: Nozedo, Vila Pouca de Aguiar
Enólogo: Carlos Bastos?
Acidez: nd
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: bacalhau cozido e bochechas de porco estufadas
Pode acompanhar por exemplo: 
(162)


sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Regueiro Reserva (2020): 8/10 [segunda prova]

Bebi novamente este Regueiro Reserva 2020, agora já com mais algum tempo em garrafa, e, sem surpresa, mostrou-se francamente melhor.

Abaixo dos 10 euros, um dos melhores.

Uma sugestão: é comprar uma caixa e guardar!

Ano da produção: 2020
Data de compra: 
Preço de compra: €18
Local de compra: Restaurante Marinheiro, Póvoa de Varzim
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor: Quinta do Regueiro
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo:
Acidez total:
Quantidade de garrafas consumidas:
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 10º?
Passou pelo arejador? Não.
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo:
(55)


domingo, 19 de dezembro de 2021

Casa Grande Sant'Ana (2017): 7/10

Uma surpresa agradável, este alvarinho produzido no Marco de Canavezes.

Aroma personalizado, na boca há uma predominância cítrica mas com espaço para a sensação de outras frutas. Acidez bem integrada.

Sem ser um reserva, consegue surpreender pela capacidade de acompanhar comida que não seja apenas aquela que o vinho branco tradicionalmente segue.

Relação preço-qualidade: acho que o produtor arrisca com este preço próximo dos 10 euros, uma vez que por este valor se compra o Soalheiro ou Regueiro, para dar apenas dois exemplos. Mas o vinho tem qualidade 


Ano da produção: 2017
Data de compra: novembro 21
Preço de compra: €9,49
Local de compra: vinha.pt
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor e Engarrafador: Casa Grande de Sant'Ana (Carlos Lucas)
Localidade: Marco de Canavezes (VR Minho)
Enólogo: Carlos Lucas
Acidez total: 6.2º
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 13º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: perú assado
Pode acompanhar por exemplo: carnes brancas no forno ou 'lagareiros'
(317)


terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Quinta do Tamariz (sem data): 2/10

É possível comprar alvarinhos a menos de 5 euros com um mínimo de qualidade (temos alguns exemplos registados - e em alguns casos até bons), mas não é o caso deste Quinta do Tamariz.

Trata-se de um vinho demasiado ácido e com pouco alvarinho (muito pouco aromático e quase sem fruta).

(por que é que não há informação sobre a data de colheita?)

Relação preço-qualidade: às vezes o barato sai 'caro'...

Ano da produção: ?
Data de compra: outubro 21
Preço de compra: €4,25
Local de compra: Preços Baixos, Póvoa de Varzim
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor e Engarrafador: Quinta do Tamariz
Localidade: Barcelos (VR Minho)
Enólogo:
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 2/10
Primeiro copo servido a: 14º 
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: arroz de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo: 
(316)


sábado, 11 de dezembro de 2021

O Guia de Vinhos 2021 de João Paulo Martins dedicado a Monção e Melgaço

Acaba de sair um pequeno mas muito interessante livro de João Paulo Martins (JPMartins) dedicado aos vinhos de Monção e Melgaço (quase só alvarinhos, mas não só).

Trata-se de uma obra pioneira (por exemplo fornece informações sobre os produtores e as colheitas, que muitas vezes não estão disponíveis ao público), que já li duas vezes. Ainda por cima JPMartins é o crítico de vinhos que sigo com mais atenção.

Dito isto, apenas uma nota discordante:

JPMartins excluiu marcas que, sendo feitas com uvas de Monção e Melgado, são engarrafadas fora da subregião, tal como as marcas de supermercado. Segundo explica, quis "abranger apenas produtores-engarrafadores e empresas da própria região e não outros operadores". Percebo e aceito, embora alguns dos casos que ficaram de fora se trate de 'operadores' que compram o produto acabado (produção, engarrafamento e se calhar rotulagem) no próprio viticultor de Monção e Melgaço.

Já tenho mais dificuldade em entender que o livro tenha sido feito apenas com os vinhos que os produtores lhe enviaram e não com 'todos' os que cumprissem aquele critério.

Dir-se-á que os produtores são os primeiros a ter interesse em enviar o máximo de vinhos, mas nem sempre isso é verdade. Pelas mais variadas razões (até pela falta de colaboração do produtor ou apenas por estarem esgotados), alguns podem ficar de fora. E ficaram.

Por isso não será possível encontrar no guia de JPMartins o único 10/10 do Senhor Alvarinho ou aquele que para mim é um dos melhores espumantes da subregião, o Encosta dos Sobrais. Outro exemplo: as Quintas de Melgaço produzem três espumantes e só está o Velha Reserva. Também não está o excelente Dom Ponciano Espumante Extra-Bruto e, para concluir, faltam dois vinhos da Quinta de Soalheiro, o Bruto Nature e o 9%.

Pode ser ingenuidade da minha parte, mas um guia de vinhos de uma determinada região deve tentar ter todos - é pelo menos isso o que persigo nesta página.

Dito isto, que não pretende por em causa a qualidade da obra, insisto nos méritos do livro de JPMartins.

PS - também encontrei (pelo menos 8) vinhos na lista de JPMartins que (ainda?) não estão por aqui. Alguns pelo preço (Tempo, Quinta das Pereirinhas Reserva Familiar, Jurássico, Valados de Melgaço 5º Aniversário) e outros por distração ou desconhecimento (Quinta da Pedra, Rebouça Espumante Reserva Bruto Natural, Quinta de Setas, Terrunho D'Além). Vamos tentar corrigir...




terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Quinta de Gomariz Colheita Selecionada (2020): 6/10

O maior elogio que se pode fazer a este Quinta de Gomariz é que podia ter sido produzido na subregião.

É um vinho de perfil tropical, talvez um pouco 'doce' demais para certas bocas, mas com boa harmonização final (na acidez). Eu gosto.

Relação preço-qualidade: custou mais um €1,5 do que o 2019 e a nota agora atribuída reflete isso mesmo (passou de 7/10 para 6/10).

Ano da produção: 2019
Data de compra: dezembro 21
Local de compra: Auchan, Maia
Preço de compra: €8,39
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor: Quinta de Gomariz
Localidade: Santo Tirso, Vinho Regional Minho
Enólogo: António Sousa
Acidez:
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: arroz de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo:
(34)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Ninfa (2019): 8/10

Alvarinhos, como este, produzido com características muito específicas, valorizam claramente o potencial da casta.

Sou insuspeito ao dizê-lo: os (bons) alvarinhos clássicos são os meus preferidos, mas por vezes há a  felicidade de encontrar, da mesma casta, vinhos muito diferentes.

É verdade que há uma base cítrica neste Ninfa, produzido a 15kms do mar, no sopé da Serra dos Candeeiros (Rio Maior), com uvas biológicas em solos argilo calcários e com muita salinidade, refletida numa clara sensação mineral. E está lá o final bem equilibrado pela acidez.

Mas em tudo o resto é um alvarinho diferente. Como li algures, um verdadeiro vinho de terroir.

Relação preço-qualidade: excelente.

Ano da produção: 2019
Data de compra: novembro 21
Preço de compra: €9,49
Local de compra: vinha.pt
Data de consumo: novembro 2021
Produtor e Engarrafador: Sociedade Agrícola João T. M. Barbosa
Localidade: Rio Maior (Tejo)
Enólogo: 
Acidez total: 6,6º
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 13º (mas podia ter sido a mais dois graus)
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: arroz de peixe galo
Pode acompanhar por exemplo: peixes no forno
(315)



segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Céu na Terra (2020): 7/10

Apesar do nome bem português, Céu na Terra é um alvarinho de exportação (sobretudo mercado britânico?), que por sorte encontrei num site nacional.

É um produto da Quinta de Santiago, feito conjuntamente por Liam Steevenson MW (CEO da empresa Global Wine Solutions Ltd, que importa e distribui o vinho) e por Joana Santiago e resulta num vinho 'tradicional' da subregião: frutado (mais cítrico do que tropical), com bom aroma e boa acidez, na linha dos vinhos convencionais da Quinta.

[não consta do portfolio da Quinta]

Relação qualidade-preço: €15,40 é caro para a média portuguesa; já em libras...

Ano da produção: 2020
Data de compra: novembro 21
Preço de compra: €15,40
Local de compra: vinha.pt
Data de consumo: novembro 2021
Produtor e Engarrafador: Quinta de Santigo[importado e distribuído por Global Wine Solutions Ltd]
Localidade: Monção
Enólogo: Liam Steevenson + ?
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 2
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: arroz de camarão
Pode acompanhar por exemplo: queijos meios curados
(314)



sábado, 20 de novembro de 2021

Borges (2020): 7/10

Um vinho que mantém as características desde que foi provado pela primeira vez neste contexto: a fruta é de caroço, com um perfil cítrico, algo de figo, e um final muito agradável. Imbatível no aroma, menos expressivo no primeiro contacto em boca.

[volto a escrever sobre o mesmo assunto: este é um vinho que se apresenta como sendo de 'Monção e Melgaço', engarrafado em Felgueiras, por uma empresa de Gondomar. Sem problema. Mas qual é a origem das uvas? 'Monção e Melgaço' é um território demasiado vasto. O cliente tem direito a mais e melhor informação para poder decidir melhor]

Relação preço-qualidade: está um pouco mais caro mas aceita-se 

Ano da produção: 2020
Data de compra: novembro 2021
Local de compra: Auchan, Maia
Preço de compra: €9,49
Data de consumo: novembro 2020
Produtor: Sociedade Vinhos Borges
Localidade: "Monção e Melgaço" [engarrafado em Felgueiras por Sociedade Vinhos Borges, Gondomar]
Enólogo:
Acidez: 6,8º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: lulas estufadas
Pode acompanhar por exemplo:
(22)

Borges 2016

Borges 2017

Borges 2018

domingo, 14 de novembro de 2021

Paciência Grande Reserva (2020): 6/10

 Começo por notar que não é nornal um alvarinho Grande Reserva não é nada comum, muito menos fora da subregião. Este Paciência esteve 6 meses em barrica de carvalho francês, mas tem pouca madeira.

Outra nota: foram aberta duas garrafas em duas refeições seguidas: a primeira, na hora, não vingou; a segunda, com duas horas de antecedência, melhorou bastante.

Ainda assim, estamos perante um vinho 'leve', pouco sofisticado ao nível de sabores secundários (há algum mel), com final interessante.

Numa palavra: agradável.

Relação preço-qualidade: um Grande Reserva não devia custar €7,99! , mas este vinho não vale mais de 10 euros.

Ano da produção: 2020
Data de compra: novembro 21
Preço de compra: €7,99
Local de compra: Supermercado Lidl
Data de consumo: novembro 2021
Produtor e Engarrafador: Casa Agrícola Paciência
Localidade: Alpiarça,  Vinho regional Tejo
Enólogo: 
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 2
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo:
(313)

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Cepa Velha (2019): 5/10

Muito cítrico este 2019.

Em resultado, a acidez sobressai mais do que seria desejável.

Final muito rápido.

Relação preço-qualidade: este 2019 custou €5,59, menos do que o 2017 comprado diretamente no produtor em Monção!

Ano da produção: 2019
Data de compra: outubro 2021
Preço de compra: €5,59
Local de compra: E.Leclerc, Darque
Data de consumo: novembro 21
Produtor: Vinhos de Monção
Localidade: Monção
Enólogo: ?
Acidez:
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 11º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: pescada cozida com legumes
Pode acompanhar por exemplo:
(124)

Cepa Velha 2017 

Cepa Velha 2018

domingo, 7 de novembro de 2021

1944 (2018): 4/10

1944 é um alvarinho das Caves Casalinho, marcado por uma significativa mineralidade e pouca expressão das características da casta - nesse sentido, a relação com a acidez fica um pouco desequilibrada.

Relação preço-qualidade: os €4,59 pagos no supermercado são muito diferentes dos €21 que surgem no site da empresa!!!!! €21 seriam um preço completamente irreal.

Ano da produção: 2018
Data de compra: outubro 21
Preço de compra: €4,59
Local de compra: Supermercado E.Leclerc
Data de consumo: novembro 2021
Produtor e Engarrafador: Caves Casalinho
Localidade: Santo Adrião, Vizela (VR Minho)
Enólogo: Nuno Vieira Silva?
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 4/10
Primeiro copo servido a: 10º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: filetes de pescada com arroz de coentros 
Pode acompanhar por exemplo:
(312)




segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Casa de Compostela (2018): 7/10

Primeira observação: €4,65 é um preço notável. A nota atribuída tem isso em conta (como sempre, aliás, acontece aqui).

Trata-se de um alvarinho que procura as características típicas e tradicionais da subregião (e da casta), mas a que falta alguma expressividade.

O final, marcado pela desejável acidez, é bom; o aroma, 20 minutos após a abertura, revelou-se interessante (talvez estivesse muito frio, quando o primeiro copo foi servido).

Preço-qualidade: muito bom!

Ano da produção: 2018
Data de compra: outubro 21
Preço de compra: € 4,65
Local de compra: Supermercado Preços Baixos, Póvoa de Varzim
Data de consumo: outubro 2021
Produtor e Engarrafador: Casa de Compostela
Localidade: Famalicão
Enólogo: ?
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 8-9º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: sardinhas assadas na brasa
Pode acompanhar por exemplo:
(311)


Cozido à portuguesa e alvarinho (1ª tentativa)

Já todos sabemos que os mitos que rodearam décadas (centenas?) de anos de vinho branco estão felizmente a desfazer-se a uma grande velocidad...

Textos mais vistos