segunda-feira, 30 de março de 2020

Cazas Novas (2017): 5/10

Um alvarinho com uvas da subregião, com Anselmo Mendes ao leme, mas que não atrasa nem adianta.
É mau? Não.
É bom? Também não chega lá.
Um alvarinho que sugere alguma mineralidade e boa acidez, mas que não despertou entusiasmo.
(volto a um tema já aqui abordado algumas vezes: este vinho "é produzido e engarrafado por Eng. nº 4565, Melgaço". A quem interessa esta informação? Ao público? É assim que se faz a dignificação da casta e se permite o salto qualitativo de que tantos falam?)
Análise ao preço: a verdade é que há melhores a preços mais baixos, mesmo na subregião.
Ano da produção: 2017
Data de compra: fevereiro 2020
Preço de compra: €8,45
Local de compra: Portugal Vineyards
Data de consumo: março 2020
Produtor: Quinta de Guimarães, Baião ["produzido e engarrafado por Eng. nº 4565, Melgaço"]
Localidade: Melgaço
Enólogo: Anselmo Mendes e Diogo Lopes
Acidez: nd
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 9º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: feijoada de buzios
Pode acompanhar por exemplo:
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quinta-feira, 26 de março de 2020

Cêpa Vélha (2018): 6/10

Em acresento ao que escrevi relativamente ao vinho de 2017, apenas estas duas notas:
- os produtores dizem que fazem este Cepa Velha como era feita há 70 anos. Não duvido. Mas fico feliz pelas técnicas de vinificação terem ajudado a casta a 'evoluir';
- este Cepa Velha é um vinho brandinho. Agradável, mas sem entusiasmos. Se era mesmo assim que o alvarinho era produzido há 60 ou 70 anos, percebe-se porque razão o vinho não se destacava.
Análise ao preço: aceitável, mas...
Ano da produção: 2018
Data de compra: fevereiro 2020
Preço de compra: €7,55
Local de compra: Portugal Vineyards
Data de consumo: março 2020
Produtor: Vinhos de Monção
Localidade: Monção
Enólogo: ?
Acidez:
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 10º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: salmão grelhado
Pode acompanhar por exemplo:
(124)

domingo, 22 de março de 2020

Quinta de Sant'ana (2016): 5/10

Produzido em Mafra, este é um alvarinho muito diferente da generalidade dos vinhos desta casta, produzidos na subregião ou fora.
A diferença começa logo no nariz, em que a fruta aparece escondida por uma certa mineralidade.
Na boca, essa mineralidade não desaparece mas mistura-se com alguma fruta de caroço (maçã verde?) e até caramelo.
Esta garrafa foi bebida em dois momentos (almoço e jantar), sendo que na segunda esteve melhor. Talvez seja um vinho que se estranhe em primeiro lugar. A explicação pode estar na acidez final que é penetrante, sem, contudo, se tornar desagradável. Longe disso.
Análise ao preço: exagerado. O produtor explica que "A rare wine indeed. Not only is Alvarinho our smallest vineyard, but each kilo of grapes only yields 500ml of wine", mas aqui temos em conta a comparação com referências semelhantes existentes no mercado (e a nota que atribuo tem naturalmente isso em conta).

Ano da produção: 2016
Data de compra: fevereiro 2020
Preço de compra: €19,25 [uma pesquisa na net mostra que este mesmo vinho produzido em 2013 custa €13,20 e os de 2014 igual]
Local de compra: Portugal Vineyards
Data de consumo: março 2020
Produtor: Quinta de Sant'ana
Localidade: Gradil, Mafra (Vinho Regional Lisboa)
Enólogo:
Acidez: 6,9º total (2013)
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 12º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: robalo do mar grelhado com legumes
Pode acompanhar por exemplo: talvez se adapte bem a doces
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quarta-feira, 18 de março de 2020

QM Espumante Super Reserva Bruto (2016): 7/10

O efeito mais visível dos (pelo menos) 24 meses em garrafa é a forma como as características da casta evoluem, sobretudo em boca, para outras sensações. Aquilo que poderia ser um espumante de base tropical é agora um vinho onde se percebe por exemplo fruta de caroço, como a maçã verde.
O resultado final, neste espumante de bolha agradável, é bastante interessante; a acidez está bem presente mas também bem integrada.
Curiosamente, na última Essência do Vinho provei o 2017 e pareceu-me mais vibrante.
[Uma referência ao descritivo no contrarrótulo: "também se percebem notas de fumo mineral". Fumo mineral?????
Análise ao preço: não é vinho para todos os dias...
Ano da produção: 2016
Data de compra: novembro 2019
Preço de compra: €? [€18,5 online]
Local de compra: Feira Espumante de Melgaço
Data de consumo: março 2020
Produtor: QM
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo: Jorge Sousa Pinto
Acidez: 7º total
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: risotto de espargos e cogumelos
Pode acompanhar por exemplo: o produtor fala numa combinação perfeita com lampreia
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quinta-feira, 12 de março de 2020

Freixo (2017): 6/10

Mais um alvarinho produzido no Alentejo, que não tenta imitar os da subregião mas com com alguns atributos que fazem dele um vinho interessante para certas refeições ou mesmo como entrada.
Pelo aroma percebe-se que é alvarinho, na boca há uma perda de importância da fruta, substituída pelas sensações minerais
Análise ao preço: caro.
Ano da produção: 2017
Data de compra: fevereiro 2020
Preço de compra: €10,45
Local de compra: Portugal Vineyards
Data de consumo: março 2020
Produtor: Herdade do Freixo
Localidade: Redondo, Alentejo
Enólogo: Xabier Kamio
Acidez: 5.6º total
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: arroz de camarão
Pode acompanhar por exemplo: fim de tarde numa esplanada, com ameijoas à Bulhão Pato
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domingo, 8 de março de 2020

Muros de Melgaço (2018): 6/10

Anselmo Mendes produz este alvarinho com um objetivo muito específico: lançar no mercado um  vinho de perfil claramente cítrico.
O objetivo é amplamente conseguido: no aroma a casta responde com pujança, na boca destacam-se imediatamente sensações que variam entre a casca de limão (toranja?) e a tanjerina.
A acidez é marcante mas está bem integrada e a madeira da fermentação passa quase despercebida.
(O 'problema' para mim é outro: reconheço que se trata de um alvarinho bem feito, mas é demasiado cítrico para o meu gosto).
Análise ao preço: elevado [e a nota atribuída é sempre uma ponderação, ainda que subjetiva, entre a qualidade percebida na prova e o preço].
Ano da produção: 2018
Data de compra: março 2020
Preço de compra: €16,99
Local de compra: Pingo Doce Póvoa de Varzim
Data de consumo: março 2020
Produtor: Anselmo Mendes
Localidade: Melgaço
Enólogo: Anselmo Mendes
Acidez: 6,4º (2015)
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 9º
Passou pelo arejador? Sim (as diferenças não foram notórias)
Acompanhou: salmão com legumes grelhados
Pode acompanhar por exemplo:
(80)

quarta-feira, 4 de março de 2020

Pingo Doce Reserva (2018): 7/10

'Alerta CM': o Pingo Doce lançou o melhor alvarinho a menos de cinco euros!
Até pode ser que o preço atual seja promocional e passe a fasquia, mas, enquanto durar, é aproveitar.
Trata-se de um vinho em que a fruta (essencialmente tropical) está bem presente, relacionando-se de uma forma equilibrada com a acidez. O estágio em cubas de inox envelheceu o vinho, valorizando-o. Um vinho muito bom, atendendo ao preço.
Análise ao preço: fora de série!
Ano da produção: 2018
Data de compra: março 2020
Preço de compra: €4,99
Local de compra: Pingo Doce Póvoa de Varzim
Data de consumo: março 2020
Produtor: Adega de Monção, para o Pingo Doce
Localidade: Monção
Enólogo: José Lourenço
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: atum assado no forno
Pode acompanhar por exemplo:
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VG Reserva (2019): 5/10

Este VG ( Quintas de Vila Garcia , Amarante) foi comprado há menos de meio ano, não apenas porque era uma referência nova mas também porque ...