quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Encostas do Mouro Espumante Reserva Bruto (2020): 6/10

Encostas do Mouro lançou, durante a última Feira do Espumante de Melgaço, o seu primeiro espumoso (tão recente que, um mês depois, ainda não consta do site - o que é mais difícil de compreender para uma empresa nova).

O vinho vale sobretudo pelo final, que é onde a fruta (cítrica) melhor se revela, em articulação com uma acidez de média intensidade.

Não se trata de um espumante marcante, mas, sendo o primeiro, é normal que haja coisas para afinar (a bolha podia ser menos vigorosa e o aroma poderia ser mais marcante).

Relação preço-qualidade: €10 é um preço bastante razoável, mas fora da Feira terá outro valor.

Ano da produção: 2020
Data de compra: novembro 2022
Preço de compra: €
Local de compra: Feira do Espumante de Melgaço
Data de consumo: dezembro 22
Produtor: Encostas do Mouro
Localidade: Podame, Monção
Enólogo: José Vilarinho
Acidez Total: ?
Açucares: ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Aberto quanto tempo antes: 30 minutos
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: sardinha pequena frita com farinha de milho e arroz de legumes seguida de frutos secos (figos, nozes e pinhões)
Pode acompanhar por exemplo:
(367)



sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Regueiro Primitivo (2021): 8/10

Paulo Rodrigues promete que este Primitivo respeita os métodos tradicionais de vinificação e isso é bem percetível: a fruta do alvarinho está lá, mas de forma contida (começa logo no aroma) e equilibrada, em perfeita harmonia com a acidez final. Um vinho de assinalável complexidade, que lhe permite acompanhar pratos tão diversos como salmão ou enguia fumada, sem esquecer foie gras ou salmonetes.

Um vinho para levar quando se vai jantar a casa de bons amigos ou para oferecer!

Ano da produção: 2021
Data de compra: 
Preço de compra: €34 [€16,9 online]
Local de compra: bebido no restaurante Antiqvvm, Porto
Data de consumo: dezembro 22
Produtor: Quinta do Regueiro
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo: ?
Acidez total: 7g/DM3 (2020)
Quantidade de garrafas consumidas: 2
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: ?
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: diversos pratos
Pode acompanhar por exemplo:
(85)

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Forte da Graça (2021): 5/10

Este é o 13º alvarinho produzido no Alentejo aqui registado.

Não é o melhor nem o pior, está num padrão que, ao fim de 13 referências, penso já poder estabelecer: vinhos pouco intensos, com pouco 'alvarinho'.

Este Forte da Graça, sem ser desagradável, tem um aroma frágil e pouca presença na boca. Ainda asism percebem-se os cítricos. A acidez final fica um pouco desamparada.

Relação preço-qualidade: aceitável para o preço.

Ano da produção: 2021
Data de compra: setembro 2022
Preço de compra: €4,99
Local de compra: garrafeira online Granvine
Data de consumo: dezembro 22
Produtor: Adega Herdades das Aldeias de Juromenha
Localidade: Elvas, Vinho Regional Alentejano
Enólogo: João Calado and Vitor Felix
Acidez Total: ?
Açucares: ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Aberto quanto tempo antes: 20 minutos
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 11º 
Acompanhou: bacalhau no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(366)


segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Lagar de Proventus (2020): 7/10

Escolhi para assinalar o vinho nº 365 aquele que foi provavelmente o mais difícil de adquirir, até hoje!

Este Largar de Proventus tem algumas características que o tornam em alguns casos diferente (produzido em Alijó, pela Real Companhia Velha) e único (é destinado ao mercado espanhol e só se compra em Espanha).

Ouvi falar dele há mais de um ano e desde essa altura que tentei comprá-lo: todos os contactos foram infrutíferos, até o conseguir comprar num site espanhol.

E o vinho? Excelente aroma, bastante cítrico na boca e uma acidez vincada. Pena é que tudo acabe muito rapidamente. 

Em resumo: um vinho interessante, mas não mais do que isso.

Relação preço-qualidade: €16,35 em Espanha será mais aceitável do que em Portugal?

Ano da produção: 2020
Data de compra: outubro 2022
Preço de compra: €16,35
Local de compra: garrafeira online Bodeboca
Data de consumo: dezembro 22
Produtor: Real Companhia Velha [não consta do site]
Localidade: Alijó
Enólogo: ?
Acidez Total: ?
Açucares: 
Teor Alcoólico (%vol): 14º
Aberto quanto tempo antes: 60 minutos
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 13º (o produtor recomenda entre 5º e 7º!)
Acompanhou: polvo à lagareiro
Pode acompanhar por exemplo: 
(365)


domingo, 11 de dezembro de 2022

Soalheiro Terramater (2019): 7/10

O último que bebi foi o 2016, já lá vão quatro anos. 

No essencial mantenho o que escrevi.

Um vinho 'calmo', muito agradável, que, socorro-me do contrarrótulo porque é bem verdade, é "integralmente diferente", sem filtração.

Um vinho que não serve para qualquer refeição, pelo paladar complexo (mas que acompanha bem peixes magros e, por exemplos, cozidos ou em arroz).

Relação preço-.qualidade: é um vinho, em regra, acima dos €15, o que se justifica sobretudo (é a minha perspetiva) por se tratar de produção biológica.

Ano da produção: 2019
Data de compra: 
Preço de compra: oferta do produtor [€17,25 online]
Local de compra: 
Data de consumo: dezembro 22
Produtor: Quinta do Soalheiro
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo: António L. Cerdeira
Acidez Total: 5,0
Açucares: "seco"
Teor Alcoólico (%vol): 13,5
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 14º
Acompanhou: linguadinhos fritos com arroz de cenoura
Pode acompanhar por exemplo: peixes magros e, por exemplos, cozidos ou em arroz
(99)

domingo, 4 de dezembro de 2022

Inês Negra (2018): 8/10

Imagino que, quando se fala em jeropiga, as opiniões se dividam entre os que não sabem o que é realmente e os que tenham uma má opinião.

Com este Inês Negra, a Adega de Monção levou a categoria das jeropigas para outro nível.

A explicação, como sempre, parece simples: a qualidade dos produtos usados, neste caso a aguardente vínica que a Adega produz em quantidade e qualidade.

Estamos perante um produto de grande qualidade, bem definidor do que é o alvarinho (sobretudo no final), cheio de sabores secundários (como amêndoa, avelã, etc).

Relação preço-qualidade: não é um vinho, mas um produto que resulta da mistura da aguardente vínica com o mosto; aceitável, por isso.


Ano da produção: 2018
Data de compra: novembro 2018
Preço de compra: €19,9 [€18 na loja da Adega]
Local de compra: Saudáveis e Companhia, Monção
Data de consumo: dezembro 22
Produtor: Adega de Monção
Localidade: Monção
Enólogo: Fernando Moura
Acidez Total: ?
Açucares: ?
Teor Alcoólico (%vol): 16,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 15/16º
Acompanhou: castanhas (bom), queijo de serpa (fraco), leite creme (bom) e chocolate (muito bom)
Pode acompanhar por exemplo:
(364)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Cícero (2021): 8/10

Descobri este Cícero naquela que é, provavelmente, a melhor montra dos alvarinhos da sub-região, o restaurante Tasquinha da Portela, em Melgaço [em Melgaço, ainda, há outra excelente opção, a Adega Sabino; desconheço se existe realmente algo parecido em Monção].

Trata-se de um vinho novo, produzido em Paderne, em homenagem ao bísavo do produtor, Cícero Solheiro.

Acima de tudo, foi uma excelente surpresa: um vinho de perfil tradicional/clássico, com excelente aroma, fruta bem integrada e uma acidez no ponto certo. Final interessante.

Relação preço-qualidade: Cícero tem um p.v.p. excelente.

Ano da produção: 2021
Data de compra: 
Preço de compra: €14,9 [pvp €7,5]
Local de compra: Restaurante Tasquinha da Portela, Paderne
Data de consumo: novembro 22
Produtor: José Durães
Localidade: Melgaço
Enólogo: ?
Acidez Total – 6.6 g/dm3
Açucares - <1.5 g/dm3
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação: "uvas suavemente prensadas antes de entrarem no processo de fermentação em cubas de aço inox com sistema de refrigeração com controlo de temperatura. Maturação na garrafa"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: +/- 8º [depois melhorou]
Acompanhou: polvo à lagareiro
Pode acompanhar por exemplo:
(363)


quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Lata de alvarinho

 A Adega de Monção acaba de lançar o primeiro alvarinho em lata.

Na origem está o vinho que a Adega usa no seu Adega de Monção Alvarinho, o vinho de entrada.

Há alguma considerações que gostaria de partilhar:

- considero uma boa iniciativa, porque diversifica a oferta e pode trazer novos públicos para este vinho; quantas vezes nos apetece apenas um copo e em bares/cafés não há vinho a copo?

- o vinho em lata é uma novidade muito recente em Portugal, é provável que sejam necessários alguns anos para se tornar um hábito. Mas, até por isso, a Adega de Monção seria das poucas instituições em Portugal com 'peso' para suportar o investimento.

- se uma garrafa de Adega de Monção custa €5,29 (0,75 l) e uma lata tem 1/3 da quantidade, €2,25 parece um valor alto. Talvez tenham tido em conta o custo da lata e da distribuição, mas eu apostaria nos €2,00.

Quanto ao vinho, nada mais a dizer do que já foi dito.

Venha o verão e o calor para o bebermos na praia ou na esplanada.

(para já só está à venda na Adega)





domingo, 27 de novembro de 2022

Gelado de alvarinho

A casa Dona Paterna deu a provar, durante a Feira do Espumante de Melgaço, o seu novo gelado, feito pela Neveiros, a partir da extraordinária aguardente vínica de alvarinho Dona Paterna XO.

O gelado sabe essencialmente a aguardente, mas eu pelo menos não encontrei o alvarinho.

É uma crítica?

Na minha perspetiva, não.

É que, até hoje, não encontrei um produto (sólido...) derivado de alvarinho em que a essência da casta se evidencie ou, pelo menos, se distinga. 

Talvez exista ou venha a existir, mas provavelmente estaremos à procura da 'pedra filosofal': o que me parece é que a casta não 'suportará' essa transformação.

(ainda sobre o gelado: não percebo mesmo nada, mas talvez um sorvete funcionasse melhor do que um gelado clássico, onde o leite talvez não seja a melhor combinação com a aguardente)

PS - na mesma Feira comprei natas de alvarinho. Boas, sem dúvida. Mas, lá está, não encontrei o alvarinho.

A Feira do Espumante de Melgaço num impasse?

Hoje é o último dia da Feira do Espumante de Melgaço, uma importante (até porque única no género) iniciativa.

Mas depois da visita que realizei ontem fiquei com a sensação de que algo precisa de mudar.

Não me estou a referir às instalações (estavam mais de 30 graus dentro da tenda, mas se calhar é algo que tão cedo não se repete e que até poderá ser corrigido/previsto no futuro), mas ao facto de haver poucos produtores.

Por um lado, sabe-se que mais de metade dos produtores de alvarinho da sub região não fazem espumosos (a começar por Anselmo Mendes) e que vários, sobretudo os mais pequenos, não estavam presentes.

Finalmente, havia quase só produtores de Melgaço (contei quatro de Monção, incluindo Provam; pode-me ter falhado mais um; a Quinta de Santiago, por exemplo, está ausente). 

Ou seja, a visita é curta, porque faltam muitos produtores, mesmo de Melgaço, e porque muitos dos que estão (metade dos presentes?) têm apenas uma referência. Quinta do Regueiro ou Dom Ponciano por exemplo. 

Poucos produtores, pouco vinho, visita curta, menos público potencialmente interessado.

E é aqui que a organização pode (e deve?) mudar de prioridades, fazendo por atrair o máximo de produtores.

Por outro, não seria de permitir vender outro vinho alvarinho, que não espumante, ajudando a escoar stocks, antes da nova colheita que aí vem?

PS - há momentos no programa paralelo que são realmente interessantes, mas talvez fosse mais assertivo fazer algo que valorizasse as marcas presentes, com provas comentadas, verticais ou não. Por exemplo, vários produtores apresentaram novidades (incluindo duas estreias absolutas em empumosos, Quinta da Pigarra e Encostas do Mouro), que poderiam ser valorizadas, com intervenções dos respetivos enólogos. 



quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Quinta do Montinho Reserva (2018): 7/10

Para quem, como eu, gosta de alvarinhos com um pouco de madeira (no caso, 12 meses em carvalho francês), este esteve muito bom.

As frutas tropicais, madurinhas, estão bem ligadas com a barrica e o final é agradável.

A verdade é que sendo um 2018, esperava um pouco mais do envelhecimento (e, portanto, de sabores secundários).

Relação preço-qualidade: estando já fora do mercado, e tendo sido uma oferta do produtor, não consegui determinar o preço, um dos critérios decisivos na atribuição da nota. Poderei reve-la posterioremente.

Ano da produção: 2018
Data de compra: outubro 22
Preço de compra: ?
Local de compra: oferta do produtor
Data de consumo: novembro 22
Produtor: Primórdio - Wines & More, S.A.[engarrafado en Anarante por Primórdio Wines & More]
Localidade: Vila Verde
Enólogo: António Sousa
Acidez Total (g/dm3): ?
Açúcar (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo:
(362)


domingo, 20 de novembro de 2022

Muros Antigos (2021): 6/10

Um grupo de 12 convivas juntou-se para provar alguns dos melhores pratos que o magnífico António nos oferece em Leça da Palmeira - sobretudo o polvo no forno ou o cabrito, além de diversos peixes (destaque para a açorda com peixe galo).

Para encontrar um ponto em comum, pediram de imediato duas garrafas de Muros Antigos, mas enquanto a refeição decorria ia ficando a certa insatisfação: o vinho não conseguia acompanhar a refeição.

Seria do vinho? Seria dos comensais? Pediu-se uma terceira mas nada mudou.

Este 2021 parece ser um vinho distante de outros já provados da mesma referência: há 'pouco' alvarinho, pouca intensidade, quase nenhuma vibração. De Anselmo Mendes não se espera mais, é possível exigir mais!

Relação preço-qualidade: assim sendo, €19 euros é demasiado! [o almoço terminou com o Soalheiro clássico para nos reconciliarmos...]

Ano da produção: 2021
Data de compra: 
Preço de compra: €19 [€11 online]
Local de compra: Restaurante António, Leça
Data de consumo: novembro 22
Produtor: Anselmo Mendes
Localidade: "Monção e Melgaço"
Enólogo: Anselmo Mendes
Acidez Total (g/dm3): 6,9 g/L
Açúcar (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 3
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 8/9º 
Acompanhou: Polvo no forno, Cabrito no forno, etc
Pode acompanhar por exemplo:
(60)

Muros Antigos 2018

Muros Antigos 2016


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Edmun do Val Grande Reserva (2008): 5/10

Dir-se-á: quem anda à chuva, molha-se e eu, quando compro uma garrafa de 2008, tenho de estar preparado para o melhor e para o pior.

Talvez assim seja.

Mas, em minha defesa, gostava de dizer o seguinte: quando fiz a encomenda na garrafeira online, não me foi dada opção de escolher o ano (como é sabido, é muito raro encontrar várias colheitas do mesmo vinho disponíveis). Estavam a vender o 2008 e eu comprei. Mais: procurando no Google, é o Grande Reserva de 2008 que ainda surge disponível em várias garrafeiras.

Dito isto, acrescento apenas que, tratando-se de um Grande Reserva (com pelo menos dois anos de estágio], acreditei, embora tivesse consciência que era o alvarinho mais velho que bebi até hoje.

Mas o resultado não foi o esperado. Começou logo com a rolha, que quebrou. E continuou com o 'sabor' a essa mesma rolha. 

Sendo verdade que, mesmo assim, o aroma se mostrou muito agradável (frutas diversas), não é menos certo que fiquei com a sensação de que passou tempo de mais (14 anos?), o que se manifestou também numa acidez desequilibrada. [tinha a garrafa há ano e meia em casa, assumo também a minha parte...]

Termino com esta ideia: fará sentido, para o produtor e até para o comerciante, continuar a vender um vinho de 2008? Para o cliente, pelos vistos, não. Penso que seria mais sensato recolhê-lo. Ou então fui eu que tive azar...

Relação preço-qualidade: a partir desta experiência, obviamente má.

Ano da produção: 2008
Data de compra: março 2021
Preço de compra: €26,95
Local de compra: Decanter
Data de consumo: novembro 22
Produtor: Quinta Edmun do Val [não consta do site]
Localidade: Valença,  Vinho Regional Minho
Enólogo: ?
Acidez Total (g/dm3): ?
Açúcar (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 13º [o produtor sugere enhtre 14º e 16º, só vi depois]
Acompanhou: Cabrito no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(361)


segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Hobby (2016): 6/10

Bebi este Hobby 2016 com a expetativa de perceber como teria envelhecido.

Tenho encontrado bons e maus exemplos e o tema fascina-me.

A verdade é que não há grandes elogios a fazer a este vinho.

Aliás, foi preciso voltar a bebê-lo 24 horas depois do primeiro copo para encontrar alguns sinais positivos desse envelhecimento.

Em geral, parece que o vinho perdeu força e não compensou isso ao nível dos sabores secundários.

Relação preço-qualidade: reservo melhor opinião para uma colheita mais recente.
Ano da produção: 2016
Data de compra: janeiro 22
Preço de compra: €8,75
Local de compra: Wine House Portugal
Data de consumo: novembro 22
Produtor: Hobbywines
Localidade: ?  [Vinho Regional Tejo]
Enólogo: Diogo Campilho, Pedro Pinhão
Acidez Total (g/dm3): ?
Açúcar (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: pargo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(360)

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Palácio da Brejoeira (2021): 7/10

Passaram cinco anos desde que registei o Palácio da Brejoeira e, no essencial, mantenho a avaliação então feita: este é não apenas um dos mais conhecidos alvarinhos de Portugal, como um dos mais prestigiados. Mas a minha avaliação não o confirma plenamente: é um vinho bom, mas não mais do que isso. Há, seguramente, 50 alvarinhos, só na subregião, melhores ou até muito melhores. Palácio da Brejoeira é um vinho delicado, suave, equilibrado, mas ninguém vai a Monção a pé... para o provar!

Relação qualidade-preço: por tudo o que foi dito, fica a ideia de que estamos a pagar mais o prestígio da marca do que a qualidade do vinho [PS - existe a ideia de que é preciso,, de uma forma geral, elevar os preços dos alvarinhos da subregião, que são muito baratos, mas não é este consumidor que, mesmo percebendo alguns dos motivos, o vai defender...]. 

Ano da produção: 2021
Data de compra: abril 22
Preço de compra: €16,99 [nas garrafeiras este vinho tem preços muito díspares, que podem chegar aos €22]
Local de compra: Auchan Maia
Data de consumo: outubro 22
Produtor: Palácio da Brejoeira
Localidade: Pinheiros, Monção
Enólogo: João Garrido
Acidez Total (g/dm3): 
Açúcar (g/dm3): 
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: pargo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(29)

Palácio da Brejoeira 2016

sábado, 29 de outubro de 2022

Encostas do Mouro Nelo da Videira Reserva (2020): 6/10

Encostas do Mouro é um novo produtor de Melgaço Monção.

Lançaram um vinho de entrada (a que chamaram Premium) e este Reserva.

Aberto com meia hora de antecedência e servido a 9º, desiludiu: muito ácido, pouca fruta, por vezes, até, desagradável.

Decidi fazer nova prova 24 horas depois (devidamente preservado) e já se revelou diferente. Servido a 13º, a acidez em exagero desapareceu, começou a surgir algum pessego e manga e o final já não 'queimou'.

A nota atribuída é por isso uma média das duas tentativas, além da ponderação, habitual, com o preço.

Relação preço-qualidade: caro, se compararmos a concorrência direta (na mesma gama de preço e até geográfica, Soalheiro, Regueiro Reserva...); se falarmos do preço online, então...

Ano da produção: 2020
Data de compra: abril 22
Preço de compra: €10 [€15,50 online]
Local de compra: Feira do Alvarinho de Melgaço
Data de consumo: outubro 22
Produtor: Encostas do Mouro
Localidade: Podame, Monção.
Enólogo: José Vilarinho
Acidez Total (g/dm3): 7,5º
Açúcar (g/dm3): < 1,5
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 9º
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo: 
(359)


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Deu la Deu Reserva (2020): 6/10

Tenho vindo a subir a apreciação a este Reserva, desde que provei o primeiro (2016).

Mas, definitivamente, não é um grande alvarinho - e sendo Adega de Monção, com a quantidade de uvas disponíveis, seria sempre de esperar melhor.

Um vinho leve, pouco intenso, em que não se percebe os méritos de ser 'Reserva'.



Ano da produção: 2020
Data de compra: outubro 22
Preço de compra: €9,79
Local de compra: Lidl
Data de consumo: outubro 22
Produtor: Adega de Monção
Localidade: Monção
Enólogo:
Acidez Total (g/dm3): 4,5º
Açúcar [redutor](g/dm3): menor 5
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: bacalhau à Gomes Sá
Pode acompanhar por exemplo: 
(38)

domingo, 16 de outubro de 2022

Casa do Barroso Superior (2018): 8/10

 A Casa do Barroso, em Cabeceiras de Basto, é nesta altura - e apesar da sua juventude - um dos produtores de referência fora da subregião.

Produz três vinhos, todos muito bons, e destes três quero destacar o Escolha 2018 que finalmente tive oportunidade de provar. 

Não só envelheceu muito bem, como se mostra um vinho delicado e complexo, rico em sabores secundários, sem perder a matriz da casta. O final (acidez) é puro prazer.

Recomendo vivamente a compra!

Relação preço-qualidade: o preço no produtor é excelente

Ano da produção: 2018
Data de compra: setembro 22
Preço de compra: €14 no produtor
Local de compra: no produtor
Data de consumo: outubro 22
Produtor: Casa do Barroso [o site não inclui informação detalhada sobre os vinhos]
Localidade: Cabeceiras de Basto
Enólogo: 
Acidez Total (g/dm3): ?
Açúcar (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: postas de robalo grelhadas
Pode acompanhar por exemplo: tem elevado potencial gastronómico, incluindo carnes (forno, estufadas)
(358)


sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Sem Igual Escolha (2021): 6/10

Foi preciso esperar 12 horas para descobrir o lado bom deste (novo?) alvarinho.

Senti o primeiro copo, acabado de sair do frigorífico (7º/8º?), muito ácido, com pouca fruta.

Na refeição seguinte, o vinho já foi servido a 12º e talvez tenha sido isso que lhe permitiu libertar alguma fruta (cítricos?), equilibrando com a acidez.

Relação preço-qualidade: caro, quando comparado por exemplo com Soalheiro ou Regueiro.

Ano da produção: 2021
Data de compra: setembro 22
Preço de compra: €11,49
Local de compra: Supermercado Auchan
Data de consumo: outubro 22
Produtor: Sem Igual Vinhos (comercializado por Arrochela & Camizão; eng.4928, Amarante)
Localidade: Meinedo, Lousada
Enólogo: Jorge Sousa Pinto
Acidez Total (g/dm3): ?
Açúcar (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 7º/8º?
Acompanhou: fanecas pequenas fritas com arroz
Pode acompanhar por exemplo:
(357)


quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Quinta do Montinho (2021): 8/10

Uma autêntica revelação este alvarinho produzido em Vila Verde e com um pvp excelente.

Aromático, como é norma dos alvarinhos, deslumbra pela acidez final, que lhe transmite uma enorme vivacidade.

O melhor elogio: podia ser um alvarinho da subregião!

Relação preço-qualidade: imbatível!

Ano da produção: 2021
Data de compra: outubro 22
Preço de compra: €7,70 online [€19 no restaurante]
Local de compra: bebido no restaurante Marinheiro, Póvoa de Varzim
Data de consumo: outubro 22
Produtor: Primórdio - Wines & More, S.A.
Localidade: Vila Verde
Enólogo: António Sousa
Acidez Total (g/dm3): ?
Açúcar (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 2
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: +/- 9º
Acompanhou: polvo à lagareiro
Pode acompanhar por exemplo:
(356)


sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Pedra Antiga (2021): 5/10

Volto ao vinho mais barato da Provam, que basicamente se encontra apenas em supermercados [não consta do site da empresa].

Este 2021 revelou-se demasiado cítrico (ou demasiado ácido) para o meu gosto.

O aroma não engana, é atraente.

Relação preço-qualidade: em absoluto, é um vinho barato; já em termos relativos/comparativos, é fundamental dizer que há melhores com menor preço.


Ano da produção: 2021
Data de compra: setembro 22
Preço de compra: €5,99
Local de compra: Auchan, Maia
Data de consumo: setembro 2022
Produtor: Provam
Localidade: Monção
Enólogo: ?
Acidez Total (g/dm3): 
Açúcar (g/dm3): 
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 9º
Acompanhou: linguadinhos fritos
Pode acompanhar por exemplo:
(14)

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Arca Nova Colheita Selecionada (2018): 7/10

Este Arca Nova Colheita Selecionada 2018 envelheceu na garrafa e envelheceu bem.
A fruta, tropical, está bem madura e ainda surgem figos secos ou caramelo.
Por vezes até parece que há madeira, mas o produtor garante que não.
Boa acidez.

Relação preço-qualidade: boa.
Ano da produção: 2018
Data de compra: julho 22
Preço de compra: €10
Local de compra: loja do produtor
Data de consumo: setembro 2022
Produtor: Quinta das Arcas
Localidade: Valongo
Enólogo: Fernando Machado e Henrique Lopes
Acidez Total ((g/dm3): 6
Açúcar (g/dm3): - 1,5
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: garoupa assada no forno
Pode acompanhar por exemplo: 
(355)


domingo, 25 de setembro de 2022

Parcela Única (2018): 8/10

Voltei ao Parcela Única, melhorando a nota que atribuí ao 2016 e 2017, fruto também da aprendizagem que fui fazendo nestes cinco anos (o 2016 foi bebido 'demasiado cedo', admito...).

Na essência mantenho as últimas observações que fiz sobre este que é o vinho mais aplaudido de Anselmo Mendes: muito equilibrado (incluindo a introdução da madeira) e complexo, promove bem a casta (quer nos sabores cítricos quer sobretudo no aroma), mas sem a vivacidade que encontramos na quase totalidade dos alvarinhos. Talvez por isso o final seja um pouco mais curto do que gostaria. Ainda assim, será um vinho que, daqui a 10 anos, estará ainda melhor.

Nas provas anteriores 'penalizei' o custo deste vinho, estando agora mais 'tolerante' aos €30. Essa é a grande diferença.

Ano da produção: 2018
Data de compra: setembro 22
Preço de compra: €30
Local de compra: Granvine
Data de consumo: setembro 2022
Produtor: Anselmo Mendes
Localidade: Monção
Enólogo: Anselmo Mendes
Acidez Total (g/l ): 6,8
Açúcar (g/l): ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: linguados fritos com arroz de tomate
Pode acompanhar por exemplo: carnes brancas no forno?
(40)

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Quinta do Mascanho (2014): 6/10

Um dos temas que mais me interessa desenvolver neste projeto do Senhor Alvarinho (no sentido de aprofundar os conhecimentos) é a capacidade de envelhecimento da casta, em geral, e, sendo possível, de cada vinho em particular.

Fiquei por isso animado quando um familiar me ofereceu duas garrafas do Quinta de Mascanho, referentes à colheita de 2014. Esse familiar avisou logo: 'não está grande coisa'...

A primeira, que bebi ontem, confirma que talvez tenha passado muito tempo.

Não estamos a falar de um reserva nem de um vinho que, na vinificação, possa ter sido preparado para viver quase 8 anos em garrafa.

Mas não está estragado, longe disso, nem é sacrifício bebê-lo. Apenas não tem aquela força que teria há quatro ou cinco anos, sendo que 'não envelheceu', no sentido de adquirir outros sabores.

Ano da produção: 2014
Data de compra: oferta particular
Preço de compra: ?
Local de compra: ?
Data de consumo: setembro 2022
Produtor: Quinta do Mascanho
Localidade: Ceivães - Monção
Enólogo:
Acidez total: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 10º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: cabalhau cozido com legumes
Pode acompanhar por exemplo: 
(4)
 

Quinta do Mascanho 2017

Quinta do Mascanho 2016

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Adega de Troporiz (2018): 6/10

 No essencial mantenho o que escrevi quando bebi o 2015.

Trata-se de um alvarinho simples, sem pretensões (basta ver o preço).

Uma nota (sobre um tema que me interessa particularmente): o segundo copo, bebido 48 horas depois (devidamente acondicionado) estava bem melhor, como se tivesse perdido algum excesso de acidez e mostrasse um envelhecimento mais afirmativo.

Relação preço-qualidade: boa.

Ano da produção: 2018
Data de compra: dezembro 21
Preço de compra: €5,49
Local de compra: Mercearia Central de Monção
Data de consumo: setembro 2022
Produtor: Pedro Martins
Localidade: Monção
Enólogo: ?
Acidez Total (g/l ): 
Açúcar (g/l): 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: salmão no forno
Pode acompanhar por exemplo: 
(101)

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Côto de Mamoelas Espumante Grande Reserva (2015): 9/10

Nota prévia: este espumante não consta do site da Provam, que pelos vistos não é atualizado há algum tempo. Nota curiosa: há o Coto de Mamoelas bruto clássico e, pelos vistos, há o Côto de Mamoelas Super Reserva, que desconheço, e também não está no site. Vai para a lista.

Sobre este Grande Reserva 2015 digo isto: se a lista dos cinco melhores alvarinhos tivesse sido feita agora, este estaria lá.

É, simplesmente, o melhor espumante de alvarinho que alguma vez bebi! Uma bolha incrivelmente elegante mas intensa, múltiplos sabores secundários (resultantes dos cerca de 60 meses de estágio - figo? rebuçado? canela?), mas sem nunca perder a matriz do alvarinho. Final longo com aquela acidrez cortante que os grandes alvarinhos têm.

[e é mais um grande vinho de Abel Codesso!]

Relação preço-qualidade: Puro prazer por 30 euros (há mais caros no mercado)

Ano da produção: 2015
Data de compra: Abril 22
Preço de compra: €30 [pvp€38?]
Local de compra: Feira Alvarinho Melgaço 22
Data de consumo: setembro 2022
Produtor: Provam
Localidade: Monção
Enólogo: Abel Codesso
Acidez Total (g/l ): 6,6
Açúcar (g/l): -4,2
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: ?9º
Acompanhou: arroz malandro de polvo, na companhia de Amândio Rodrigues (restaurante Amândio, Caminha)
Pode acompanhar por exemplo: qualquer peixe, qualquer marisco, desde que confecionado
(354)


domingo, 11 de setembro de 2022

5 anos (de Senhor Alvarinho), 5 vinhos

Há cinco anos iniciei este projeto que, 353 vinhos depois, segue basicamente os mesmos pressupostos: registar da forma mais independente possível (com informações, nota e alguma crítica) todos os alvarinhos produzidos em Portugal, num elogio a uma das melhores castas de vinho branco do mundo.

Assinalo os cinco anos escolhendo 5 vinhos (por razões diferentes, como se vai ver):

Soalheiro Clássico (é virtualmente impossível fazer um alvarinho melhor a menos de 10 euros).

Santigo na Ânfora do Rocim (pela experimentação, pela ousadia, pelo rasgo e, claro, pelo notável resultado final)

Dom Ponciano Espumante Extra-Bruto (provavelmente o melhor espumante de alvarinho feito em Portugal - e não é fácil, já que há cada vez mais e melhores)

Soalheiro Reserva (peçam-me para escolher um alvarinho para o almoço de logo e eu levo este Soalheiro Reserva - acho que pode ser ser qualquer comida!)

Rascunho Colheita Tardia (Sweet) (já tive oportunidade de escrever que este é o melhor alvarinho que alguma vez bebi. A explicação está aqui.  A indicação 'sweet' é para o diferenciar do seu irmão 'dry', também muito bom, mas diferente)


PS - pela lista de compras, é garantido que chegarei aos 400!


sábado, 10 de setembro de 2022

By Élio Lara 50º Aniversário (2021): 7/10

 Para assinalar os 50º anos do Grupo Folclórico das Lavradeiras de S. Pedro de Merufe, Élio Lara fez esta edição especial, que esteve à venda na última Feira do Alvarinho de Monção.

É um vinho menos ambicioso do que os que dele conhecemos, mas não deixa de ser um vinho agradável, com um perfil mais citrico. Um vinho mais direto, com boa acidez, sem madeira.

[não há informaçõe sobre o processo de vinificação]

Relação preço-qualidade: boa

Ano da produção: 2021
Data de compra: julho 22
Preço de compra: €10
Local de compra: Feira Alvarinho Monção 2022
Data de consumo: setembto 2022
Produtor: Élio Lara
Localidade: Monção
Enólogo: Élio Lara
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: salada de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo:
(353)


domingo, 4 de setembro de 2022

QM Homenagem Reserva (2017) [2ª prova]: 8/10

Há 3 anos provei este Homenagem Reserva 2017 e tive oportunidade, esta semana, de voltar a beber uma garrafa. Entretanto já saiu pelo menos o 2019.

Para não me repetir: é um dos melhores alvarinhos da subregião, frutado, com a madeira no 'sítio' certo!

Além do mais, está a evoluir na perfeição.

[2/3 da garrafa foram bebidos a 12º de temperatura mas guardei o último copo para o provar a 18º e fazer a experiência. Que diferença, para pior!]

Ano da produção: 2017
Data de compra: abril 2019
Local de compra: Supermercado El Corte Inglés
Preço de compra: €24,90
Data de consumo: asetembro 2022
Produtor: Quintas de Melgaço
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo: Élio Barreiros
Acidez: 7,0º (total)
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: salmão na brasa
Pode acompanhar por exemplo:
(164)

QM Homenagem reserva 2015

domingo, 28 de agosto de 2022

Poejo d'Algures (2020): 6/10

[texto atualizado]

Esta é uma marca exclusiva da loja Néctar das Avenidas em Lisboa, sendo produzido pela Provam. No rótulo é identificado como Vinho Verde, sem referência à subregião.

De acordo com a informação prestada, foi lançado pela primeira vez em 2020, com lote de vários anos (colheitas de 2016, 2017 e 2018), metade com curtimenta completa, e barrica de 400 litros.

E foi precisamente este 2020 que pude provar.

À cor, amarelo carregado (não é à toa que lhe chamam 'orange wines'), e ao aroma, com boa fruta de alvarinho, não correspondeu a prova em boca. Senti falta de vivacidade, como se o vinho estivesse adormecido, resultado certamente da técnica de curtimenta. Há acidez final, mas no 'meio' parece faltar alguma coisa...

(por curiosidade: ao procurar outras referências sobre est vinho, encontrei esta: "perfil barroco" - o que é que significa?)

Relação preço-qualidade: caro
Ano da produção: 2020
Data de compra: Janeiro 22 
Preço de compra: €19
Local de compra: Néctar das Avenidas, Lisboa
Data de consumo: agosto 2022
Produtor: Provam para Néctar das Avenidas
Localidade: Monção
Enólogo: Abel Codesso
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: filetes de salmão grelhado 
Pode acompanhar por exemplo: 
(352)



terça-feira, 23 de agosto de 2022

Casa do Valle Reserva Special Edition (2015): 8/10

Uma recente deslocação ao restaurante Caneiro foi premiada com uma enorme surpresa: mestre Ricardo foi buscar uma garrafa de um vinho raro, que eu desconhecia em absoluto (fiquei com a impressão que se destina a exportação): uma edição especial do Reserva Casa do Valle (garrafa magnum), com data de 2015.

Curiosamente foi aberto ao mesmo tempo que o seu irmão mais novo e foi possível até estebelecer imediatamente as diferenças.

Trata-se de um vinho de qualidade superior, muito evoluído, com a fruta já em segundo plano e perfil bem mineral. 

Um vinho complexo mas fácil de beber!

Relação preço-qualidade: não foi possível determinar, por simpatia da casa, o preço unitário que foi pago por esta garrafa.

Ano da produção: 2015
Data de compra:
Preço de compra: ? [€40 online ou €24; garrafa magnum]
Local de compra: bebido no Restaurante O Caneiro, Arco de Baúlhe
Data de consumo: agosto 2022
Produtor: Casa do Valle
Localidade: Moimenta, Cabeceiras de Basto
Enólogo: ?
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: ? [veio frio da garrafeira, foi aberto com antecedência e melhorou bastante no decorrer da refeição; terá sido bebibo a 12º/13º de temperatura]
Acompanhou: arroz de polvo no forno
Pode acompanhar por exemplo: virtualmente qualquer prato
(351)



segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Casa do Valle Grande Escolha (2016): 7/10

Há três anos bebi o 2017 e tive oportunidade agora de apreciar o 2016, retirado do fundo da garrafeira do Restaurante Caneiro!

Primeira nota: envelheceu bem.

Mas sendo um vinho com vários anos em garrafa, teria beneficiado em ser aberto antes (uma hora?), o que num restaurante é virtualmente impossível, mesmo apesar da simpatia e eficiência do Ricardo Dias. Isso percebeu-se ao longo da refeição. O último copo estava bem melhor do que o primeiro.

Encontrei neste Grande Escolha notas de pessego e outras frutas de caroço, com um toque tropical, de fruta madura.

Relação preço-qualidade: porque houve mais do que um vinho na mesa, não foi possivel determinar com rigor o custo unitário da garrafa; sendo um 2016, já não tem venda comercial. 

Ano da produção: 2016
Data de compra:
Preço de compra: ?
Local de compra: bebido no Restaurante O Caneiro, Arco de Baúlhe
Data de consumo: agosto 2022
Produtor: Casa do Valle
Localidade: Moimenta, Cabeceiras de Basto
Enólogo: ?
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: ? [veio muito frio da garrafeira, mas melhorou bastante no decorrer da refeição]
Acompanhou: arroz de polvo no forno
Pode acompanhar por exemplo: cabrito, bacalhau, etc; é um vinho muito gastronómico
(173)

Casa do Valle Grande Escolha 2017


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Quinta da Raza (2021): 7/10

Primeira observação: a pontuação atribuída, como sempre acontece neste projeto, tem em conta a relação preço-qualidade, que é ótima. Um vinho destes a 7 euros é uma ótima oportunidade (e tenho indicação de que na loja do produtor, em Peneireiros, é ainda mais barato).

Estamos perante um vinho produzido na subregião de Basto (Celorico), que se apresenta muito equilibrado, com bom aroma, fruta bem doseada e um final, sendo agradável, curto.

Relação preço.qualidade: tudo dito!

Ano da produção: 2021
Data de compra: julho 2022
Local de compra: loja online do produtor
Preço de compra: €7
Data de consumo: agosto 2022
Produtor: Quinta da Raza
Localidade: Celorico de Basto
Enólogo: ?
Acidez (g/dm3): 6,6
Açúcar Residual (g/l): 2,4
Teor alcoólico: 13,% Vol
Quantidade de garrafas consumidas: 2
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 9º
Acompanhou: pargo cozido com legumes
Pode acompanhar por exemplo:
(350)



domingo, 7 de agosto de 2022

Quinta das Arcas Reserva (2017): 7/10

Uma boa surpresa este Reserva da Quinta das Arcas, produzido em Valongo.

Um vinho de cariz tropical, muito agradável, com a madeira sem protagonismos e uma acidez interessante no final.

Relação preço-qualidade: aceitável para um Reserva de 2017.

Ano da produção: 2017
Data de compra: abril 2022
Local de compra: na loja do produtor
Preço de compra: €13,6
Data de consumo: agosto 2022
Produtor: Quinta das Arcas
Localidade: Sobrado, Valongo
Enólogo:  Fernando Machado e Henrique Lopes
Acidez (g/dm3): 6
Açúcar Residual (g/dm3): 1.5
Teor alcoólico: 13,5% Vol
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: linguados fritos com arroz de tomate
Pode acompanhar por exemplo:
(349)


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Quinta da Lapa Reserva (2020): 7/10

Um alvarinho muito interessante, produzido na região do Tejo.

Um vinho com excelente acidez, boa fruta, ideal para acompanhar uma entrada pouco complexa.

Relação preço-qualidade: €6 euros é um preço muito interessante e a pontuação atribuída tem isso em conta.


Ano da produção: 2020
Data de compra: julho 2022
Local de compra: Saiu com a revista Grandes Escolhas
Preço de compra: pvp €9,60 (€6 com a revista)
Data de consumo: julho 2022
Produtor: Quinta da Lapa (não faz parte do portfolio)
Localidade: Lisboa
Enólogo: ?
Acidez: ?
Açúcar: ?
Teor alcoólico: 13% Vol
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 9º
Acompanhou: massa com salmão
Pode acompanhar por exemplo:
(348)


 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Solar de Serrade Colheita Tardia (2015): 7/10

Mais um esforço para diversificar a oferta da uva alvarinho, mostrando que ela se adapta a quase tudo. E já há vários produtores a oferecer esta gama.

No caso do Solar de Serrade, provámos o 2015 (apenas 500 garrafas) na Feira do Alvarinho de Monção e pudemos destacar dois pontos: um final tão delicioso quanto prolongado, mas uma certa adstringência na entrada.

Bom aroma.
Relação preço-qualidade: estamos perante uma garrafa de 0,5l, a um preço que se situa algures entre o imbatível Rascunho e o QM, claramente o mais caro.
Ano da produção: 2015
Data de compra:
Local de compra: Feira Alvarinho 22, Monção
Preço de compra: pvp €35 (provado no produtor)
Data de consumo: julho 2022
Produtor: Solar de Serrade
Localidade: Mazedo, Monção
Enólogo: José Domingues
Acidez: 6.0
Açúcar: 66,7 g/l
Teor alcoólico: 14% Vol
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(347)


quarta-feira, 13 de julho de 2022

Irequieto (2017): 7/10

Ao apresentar um pvp de €65 euros, este alvarinho distingue-se desde logo preço (na linha do Tempo, de Anselmo Mendes, ou do Jurássico, de Paulo Rodrigues). É um vinho que junta diversos vinhos, com diferentes vinificações, todos de 2017 e que assinala os 50 anos de mestre Codesso.

Um vinho de que foram feitas 1450 garrafas, umas das quais Abel Codesso abriu, na última Feira do Alvarinho de Monção, para um grupo de amigos do projeto Senhor Alvarinho. O nosso penhorado agradecimento.

Em termos gerais: pareceu-me um vinho surpreendente, sobretudo pelo que sucede no final, uma vez que não tem aquela acidez prolongada a que estamos habituados no alvarinho da subregião. Ficam a bailar outros sabores.

Na boca é um vinho untuoso, que deixa múltiplas sensações (fruta mas não só, mel, frutos secos, alguma madeira), que provavelmente não deveria ter sido bebido naquele contexto (calor abrasador, sem qualquer contexto gastronómico), mas que nunca engana a matriz do alvarinho - a começar pelo aroma.

Foi provavelmente o mais vinho com complexo/difícil que bebi. 
Será melhor (a)guardar ou beber já?

Relação preço-qualidade: correndo o sério risco de parecer mal agradecido, coisa que não me passa passa pela cabeça, admito que o valor comercial esteja inflacionado.
Ano da produção: 2017
Data de compra:
Local de compra: Feira Alvarinho 22, Monção
Preço de compra: pvp €65 (oferecido pelo enólogo)
Data de consumo: julho 2022
Produtor: Provam [não consta do site]
Localidade: Mazedo, Monção
Enólogo: Abel Codesso
Acidez: nd
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º-13º
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(346)

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Rascunho Colheita Tardia (2015): uma prova muito especial

Quase 350 alvarinhos depois, o Rascunho Colheita Tardia (na sua versão doce) continua a ser o melhor que provei.

Trata-se de um vinho absolutamente singular (10 pontos em 10!) e pelos vistos irrepetível - não há outra edição igual, o que foi feito em 2017 é bastante diferente, como já se percebeu.

Foi com este ponto de partida que desafiamos Abel Codesso a explicar-nos o vinho, provando-o connosco na última Feira de Monção (o vinho está esgotado, levámos uma das últimas garrafas...).

Super-acessível, mestre Codesso contou finalmente a história deste Rascunho: no ano em questão não choveu (pelo menos) de agosto até novembro, razão pela qual as uvas puderam ficar realmente passas, mas sem apodrecerem (no sentido de cheirarem mal).
Com uma matéria prima desta qualidade, tratou-se de as levar para a adega e fazer o vinho que este grupo teve oportunidade de admirar, uns pela primeira vez, outros em repetição.
Curiosamente, no ano seguinte, a chuva de outubro precipitou a apanha das uvas e o resultado saiu igualmente fantástico mas bastante diferente. Curiosamente, Abel Codesso confessou ao grupo que prefere a edição seco/dry...
Um agradecimento especial do projeto Senhor Alvarinho a um dos mestres do alvarinho em Portugal: pela sua simpatia, disponibilidade e colaboração com a ideia.
Haveremos de fazer mais

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Anselmo Mendes by Alvim (2020): 7/10

Foi uma das novidades da última Feira do Alvarinho de Monção: Anselmo Mendes apresentou um novo vinho que fez em 'parceria' com Fernando Alvim - ele que também tem ligações familiares a Melgaço.

Como explicou o enólogo, é vinho de uma parcela da sua Quinta da Torre (Monção), com aproximações talvez mais ao Private 5 Barricas do que ao Expressões, e que tenta conjugar a personalidade dos dois 'criadores' - é possível??
Uma pequena produção (mil garrafas?), com madeira (9 meses em barricas usadas) e os tradicionais aromas florais e frutados da casta.
Um vinho bastante interessante, mas um pouco caro (€25 tanto quanto percebi).

Ano da produção: 2020
Data de compra:
Local de compra: Feira Alvarinho 22, Monção
Preço de compra: €25 (bebido no lançamento)
Data de consumo: julho 2022
Produtor: Anselmo Mendes
Localidade: Quinta da Torre, Moreira, Monção
Enólogo: Anselmo Mendes
Acidez: nd
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º-13º
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo: 
(345)


segunda-feira, 27 de junho de 2022

Foral de Felgueiras (2019): 7/10

 Uma excelente surpresa, este Foral de Felgueiras, vinho que tem pvp de €5 euros.

A este preço e com esta qualidade, fora da subregião, confesso, que não encontrei muitos mais.

Um vinho que equilibra bem a fruta com a acidez, um alvarinho que parece e é alvarinho e que, insisto, a este preço, recomendo vivamente (nota: alguns acharão um pouco doce de mais)

Relação preço-qualidade: fantástico.

Ano da produção: 2019
Data de compra: outubro 21
Preço de compra: €6,73 (produtor recomenda pvp €5]
Local de compra: E.Leclerc 
Data de consumo: junho 2022
Produtor e Engarrafador: "Engarrafado por ENG.n1639, Vizela; distribuído por David, Distribuição de Vinhos, Felgueiras"
Localidade: Vizela
Enólogo: Isidro Costa e Rita Costa
Álcool (vol.): 12,5º
Acidez total: 5,8 (g/dm3)
Açúcar Residual: 5,3 (g/gm3)
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12-13º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou:arroz de marisco e bolo de chocolate (melhor com o arroz, embora seja um pouco 'doce' de mais para esta ligação)
Pode acompanhar por exemplo:
(344)


Casa do Capitão-Mor Reserva Maceração (2021): 6/10

Pontos fortes deste Casa do Capitão-Mor Maceração: o aroma (forte, personalizado) e a acidez final, bem marcada e longa. Já na boca o vinho ...

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