domingo, 31 de janeiro de 2021

Rascunho Colheita Tardia 3ª edição (2015): 8/10

Um vinho absolutamente desconcertamente!

Começa por quebrar o padrão dos colheitas tardias, que são vinhos doces. Este - apesar de se apresentar no rótulo como um vinho doce - não o é. Pelo contrário, é um vinho com uma acentuada acidez, mas uma acidez viciante (crocante é o feliz adjetivo usado no contrarrótulo), que se casa na perfeição com os aromas da casta, vem visíveis logo no contacto do nariz.

A acidez com o sabor proveniente do fungo, que provoca alguma podridão e decomposição nas uvas, cria um sensação ligeiramente picante na boca (tipo queijo Roquefort!).

Foram experimentadas três sobremesas: um cheesecake (ótimo), um queijo de Serpa (não ligou) e biscoitos cantuccini, por causa da amêndoa (muito bom).

Uma parte da garrafa foi bebida na hora e outra 12 horas depois (ambas a 15º, quando o recomendado é que seja mais fresco). A primeira estava bem 'crocante', mas a segunda apresentou-se mais completa.

Análise ao preço: os €35,75 que paguei são um preço muito elevado por uma garrafa de 375 ml, mas os €22,5 da concorrência já seriam bem compreensíveis. E fariam com que atribuísse um 9 a este vinho. [a casa recomenda €25 como "preço mínimo recomendado]

Ano da produção: 2015
Data de compra: janeiro 21
Preço de compra: €35,75
Local de compra: Portugal Vineyards
Data de consumo: janeiro 2021
Produtor: Quinta de Santiago
Localidade: Monção
Enólogo: José Domingues e Abel Codesso?
Acidez total: 11º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 15º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: diversas sobremesas (ver texto acima)
Pode acompanhar por exemplo:
(279)


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Casa de Vila Verde Reserva (2016): 6/10

Um bom alvarinho com bastante madeira, é o resumo que se pode fazer deste vinho produzido em Lousada.

A madeira não anula as sensações minerais que a casta aqui apresenta, mas não faz, do meu ponto e vista, o casamento perfeito com a acidez bem vincada, logo no primeiro contacto com a boca.

Análise ao preço: sendo um reserva, com bastante estágio em madeira, o preço é bastante simpático.



Ano da produção: 2016
Data de compra: dezembro 20
Preço de compra: €7,49
Localidade: Lousada
Enólogo: 
Acidez total: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: pargo cozido
Pode acompanhar por exemplo:
(278)


sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Verdilhão (2019): 5/10

O traço mais distintivo deste alvarinho produzido em Barcelos é o gás.

Há quem goste e quem ache que está a mais.

O vinho, discreto nos aromas e no paladar, bebe-se sem sacrifício mas também sem entusiasmo.

Análise ao preço: normal.

[as caves Campelo, que o produzem, não reconhecem a sua paternidade no site oficial!; o Auchan, que vende este vinho, lançou recentemente o Bando Verdilhão; não é Verdilhão a mais?]

Ano da produção: 2019
Data de compra: janeiro 21
Preço de compra: €5
Local de compra: Auchan Maia
Data de consumo: janeiro 2021
Produtor: Caves Campelo
Localidade: Moure, Barcelos
Enólogo: ?
Acidez total: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 11º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: petinga frita
Pode acompanhar por exemplo:
(6)

Verdilhão 2015

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Carlos Conde Escolha (2017): 7/10

Francamente bom, este alvarinho de entrada na tripla gama Carlos Conde.

Trata-se de um vinho de estilo clássico, sem (que se perceba qualquer) vinificação complexa, a deixar as uvas mostrarem a sua força. Houve envelhecimento em adega, antes de ser lançado ao público.

Análise ao preço: se pensarmos que, grosso modo e em termos de resultado final, está a competir por exemplo na mesma divisão que o Soalheiro, o preço é francamente mais elevado, daí a nota atribuída. O produtor explica que foram engarrafas apenas 3345 garrafas.

Ano da produção: 2017
Data de compra: dezembro 20
Preço de compra: oferta do distribuidor [PVP 14,95€]
Local de compra:
Data de consumo: janeiro 2021
Produtor: [Engarrafador nº 5927, Monção] [como várias vezes defendi, este tipo de informação é irrelevante para o consumidor, que merece mais pormenores]; Distribuído por Casa Encostas de Melgaço]
Localidade: Monção e Melgaço
Enólogo: João Pereira
Acidez total: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 13º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: linguados grelhados 
Pode acompanhar por exemplo:
(277)


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Kompassus (2016): 7/10

Foi o primeiro e, tanto quanto julgo saber, continua a ser o único Alvarinho da Bairrada.
Em paralelo, e mais importante, é um vinho de caractísticas minerais, que deixam a fruta (cítrica) em segundo ou terceiro plano (aroma ténue). Mesmo a madeira (estágio de 7 meses em barricas usadas) aparece discretamente.
A acidez muito presente no final, mas bem integrada, ajuda a proporcionar um final prolongado.
Um vinho complexo e intenso, que mais uma vez mostra como esta casta é especial.
Não me custa reconhecer que será um dos melhores alvarinhos produzidos fora da subregião, sobretudo se destacarmos o aspeto da mineralidade.
Análise ao preço: um pouco puxado.


Ano da produção: 2016
Data de compra:
Preço de compra: [PVP 17,50 online]
Local de compra: bebido na Casa de Chá da Boa Nova, Matosinhos
Data de consumo: dezembro 2020
Produtor: Kompassus
Localidade: Cantanhede
Enólogo: Anselmo Mendes
Acidez total: 7,34º (2015)
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º?
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: diversos pratos
Pode acompanhar por exemplo:
(276)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Quinta de Gomariz Colheita Selecionada (2019): 7/10

Continua a ser um dos melhores alvarinhos produzidos fora da subregião.

Este 2019 pareceu-me ter um pouquinho menos de vivacidade, que depois se reflete na forma como a acidez surge na boca.

O preço continua a ser excelente (e obviamente que a nota atribuída reflete, como sempre, isso mesmo)

Ano da produção: 2019
Data de compra: dezembro 20
Local de compra: Auchan, Maia
Preço de compra: €6,99
Data de consumo: janeiro 2020
Produtor: Quinta de Gomariz
Localidade: Santo Tirso, Vinho Regional minho
Enólogo: António Sousa
Acidez:
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: bacalhau na brasa
Pode acompanhar por exemplo:
(34)

sábado, 2 de janeiro de 2021

Cerveja Grape Ale Alvarinho 2018

Além dos vinhos propriamente ditos, tenho tentado, também, registar produtos derivados do Alvarinho.

Hoje falo novamente de uma cerveja, mas que se distingue da anterior por saber a... alvarinho!

Na verdade, esse é o ponto essencial para mim.

Por falta de conhecimentos, não vou comentar a cerveja propriamente dita (trata-se de uma grape ale, muito diferente de uma cerveja convencional, portanto), mas importa destacar algo que nem sempre tem sido possível encontrar nestes derivados: a presença do alvarinho.

Esta Grape Ale Alvarinho 2018, com a colaboração de Anselmo Mendes, (também) sabe a alvarinho! E esse é o maior elogio que posso deixar.

Grape Ale Alvarinho 2018, produzida por Letra e com a colaboração de Anselmo Mendes. €3,5 no Portugasl Vineyards.


Casa do Capitão-Mor Reserva Maceração (2021): 6/10

Pontos fortes deste Casa do Capitão-Mor Maceração: o aroma (forte, personalizado) e a acidez final, bem marcada e longa. Já na boca o vinho ...

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