No mesmo ano em que Melgaço realizou uma das feiras do alvarinho menos conseguidas, Monção bateu recordes (por exemplo no número de expositores presentes), contribuindo para 'afastar' a dimensão de duas feiras que há alguns anos andavam muito mais 'ombro a ombro' (Monção fala em 100 mil pessoas!).
Enquanto Monção é um evidente caso de sucesso, no casamento do conceito de wine party com o entusiasmo dos visitantes, Melgaço parece estar à procura de um caminho.
É evidente que não está em risco a viabilidade da feira de Melgaço, até porque (para além da qualidade de muito do vinho ali produzido) os melgacenses são muito bairristas e orgulhosos da sua terra, mas, se nada fizer, corre o risco de se tornar progressivamente irrelevante.
Acredito que se Melgaço tentar 'competir' (no conceito) com Monção perderá, até porque este concelho tem quase três vezes mais habitantes do que aquele, pelo que é preciso pensar em alternativas. ATé no espaço para realização dos eventos, Monção tem muito mais potencial.
A minha sugestão é que a feira de Melgaço aposte no produto e produtor (no grande mas também no pequeno), que seja mais virada para os profissionais (encontros de enólogos, de sommeliers, realização de debates sectoriais) e assim se torne uma referência na produção de alvarinho em Portugal. Continuar aberta ao público, mas ir para além disso.
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