terça-feira, 23 de março de 2021

Adega Mãe 221 (2015): 8/10

Ao juntar (pela primeira vez) uvas de Monção e Melgaço e da zona de Lisboa, este alvarinho é mais um exemplo da experimentação, traço mais forte da obra de Anselmo Mendes como enólogo de alvarinho.

Trata-se de um vinho inovador  no processo mas também no resultado. No aroma é um alvarinho quase convencional, com fruta, mas na boca vence o lado atlântico das uvas da Adega Mãe, em detrimento dos traços da subregião.

Devo dizer que o vinho foi bebido em dois momentos diferentes, separados por 24 horas (devidamente 'acondicionado') e que a segunda foi francamente melhor: foi na segunda que se revelou o final fantástico, prolongado, complexo, exigente com múltiplas sensações, um dos melhores que provei nos últimos meses. No final da primeira prova, este 221 não me convenceu, sobretudo por causa de uma certa salinidade e um final muito curto, mas ainda bem que esperei! [estamos a falar de um vinho de 2015]

Análise ao preço: haverá certamente razões na vinificação que justificam o preço, mas a mim parece-me caro, mesmo sendo produzidas apenas 2703 garrafas.

Ano da produção: 2015
Data de compra: novembro 20
Preço de compra: €29,55
Local de compra: Portugal Vineyards
Data de consumo: março 2021
Produtor: Adega Mãe, Torres Vedras
Localidade: Torres Vedras e Monção, IVV
Enólogo: Anselmo Mendes e Diogo Lopes
Acidez total: 6,25º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 10º
Passou pelo arejador? Não
Acompanhou: Pargo no forno
Pode acompanhar por exemplo: marisco!
(284)



 

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