sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Chicane Voyage (I) (2020): 6/10

 Apesar de haver pouca informação, este Voyage tem algumas coisas que merecem ser ditas.

A primeira é que, com uvas plantadas em Vila Nova de Tazem, é o primeiro alvarinho cm origem na região do Dão.

A segunda é que surge como IVV e a única referência a alvarinho aparece neste código L.ALV20 (lote alvarinho, 2020, se bem percebo). Nas lojas online, onde está à venda, é apresentado como alvarinho.

Voyage é o nome do vinho, Chicane a marca criada pelos enólogos Carlos Ferreira e António Teixeira a partir de uvas criadas na Quinta dos Garnachos, Tazem.

E agora o vinho: vale os €17,25 que paguei? Não. Tem um aroma bastante vegetal e uma acidez interessante, mas em boca é mostra-se sem personalidade.

É, como agora se diz, uma interpretação do alvarinho? Claro que sim, com toda a legitimidade. Mas não me convenceram.

Ano da produção: 2020
Data de compra: dezembro de 24
Preço de compra: €17,25
Local de compra: Portugal Vineyards
Data de consumo: dezembro de 24
Produtor: Vinhos Chicane
Localidade: Vila Nova de Tazem (IVV)
Enologia: Carlos Ferreira e António Teixeira
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "...".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: bacalhau cozido com legumes
Pode acompanhar por exemplo: 
(461)


sábado, 14 de dezembro de 2024

Quinta de Santiago Espumante Bruto Velha Reserva (2017): 8/10

Só muito recentemente os apreciadores de alvarinho (e, sem exagero, penso. muitos dos produtores) perceberam o potencial de guarda do alvarinho, seja para vinhos tranquilos seja para espumantes - ou colheitas tardias. 

Daqui a alguns anos saber-se-á muito mais do que hoje sobre quantos anos pode um vinho destes 'aguentar' sem começar a perder qualidades - como se imagina, a validade não é infinita.

Vem isto a propósito deste Velha Reserva (estágio em garrafa de pelo menos 36 meses) da Quinta de Santiago, se não estou enganado, o primeiro que produziram.

Abri-o com mais de uma hora de antecedência, tendo o cuidado de preservar ao máximo o gás carbónico. E mesmo assim, revelou-se muito fechado. Foi abrindo ao longo da refeição e estava bem melhor no final. Mas fiquei com a ideia de que deveria ter sido bebido um ou dois anos antes.

Relação preço-qualidade: paguei €30 e esse é, mais ou menos, o preço em garrafeira, hoje (2017 e 2018). Acho que há uma boa relação, que seria melhor se bebido quando foi lançado.

Ano da produção: 2017
Data de compra: abril de 24
Preço de compra: €30
Local de compra: Saudáveis e Companhia [nota: a loja fechou entretanto; que pena, pois tinha um serviço diferenciado]
Data de consumo: dezembro de 24
Produtor: Quinta de Santiago [site off, nesta altura]
Localidade: Monção
Enologia: Abel Codesso
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "...".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: arroz do mar
Pode acompanhar por exemplo: tem potencial para acompanhar quase todo o tipo de pratos
(460)


quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Borges Estagiado em Barrica (2022): 6/10

Como os leitores saberão, valorizo diversos elementos, além do apreciação intrínseca do vinho.

É o caso deste Borges.

Comecemos pelo preço.

A Sociedade dos Vinhos Borges recomenda um preço de venda ao público de €17,90, que é o preço na loja do distribuidor oficial, mas comprado na loja física custou €20,80. Não percebi.
A origem das uvas: a garrafa não nos dá qualquer informação sobre a origem das uvas, apenas pela leitura da imprensa se fica a saber que vêm da Quinta do Ôro (Felgueiras). Quem compra um alvarinho de quase €20 euros, fora da região Monção e Melgaço, 'exige' mais informação.

Finalmente o vinho: o aroma tropical é intenso, mas depois 'morre' um pouco na boca, onde lhe falta intensidade. Percebe-se a madeira, que está equilibrada, mas também falta que a acidez seja um pouco mais prolongada.

Relação preço-qualidade: se o extraordinário Regueiro Barricas custa mais ou menos o mesmo, concluo que este vinho é caro.

Ano da produção: 2022
Data de compra: fevereiro 24
Preço de compra: €20,80
Local de compra: JMV (Rio Tinto)
Data de consumo: dezembro de 24
Produtor: Vinhos Borges
Localidade: Uvas de Felgueiras?
Enologia: ?
Acidez Total (g/l):  7 g ac.tart (2023)
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "o mosto proveniente das uvas prensadas é arrefecido para 8-12 ºc de forma a decantar. Após decantação o mosto limpo é separado das borras e inicia-se a fermentação com controlo de temperatura (15-17 ºC). No final da fermentação o vinho estagia sobre as borras finas em barricas de carvalho francês durante 5 meses".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: bacalhau assado na brasa
Pode acompanhar por exemplo:
(459)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

O mercado resiste ao aumento do preço do Soalheiro (e o que acontece com a concorrência)

Talvez os leitores se lembrem dos textos que aqui escrevi sobre o 'movimento' de preços associados ao Soalheiro: a empresa a recomendar um pvp de €11,5 e o mercado (nós, portanto...) a resistir.

Passou ano e meio desde o primeiro texto e eis o que encontrei num supermercado perto de casa:

Soalheiro a €9,99 (era €11,59).
QM a €8,89 (era €11,89)
Dona Paterna a €9,49 (era €11,99)
Muros de Melgaço a €9,99 (sem promoção)
Contacto a €8,99 (era €11,59)
E Regueiro a €9,09 (sem promoção)


Duas notas: 
- a luta está feroz neste segmento (as chamadas colheitas);
- em alguns casos a poupança é de quase dois euros em garrafa, o que significa 20%;

(mesmo que as marcas sejam alheias a estas promoções, como acredito que sejam, parece-me evidente que o supermercado em causa acha que só consegue vender estes alvarinhos, quase todos muito bons,  abaixo dos €10)


quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Duas cervejas de alvarinho Mesmo Boa

Carlos Araújo é um empresário sedeado na Póvoa de Varzim que trabalha há muitos anos com vários produtos relacionados/derivados do alvarinho.

Entre esses produtos destacam-se duas cervejas, a que deu o nome de Mesmo Boa.

Uma é apresentada como 'grape ale, cerveja especial' (no mercado desde 2016) e outra 'Portuguese grape ale, cerveja extra'.

Como tenho escrito diversas vezes, não é fácil evidenciar as características do alvarinho em produtos que incluem outras matérias.

Em ambas há mosto de cevada, lúpulo e mosto de alvarinho (além de um pouco de vinho alvarinho).

No caso da  'grape ale cerveja especial' o resultado é bem conseguido. Obviamente que não é vinho, mas, além da cerveja ser muito agradável, é possível, em boca perceber alguns traços da casta.

Já relativamente à 'Portuguese grape ale cerveja extra', a grande diferença é o nível de alcoól: 8,9%, contra 5,7º da anterior.
Emboara os ingredientes sejam os mesmos, gostei mais da primeira, por permitir perceber a sensação de alvarinho.
Em resumo, duas boas cervejas, compradas num pack de quatro (duas de cada), que custou €20 na Feira do Espumante de Melgaço, um preço muito bom.


Contactos do produtor: Bebipedala – Carlos Araújo, geral@bebipedala.pt ou +351919227419.

Chicane Voyage (I) (2020): 6/10

 Apesar de haver pouca informação, este Voyage tem algumas coisas que merecem ser ditas. A primeira é que, com uvas plantadas em Vila Nova d...

Textos mais vistos