terça-feira, 28 de novembro de 2023

Muros Antigos Espumante Bruto Natural (2022): 8/10

A última festa do Espumante, em Melgaço, tinha uma (boa) surpresa reservada: o primeiro espumante de alvarinho produzido por Anselmo Mendes [se excluirmos, claro, o espumante que produz para o Pingo Doce desde 2020]

Há muito que Anselmo Mendes procurava um espumante que estivesse ao seu nível e acertou em cheio: aroma frutado, bolha muito fina, um vinho suave, muito tropical (manga, papaia) com um final muito bom.
Um oito quase nove na minha classificação.

[Acaba de ser lançado mas já devia estar no site oficial do produtor, onde não há qualquer informação; assim ficamos sem saber, por exemplo, porque é que se trata de um IG Minho, como o do Pingo Doce, e não de um Monção & Melgaço]

Relação preço-qualidade: excelente, no pressuposto de que o pvp será inferior aos €15.
Ano da produção: 2022
Data de compra: nov23
Preço de compra: €15 (na Festa do Espumante, não há ainda preço de venda ao público)
Local de compra: Festa do Espumante 2023, Melgaço
Data de consumo: novembro 2023
Produtor: Anselmo Mendes
Localidade: Melgaço [IG Minho]
Acidez Total (d/dm3): ?
Açúcar residual (g/dm3): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 10º-11º
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo:
(410)


domingo, 26 de novembro de 2023

Comprar alvarinhos? Intermarché de Monção

O novo Intermarché de Monção trouxe a oferta de alvarinhos para outro patamar.

Ao contrário de outros supermercados, o Intermarché beneficia da possibilidade comprar local e decidiu apostar na venda de alvarinhos (isso também se verifica, ainda que em menor grau, no Intermarché de Melgaço).

A imagem diz (quase) tudo:

A oferta é muito diversificada (estão representadas todas as gamas, incluindo vinhos a mais de €50) e completa - a mais completa que conheço numa loja física, já que tem vinhos de Monção e de Melgaço.

Com um pouco mais de critério seria possível separar os vinhos que são apenas alvarinho dos que, tendo alvarinho, resultam da mistura com outras castas, mas este é um detalhe.

(Os preços? Foi apenas a primeira observação, mas parece-me que o Coca, também em Monção, continua imbatível).

Com o Intermarché, o Coca e o Saudáveis e Companhia, Monção é definitivamente o melhor local para comprar alvarinhos.

PS - As câmaras de Monção (Museu do Alvarinho) e de Melgaço (Solar do Alvarinho) mantêm abertos espaços de promoção e venda de alvarinhos, mas nem a exposição é boa nem a oferta tão completa (até porque cada uma das autarquias só vende os 'seus' vinhos e há basicamente uma referência por produtor)


sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Casa de Vila Pouca Reserva (2021): 5/10

Mesmo aberto com uma hora de antecedência, este Casa de Vila Pouca Reserva mostrou-se muito fechado. 

O aroma é muito ténue e a presença do alvarinho mostra-se discreta.

Sabe a madeira, mas fiquei na dúvida se é a madeira que salva o vinho ou se a madeira esconde a casta.

(Bebi um segundo copo 24 horas depois e, embora um pouco mais aberto, as diferenças não foram significativas, o que se percebe, porque se trata de um vinho relativamente recente).

Relação preço-qualidade: caro.

Ano da produção: 2021
Data de compra: set23
Preço de compra: €14 [€18 na loja do produtor!]
Local de compra: DouviCoisas, Vila do Conde
Data de consumo: novembro 2023
Produtor: Fernando Carvalho Teixeira
Localidade: Celorico de Basto (Regional Minho)
Acidez Total (d/dm3): 5,3
Açúcar residual (g/dm3): <1,5
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: Estágio 4 meses em Inox e de 12 meses em Barrica de Carvalho Francês
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: arroz de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo:
(409)




sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Passo de Gigante (sem data): 6/10

Primeira curiosidade: em lado nenhum se diz que é alvarinho. Só na loja onde foi comprada (e respetivo site) se obteve a informação. O que, tratando-se de um vinho da zona dos Verdes, é anormal.

Segunda curiosidade: o vinho não tem qualquer data. 2021? 22?

Terceira curiosidade: pelas minhas contas é o quarto curtimenta de alvarinho produzido em Portugal (com liderança de Anselmo Mendes, recentemente secundado por Élio Lara).

Finalmente: em prova cega não diria que é alvarinho - nem pelo aroma. Tem boa acidez, é verdade, mas quase todas as castas do Verde a têm. [resta acrescentar que é um vinho de vinificação natural].

Relação preço-qualidade: caro.

Ano da produção: ?
Data de compra: set23
Preço de compra: €19 
Local de compra: Cave Bombarda, Porto
Data de consumo: novembro 2023
Produtor: João Pedro da Mota Pires
Localidade: Vila Verde (IVV)
Enólogo: Ana Zarricueta e Rui Oliveira
Acidez Total (d/dm3): ?
Açúcar residual: ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: fermentação com as películas durante 13 dias. Estágio 12 meses.
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: Robalo no forno
Pode acompanhar por exemplo: 
(408)


domingo, 12 de novembro de 2023

Borges (2018) [2ª prova]: 6/10

Em novembro de 2020 comprei duas garrafas deste Borges 2018.

A primeira foi bebida em dezembro de 2020 e guardei a segunda para 'uns anos mais tarde.'

Foi bebida esta semana.

Ou seja, um vinho de 2018 foi provado cinco anos depois.

A primeira observação, que me parece a mais importante, é que tenho vindo a constatar que estes colheitas, com vários anos, não podem ser bebidos logo após a abertura.

Este foi mais um caso em que a primeira prova, menos de meia hora após a abertura, se revelou uma desilusão: vinho muito fechado, sem força e sem revelar a personalidade da casta.

Parei após o primeiro copo e guardei o restante para a refeição seguinte, 12 horas depois.

E, aí, o Borges já se revelou diferente: já apareceram os sabores secundários, a fruta madura, a revelar um bom envelhecimento.,

Talvez cinco anos tenha sido demais, sobretudo para um colheita sem sofisticação na vinificação, mas, ainda assim, valeu.

Ano da produção: 2018
Data de compra: novembro 2020
Local de compra: Jumbo, Maia
Preço de compra: €8,99
Data de consumo: novembro 2023
Produtor: Sociedade Vinhos Borges
Localidade: "Monção e Melgaço" [engarrafado em Felgueiras por Sociedade Vinhos Borges, Gondomar]
Enólogo:
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11-13º
Acompanhou: pargo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(22)

Borges 2016

Borges 2017

Borges 2018

domingo, 5 de novembro de 2023

Encostas de Melgaço Espumante Bruto (2020): 9/10

Começo por dizer que este é o melhor espumante de alvarinho que bebi e classifiquei este ano [sim, porque houve um, com, pelo menos, igual apreciação a que não pude dar classificação). Um 9 quase 10.

2020 foi a primeira produção de espumante da renovada Quinta da Pigarra e acertaram em cheio! Aroma inconfundível, bolha do mais elegante que é possível imaginar, na boca sabores muito evoluídos, como se fosse um reserva em madeira (caramelo, manga madura, frutos secos), e a acidez a corresponder.

Um espumante suave e delicado. 

Relação preço-qualidade: €15 é um excelente preço para um espumante tão bom.

Ano da produção: 2020
Data de compra: nov22
Preço de compra: €15 [online encontrei diversos preços]
Local de compra: feira do espumante de Melgaço
Data de consumo: novembro 2023
Produtor: Quinta da Pigarra [não existe qualquer informação online, que possa explicar por exemplo que a quinta é de Melgaço, mas o produtor esteja em Famalicão)
Localidade: Famalicão
Enólogo: Jorge Sousa Pinto
Acidez Total (d/dm3): ?
Açúcar residual: ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 9-10º
Acompanhou: douradas grelhadas
Pode acompanhar por exemplo: trata-se de um espumante altamente gastronómico, que pode acompanhar quase toda a gastronomia.
(407)


 

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Castelo de Moinhos (2022): 4/10

O alvarinho do Mercadona, feito na Adega de Monção.

Trata-se de um vinho com pouca intensidade, muito levezinho.

O aroma tem fruta e a acidez é interessante, mas na boca falta profundidade.

Ano da produção: 2022
Data de compra: outubro 23
Local de compra: Mercadona, Vila do Conde
Preço de compra: €3,80
Data de consumo: novembro 2023
Produtor: [Engarrafado por Adega Cooperativa de Monção]
Localidade: Monção
Enólogo: ?
Acidez: nd
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 4/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: robalos na brasa
Pode acompanhar por exemplo:
(211)

Castelo de Moinhos 2018


Casa do Capitão-Mor Reserva Maceração (2021): 6/10

Pontos fortes deste Casa do Capitão-Mor Maceração: o aroma (forte, personalizado) e a acidez final, bem marcada e longa. Já na boca o vinho ...

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