Leio e não posso deixar de ficar (no mínimo) surpreendido: vão ser postos à venda dois alvarinhos que custam mais de €200 euros: Reserva Gran Vicious 2021 e Vicious 2021, com preços de 275€ e 215€, respetivamente [vinhos que que não bebi, obviamente*].
Apesar de me parecer muito difícil que um alvarinho possa custar mais de €200 euros (ou mesmo €100...), não é o preço que me deixa embasbacado mas a razão como se terá chegado a ele.
Imagine-se que era um vinho com 10 ou mais anos de envelhecimento, com vários lotes, mais madeira, mais inox e ainda mais qualquer coisa, em edições muito reduzidas...
Mas não. Tanto quanto se percebe é um vinho 'do ano' e um reserva, sem nada de especial.
Mais: tanto quanto se percebe, as uvas vêm do produtor Carlos Codesso (Dona Paterna), que - imagino - nos anos anteriores usava essas uvas para fazer o seu próprio vinho.
Em suma, não percebo como se chega a este valor e deduzo que, no fundo, é só marketing.
Em Portugal os alvarinhos mais caros custam à volta de €50 euros (e alguns não o justificam). Com este lançamento demos um salto quântico, mas sem paraquedas...
PS - O homem por trás da ideia, Cláudio Martins, da Martins Wine Advisor, é o responsável pelo lançamento dos vinhos Júpiter (2021) e Uranus (2022), a mais de 1000€ a garrafa.* mas se algum dia os provar e me arrepender de ter escrito este texto cá estarei para o reconhecer
Sem comentários:
Enviar um comentário