domingo, 27 de novembro de 2022

A Feira do Espumante de Melgaço num impasse?

Hoje é o último dia da Feira do Espumante de Melgaço, uma importante (até porque única no género) iniciativa.

Mas depois da visita que realizei ontem fiquei com a sensação de que algo precisa de mudar.

Não me estou a referir às instalações (estavam mais de 30 graus dentro da tenda, mas se calhar é algo que tão cedo não se repete e que até poderá ser corrigido/previsto no futuro), mas ao facto de haver poucos produtores.

Por um lado, sabe-se que mais de metade dos produtores de alvarinho da sub região não fazem espumosos (a começar por Anselmo Mendes) e que vários, sobretudo os mais pequenos, não estavam presentes.

Finalmente, havia quase só produtores de Melgaço (contei quatro de Monção, incluindo Provam; pode-me ter falhado mais um; a Quinta de Santiago, por exemplo, está ausente). 

Ou seja, a visita é curta, porque faltam muitos produtores, mesmo de Melgaço, e porque muitos dos que estão (metade dos presentes?) têm apenas uma referência. Quinta do Regueiro ou Dom Ponciano por exemplo. 

Poucos produtores, pouco vinho, visita curta, menos público potencialmente interessado.

E é aqui que a organização pode (e deve?) mudar de prioridades, fazendo por atrair o máximo de produtores.

Por outro, não seria de permitir vender outro vinho alvarinho, que não espumante, ajudando a escoar stocks, antes da nova colheita que aí vem?

PS - há momentos no programa paralelo que são realmente interessantes, mas talvez fosse mais assertivo fazer algo que valorizasse as marcas presentes, com provas comentadas, verticais ou não. Por exemplo, vários produtores apresentaram novidades (incluindo duas estreias absolutas em empumosos, Quinta da Pigarra e Encostas do Mouro), que poderiam ser valorizadas, com intervenções dos respetivos enólogos. 



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