sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Casa Santa Eulália Terroir Velho Mundo (2018): 6/10

Melhor este 2018 do que o 2016 (bebido em 2018).

O ponto forte deste vinho é o final, que nos deixa ótimas sensações, depois de bebido - daí não ligar bem com qualquer comida. O aroma é pouco presente.

Não é um vinho 'fácil' (acidez bem marcada) mas é um vinho muito interessante; pelos vistos, está 12 meses em barrica de carvalho, mas a madeira aparece diluída.

O problema é o preço. Parece-me um exagero.

Ano da produção: 2018
Data de compra: Junho 2021
Local de compra: Portugal Vineyards
Preço de compra: €23,35
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor: Casa Santa Eulália
Localidade: Atei, Mondim de Basto
Enólogo: ?
Acidez: n.d.
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: lulas estufadas
Pode acompanhar: marinada de carne de aves
(117)

Casa Santa Eulália Terroir Velho Mundo (2016)




segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Head Rock Reserva (2015): 8/10 [segunda prova]

Bebi este transmontano Head Rock Reserva 2015 pela primeira em 2019.

E logo fiquei impressionado.

Voltei a bebê-lo agora, quase 3 anos depois, e ainda se mostrou melhor.

Sobretudo a segunda metade da garrafa, que foi bebida algumas horas depois.

Está lá a 'génese' do alvarinho, mas abundam sabores complementares, que só a idade pode proporcionar.

Excelente! 

(segundo o produtor, da edição de 2015, foram engarrafadas 1950. Pelos vistos ainda há algumas à venda; por falar nisso, não percebi se há colheitas posteriores)

Ano da produção: 2015
Data de compra: setembro 21
Preço de compra: €13,50
Local de compra: Portugal Vineyeards
Data de consumo: dezembro 21
Produtor: Head Rock Wines
Localidade: Nozedo, Vila Pouca de Aguiar
Enólogo: Carlos Bastos?
Acidez: nd
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: bacalhau cozido e bochechas de porco estufadas
Pode acompanhar por exemplo: 
(162)


sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Regueiro Reserva (2020): 8/10 [segunda prova]

Bebi novamente este Regueiro Reserva 2020, agora já com mais algum tempo em garrafa, e, sem surpresa, mostrou-se francamente melhor.

Abaixo dos 10 euros, um dos melhores.

Uma sugestão: é comprar uma caixa e guardar!

Ano da produção: 2020
Data de compra: 
Preço de compra: €18
Local de compra: Restaurante Marinheiro, Póvoa de Varzim
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor: Quinta do Regueiro
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo:
Acidez total:
Quantidade de garrafas consumidas:
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 10º?
Passou pelo arejador? Não.
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo:
(55)


domingo, 19 de dezembro de 2021

Casa Grande Sant'Ana (2017): 7/10

Uma surpresa agradável, este alvarinho produzido no Marco de Canavezes.

Aroma personalizado, na boca há uma predominância cítrica mas com espaço para a sensação de outras frutas. Acidez bem integrada.

Sem ser um reserva, consegue surpreender pela capacidade de acompanhar comida que não seja apenas aquela que o vinho branco tradicionalmente segue.

Relação preço-qualidade: acho que o produtor arrisca com este preço próximo dos 10 euros, uma vez que por este valor se compra o Soalheiro ou Regueiro, para dar apenas dois exemplos. Mas o vinho tem qualidade 


Ano da produção: 2017
Data de compra: novembro 21
Preço de compra: €9,49
Local de compra: vinha.pt
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor e Engarrafador: Casa Grande de Sant'Ana (Carlos Lucas)
Localidade: Marco de Canavezes (VR Minho)
Enólogo: Carlos Lucas
Acidez total: 6.2º
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 13º
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: perú assado
Pode acompanhar por exemplo: carnes brancas no forno ou 'lagareiros'
(317)


terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Quinta do Tamariz (sem data): 2/10

É possível comprar alvarinhos a menos de 5 euros com um mínimo de qualidade (temos alguns exemplos registados - e em alguns casos até bons), mas não é o caso deste Quinta do Tamariz.

Trata-se de um vinho demasiado ácido e com pouco alvarinho (muito pouco aromático e quase sem fruta).

(por que é que não há informação sobre a data de colheita?)

Relação preço-qualidade: às vezes o barato sai 'caro'...

Ano da produção: ?
Data de compra: outubro 21
Preço de compra: €4,25
Local de compra: Preços Baixos, Póvoa de Varzim
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor e Engarrafador: Quinta do Tamariz
Localidade: Barcelos (VR Minho)
Enólogo:
Acidez total: ?
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 2/10
Primeiro copo servido a: 14º 
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: arroz de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo: 
(316)


sábado, 11 de dezembro de 2021

O Guia de Vinhos 2021 de João Paulo Martins dedicado a Monção e Melgaço

Acaba de sair um pequeno mas muito interessante livro de João Paulo Martins (JPMartins) dedicado aos vinhos de Monção e Melgaço (quase só alvarinhos, mas não só).

Trata-se de uma obra pioneira (por exemplo fornece informações sobre os produtores e as colheitas, que muitas vezes não estão disponíveis ao público), que já li duas vezes. Ainda por cima JPMartins é o crítico de vinhos que sigo com mais atenção.

Dito isto, apenas uma nota discordante:

JPMartins excluiu marcas que, sendo feitas com uvas de Monção e Melgado, são engarrafadas fora da subregião, tal como as marcas de supermercado. Segundo explica, quis "abranger apenas produtores-engarrafadores e empresas da própria região e não outros operadores". Percebo e aceito, embora alguns dos casos que ficaram de fora se trate de 'operadores' que compram o produto acabado (produção, engarrafamento e se calhar rotulagem) no próprio viticultor de Monção e Melgaço.

Já tenho mais dificuldade em entender que o livro tenha sido feito apenas com os vinhos que os produtores lhe enviaram e não com 'todos' os que cumprissem aquele critério.

Dir-se-á que os produtores são os primeiros a ter interesse em enviar o máximo de vinhos, mas nem sempre isso é verdade. Pelas mais variadas razões (até pela falta de colaboração do produtor ou apenas por estarem esgotados), alguns podem ficar de fora. E ficaram.

Por isso não será possível encontrar no guia de JPMartins o único 10/10 do Senhor Alvarinho ou aquele que para mim é um dos melhores espumantes da subregião, o Encosta dos Sobrais. Outro exemplo: as Quintas de Melgaço produzem três espumantes e só está o Velha Reserva. Também não está o excelente Dom Ponciano Espumante Extra-Bruto e, para concluir, faltam dois vinhos da Quinta de Soalheiro, o Bruto Nature e o 9%.

Pode ser ingenuidade da minha parte, mas um guia de vinhos de uma determinada região deve tentar ter todos - é pelo menos isso o que persigo nesta página.

Dito isto, que não pretende por em causa a qualidade da obra, insisto nos méritos do livro de JPMartins.

PS - também encontrei (pelo menos 8) vinhos na lista de JPMartins que (ainda?) não estão por aqui. Alguns pelo preço (Tempo, Quinta das Pereirinhas Reserva Familiar, Jurássico, Valados de Melgaço 5º Aniversário) e outros por distração ou desconhecimento (Quinta da Pedra, Rebouça Espumante Reserva Bruto Natural, Quinta de Setas, Terrunho D'Além). Vamos tentar corrigir...




terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Quinta de Gomariz Colheita Selecionada (2020): 6/10

O maior elogio que se pode fazer a este Quinta de Gomariz é que podia ter sido produzido na subregião.

É um vinho de perfil tropical, talvez um pouco 'doce' demais para certas bocas, mas com boa harmonização final (na acidez). Eu gosto.

Relação preço-qualidade: custou mais um €1,5 do que o 2019 e a nota agora atribuída reflete isso mesmo (passou de 7/10 para 6/10).

Ano da produção: 2019
Data de compra: dezembro 21
Local de compra: Auchan, Maia
Preço de compra: €8,39
Data de consumo: dezembro 2021
Produtor: Quinta de Gomariz
Localidade: Santo Tirso, Vinho Regional Minho
Enólogo: António Sousa
Acidez:
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: arroz de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo:
(34)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Ninfa (2019): 8/10

Alvarinhos, como este, produzido com características muito específicas, valorizam claramente o potencial da casta.

Sou insuspeito ao dizê-lo: os (bons) alvarinhos clássicos são os meus preferidos, mas por vezes há a  felicidade de encontrar, da mesma casta, vinhos muito diferentes.

É verdade que há uma base cítrica neste Ninfa, produzido a 15kms do mar, no sopé da Serra dos Candeeiros (Rio Maior), com uvas biológicas em solos argilo calcários e com muita salinidade, refletida numa clara sensação mineral. E está lá o final bem equilibrado pela acidez.

Mas em tudo o resto é um alvarinho diferente. Como li algures, um verdadeiro vinho de terroir.

Relação preço-qualidade: excelente.

Ano da produção: 2019
Data de compra: novembro 21
Preço de compra: €9,49
Local de compra: vinha.pt
Data de consumo: novembro 2021
Produtor e Engarrafador: Sociedade Agrícola João T. M. Barbosa
Localidade: Rio Maior (Tejo)
Enólogo: 
Acidez total: 6,6º
Açúcar Residual: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 13º (mas podia ter sido a mais dois graus)
Passou pelo arejador? não
Acompanhou: arroz de peixe galo
Pode acompanhar por exemplo: peixes no forno
(315)



VG Reserva (2019): 5/10

Este VG ( Quintas de Vila Garcia , Amarante) foi comprado há menos de meio ano, não apenas porque era uma referência nova mas também porque ...