segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Os Lenas (2023): 5/10

Élio Lara sentiu necessidade de colocar no mercado vinhos para concorrer com os mais baratos produzidos na (sub)Região: um alvarinho e um alvarinho e trajadura, a que deu o nome de Os Lenas, em homenagem ao seu avô, que tinha precisamente essa alcunha.

Mas a verdade é que em lado nenhum aparece o nome do enólogo/produtor, que, assim, quis diferenciar este vinho daqueles que tem sob a marca "By Élio Lara", alguns dos quais muito bons.

(por falar em falta de informação, estou a considerar que é vinho de 2023 pela informação da loja online onde o comprei, porque também não há essa informação).

Este Os Lenas será um dos mais baratos da (sub)Região, ao nível do Deu la Deu, por exemplo. Mas já são raros os alvarinho de Monção e Melgaço abaixo dos €8 - o que se percebe e aceita.

A qualidade neste caso é propocional: um vinho com poucos predicados, de perfil cítrico, mas sem estrutura nem acidez.

Ano da produção: 2023 (?)
Data de compra: dezembro 24
Preço de compra: €7,11
Local de compra: loja online VinhAlvarinho
Data de consumo: janeiro 25
Produtor:  I Am, Turismo e Produtos Regionais (Élio Lara)
Localidade: Merufe/Monção
Enologia: Élio Lara
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "...".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: Pargo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(465)


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Quinta das Pereirinhas Grande Reserva (2020): 6/10

O produtor apresenta este Grande Reserva como "um vinho singular no mundo dos vinhos." Já se sabe que cada um diz o que quer nos rótulos e mesmo nas fichas técnicas, mas há algo de verdadeiro na frase: este vinho começa por ser um curtimenta (a cor mostra-o), que depois vai 18 meses para barricas de castanho.

Não me parece feliz o resultado. Parece-me que nem é uma coisa nem outra. Não tem a complexidade que se esperava nem se destaca pela sua acidez.

Bebe-se sem sacríficio, mas um Grande Reserva, com este preço, tem de oferecer mais. Haverá o 2021?

[Uma nota que não é, infelizmente, particular a este vinho: a quem interessam os lacres de cera ou sinteticos que cada vez mais aparecem nas garrafas? Ao consumidor? São difíceis de retirar]

Relação preço-qualidade: caro.

Ano da produção: 2020
Data de compra: dezembro 24
Preço de compra: €20,61
Local de compra: loja online VinhAlvarinho
Data de consumo: janeiro 25
Produtor: Quinta das Pereirinhas
Localidade: Troviscoso/Monção
Enologia: João Pereira
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "uvas provenientes de uma única parcela, onde maceraram e fermentaram com a pelicula em regime de curtimenta total, finalizando com um estágio longo com batonage em Toneis Velhos de Castanho, que foram recuperados e restaurados e que são utilizados pela nossa família há mais de 80 anos na elaboração deste vinho de uma forma tradicional".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: Bacalhau à Gomes de Sá
Pode acompanhar por exemplo:
(464)


segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

O melhor vinho do mundo (Contacto 2023 - 7/10)

Embora se trate apenas de uma escolha, ou seja 'vale o que vale', como se diz sempre nestes casos, ninguém em Portugal ficou indiferente ao facto da Food & Wine ter escolhido o Contacto 2022 como o melhor vinho (branco) do mundo. Tratando-se de um alvarinho, muito mais justificada a (minha e não só) atenção.

Começo por dizer que, quaisquer que sejam os 'mas...' que se associem à escolha, este é um motivo de orgulho. A revista tem prestígio internacional e colocar um alvarinho como melhor vinho do mundo (na verdade, quando se lê percebe-se que é o melhor vinho branco do ano) deveria levar Marcelo Rebelo de Sousa a condecorar Anselmo Mendes (já o fez por muito menos).

É o melhor vinho do mundo? Claro que não. O próprio Anselmo tem vinhos muito melhores.

O autor da escolha justifica a escolha também com o preço ("Este branco português de Anselmo Mendes é elegante e mineral, com muito mais nuances do que seria de esperar pelo preço e ganha o prémio de meu vinho branco favorito do ano") na medida em que é o mais barato dos 15 selecionados.

Voltei, por causa disto, a provar o Contacto, colheita 2023. Gosto da sua acidez, que não achei excessiva, com um perfil cítrico e mineral. Além do mais penso que o bebi cedo demais (está um vinho muito jovem).

O preço tem vindo a subir ao longo dos últimos anos. 




Ano da produção: 2023
Data de compra: janeiro 2025
Local de compra: Auchan
Preço de compra: €11,95
Data de consumo: janeiro 2025
Produtor: Anselmo Mendes
Localidade: Melgaço
Enólogo: Anselmo Mendes
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
(30)


Contacto 2015

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Adega do Mato Colheita Selecionada (2022): 3/10

A explicação para a pontuação tão baixa é simples: este é um vinho doce!

Tão doce que em certos momentos deixa de ser agradável bebê-lo.

Com uvas produzidas em Ribeira de Pena (concelho conhecido pelos bons vinhos azal ou arinto), mesmo no limite da zona dos vinhos verdes, é imposível que elas deem origem a um vinho tão doce. 

É o primeiro alvarinho que bebo com origem neste concelho.

Relação preço-qualidade: ninguém dirá que €7,5 é caro, mas todos sabemos que há vinhos (muito) melhores a 5 ou 6 euros.

Ano da produção: 2022
Data de compra: maio24
Preço de compra: €7,5
Local de compra: Wine & Blues Festival Viana do Castelo
Data de consumo: janeiro 25
Produtor: Vítor Magalhães
Localidade: Ribeira de Pena
Enologia: Winelords
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "...".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 3/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: filetes de pescada
Pode acompanhar por exemplo:
(463)


sábado, 4 de janeiro de 2025

Dom Ponciano Colheita Selecionada (2013): 6/10 [2ª prova, seis anos depois]

Continua a minha descoberta relativamente à capacidade de envelhecimento do alvarinho, que se sabe ser muita, mas não infinita.

A experiência desta vez é um pouco peculiar: Rui Esteves, dos Dom Ponciano, é o único que vende um alvarinho com mais de 10 anos, no caso o Dom Ponciano Colheita Selecionada 2013. Só por isso merece aplauso, até por estar eu estar convencido de que, cada vez mais, haverá oferta com envelhecimento. Veremos...

A experiência foi interessante porque bebi este 2013 pela primeira vez em 2018 (com cinco anos, portanto) e estava muito bom. Passaram seis anos e voltei a bebê-lo. A convicção é de que está em perda e que não só não vai melhorar como até pode estar no limite do prazo de validade. 

Está mais 'normal' (no sentido de banal), sem aquela vitalidade que antes identifiquei.

Fiz ainda mais uma experiência: bebi-o no dia seguinte e ainda dois dias depois (devidamente acondicionado). E não é que este último copo foi o melhor?!

Ano da produção: 2013
Data de compra: abril de 24
Preço de compra: €15
Local de compra: Feira do Alvarinho de Melgaço
Data de consumo: dezembro de 24
Produtor: Dom Ponciano
Localidade: Paderne, Melgaço
Enologia: 
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "envelhecido em cuba de inox".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo:
(73)




Quinta do Peso (2023): 4/10

Talvez inspirados pelo sucesso da Quinta da Lixa, o vinho começou a ganhar grande preponderância no concelho de Amarante, sendo que o alvari...

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