Antes de mais: cada um tem o direito a expressar-se da forma que entender e longe de mim querer limitar a liberdade dos críticos que escrevem sobre vinhos. O meu pressuposto é que quem escreve, na comunicação social, é para ser lido. Crítica de vinhos não é literatura ou filosofia, pelo que deve existir a preocupação de 'garantir' que o leitor compreenda o que é dito - a menos que os leitores sejam enólogos ou sommeliers.
Nos últimos dias encontrei (no Expresso e na Revista de Vinhos) três vinhos com sabor a tosta de madeira.
Como não sei o que é, fui procurar ("Chamamos de tosta a ação de expor a madeira ao calor do fogo provocando a queima da superfície interna da barrica"). Ou seja, madeira de barrica queimada. A barrica queimada tem um sabor diferente da madeira em geral? Ou depende do tipo de madeira da barrica? Já agora, há realmente enólogos que usam barricas já tostadas para dar sabor ao vinho ou é apenas uma sensação?Em resumo: acho perfeitamente natural que um vinho apresente sensações de fumo, de madeira queimada, mas acredito que quem escreve deve usar uma linguagem mais acessível.
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