domingo, 28 de setembro de 2025

Vinhas de Monção Espumante Reserva Bruto Natural (2019): 7/10

Sendo o gigante que é, espanta como a Adega de Monção lidera na produção e provavelmente nas vendas (estou a falar de alvarinho, não do Muralhas) mas não em inovação e em oferta diversificada. Uma das áreas em que ficaram para trás foi nos espumantes, 'ultrapassados' pela Provam, pelo Soalheiro ou pelas Quintas de Melgaço. Até a Quinta de Santiago, muito mais pequena, já apresentou ao mercado um velha reserva, por exemplo.

Nesta altura a Adega de Monção tem um pet nat [uma moda, que não vai durar muito, penso] e este Vinhas de Monção. É francamente pouco.

Poderia, contudo, acontecer que, falhando na diversidade, se distinguissem pela qualidade. Mas não é o caso deste espumante, que se bebe com agrado, mas não com um prazer inaudito (faltam sabores secundários e uma bolha mais delicada, mesmo tratando-se de um 2019 e tendo sido aberto uma hora antes).

Relação preço-qualidade: não vou dizer que €15 é um exagero, mas se compararmos com os €9,99 do Regueiro Bruto (no Coca, de Monção), este vinho da Adega fica claramente a perder.

Ano da produção: 2019
Data de compra: julho 25
Preço de compra: €13 (na Feira) [€15 na loja da Adega]
Local de compra/prova: Feira de Monção 25
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Adega de Monção
Localidade: Monção
Enologia: Fernando Moura
Acidez Total : ?
Açúcares totais: ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: ""
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou (prato principal): arroz de lavagante
Pode acompanhar, por exemplo:
(492)


sábado, 27 de setembro de 2025

Soalheiro Espumante Bruto (sem data): 7/10 (Atualizado)

Bebi este Bruto em 2016 e nunca mais voltei a registar nova colheita.

Este foi oferecido pelo produtor em 2023, mas infelizmente não é possível identificar a data da colheita/produção, por falta de informação - porquê? Falha na rotulagem?

Actualizado com a explicação: é um non-vintage (uvas de vários anos), sem data específica de produção, como acontece com muitos champanhes, por exemplo. Mas podia pelo menos ter o ano de engarrafamento.

Claramente um 8/10, pela capacidade de envelhecer e limar algumas arestas mais agressivas (na bolha), mas com um preço elevado.

Se pensarmos que o Regueiro Bruto, de elevada qualidade, custa menos €6 está tudo dito.

Ano da produção: ?
Data de compra: agost0 2023
Local de compra: oferta do produtor
Preço de compra:  [€18 online]
Data de consumo: setembro 2018
Produtor: Quinta do Soalheiro (IG Minho)
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo: António Luis Cerdeira
Acidez Total (g/dm ) 7.2
Açúcares residuais: Bruto
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "De acordo com o método tradicional de produção de espumante, este vinho sofre uma segunda fermentação em garrafa. Permanece em cave durante vários meses, garantindo-se uma temperatura baixa e constante. Estas condições vão permitir que o espumante revele toda a elegância da casta que lhe deu origem. Findo este processo de estágio, procede-se ao “dégorgement” por forma a retirar as leveduras da garrafa e a cápsula metálica é substituída por uma rolha tradicional de cortiça, própria para espumantes."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: arroz de lavagante
(66)

Soalheiro Espumante Bruto 2016

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Maria Bonita Nostalgia (2023): sem nota atribuída

 Inicialmente chamada Lua Cheia em Vinhas Velhas, a Saven é uma empresa portuguesa com produção de vinhos em várias regiões do país. 

Na zona dos Verdes, e a confirmar-se a informação na sua página oficial, produz cinco alvarinhos diferentes - que já provei.

Em tempos bebi um chamado Maria Bonita, mas agora esse Maria Bonita tem apelido, Nostalgia.

Comprei recentemente uma garrafa da colheita de 2023, mas logo, ao tirar a rolha, estranhei sinais de humidade à volta do gargalo.

Depois, ao provar, confirmei que algo não estaria bem - o vinho estava 'morto', sem expressão na casta e sem acidez. Entendi, assim, não atribuir pontuação, para evitar alguma injustiça, e esperar pela aquisição de uma nova garrafa.

Ano da produção: 2023
Data de compra: setembro 25
Preço de compra: €9,45 
Local de compra/prova: Portugal Vineyards
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Saven
Localidade: "Vinhas antigas de Monção e Melgaço"; produzido e engarrafado em Monção
Enologia: Francisco Baptista
Acidez Total : ?
Açúcares totais: ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: ""
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: sem pontuação
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou (prato principal): polvo no forno
Pode acompanhar, por exemplo:
(491)


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Adega de Monção (2020): 5/10

Quando comprei este vinho pela primeira vez (o 2016) custava menos de €4. Hoje custa €6 na loja da Adega de Monção, aproximando-se assim do Deu-la-Deu.

Embora se perceba a intenção de valorizar o produto, este distinguia-se por ser o mais barato de entre os vinhos produzidos na subregião, em concorrência com os dos supermercados (todos eles feitos também na subregião, mas a custar menos de €4). Ou seja, nesta lógica, os €6 perderam atratividade.

Sendo um vinho próximo daqueles que Pingo Doce e Continente, por exemplo, oferecem, sai claramente a perder na comparação de preço.

Sobre o vinho: os cinco anos em garrafa não lhe trouxeram qualquer ganho. Ficou mais 'macio' mas perdeu frescura.

Ano da produção: 2020
Data de compra: fevereiro 2022
Local de compra: Pingo Doce
Preço de compra: ? (€5,99 na loja)
Data de consumo: maio 2023
Produtor: Adega Cooperativa de Monção
Localidade: Monção
Enólogo: Fernando Moura
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: caldeirada de peixe
(44)

Adega de Monção 2016

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Uvas de alvarinho deixam de ser as mais bem pagas na Galiza

Durante pelo menos três décadas, nada valia mais na viticultura galega do que o alvarinho, que chegou a ser pago a €3,5 o quilo (cerca de metade ou menos em Portugal).

Na vindima de 2025 assistiu-se a um fenómeno completamente novo: as uvas da casta Gouveio (Godello, por lá) passaram a ser as mais ricas da região - uma uva que, pode dizer-se, não existe na zona dos vinhos verdes mas é forte no Douro, por exemplo. 

A explicação tem a ver com o excesso de produção: depois de três vindimas seguidas a superar os 40 milhões de quilos, os preços começaram a baixar para valores entre os €1,7 e os €2,5. De acordo com o jornal La Region, este ano o preço oferecido aos produtores não passou dos €1,8 (já a Gouveio foi paga a €2,5 o quilo).

PS - não há dados relativamente à nossa subregião, mas a vindima de 2025 foi a maior de sempre nas Rias Baixas.




quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Há alvarinho na África do Sul!

 Como podem ver, é alvarinho (em português)

Margaux Nel, enóloga de sexta geração na Boplaas Family Vineyards desde 2007, tem "uma profunda paixão pelas cultivares portuguesas", desde a Touriga Nacional aos vinhos generosos do Porto do Cabo, pelos quais "a família Nel é internacionalmente reconhecida."

O Boplaas Alvarinho 2024 foi selecionado pela The Wine Society como "Vinho do Futuro" em 2024. "Os compradores destacaram a sua adequação para os próximos 50 anos de consumo global de vinho, dadas as realidades das alterações climáticas: o aumento das temperaturas e a escassez de água exigem castas capazes de prosperar nestes extremos."

O Alvarinho tem sido o foco das viagens, pesquisas e provas de Margaux nos últimos três anos.
Na Boplaas, a primeira vinha de Alvarinho foi plantada em 2020 em solos arenosos nas margens do Rio Nel. Um segundo lote logo se seguiu, e ambos prosperam agora no clima de Calitzdorp, "produzindo vinhos com acidez crocante, notas cítricas vibrantes e frescura refrescante."

O Boplaas Alvarinho 2024 ganhou o prémio de Melhor Casta Invulgar no Klein Karoo nos Terroir Wine Awards 2024.

(mais aqui)
PS-  Povall’s Flower Girl 2019  é outro alvarinho porduzido na África do Sul, mas no rótulo surge albariñoLINK 




quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Ipiranga (2022): 9/10

Excluindo os vinhos envelhecidos, este é o melhor alvarinho que bebi em 2025.

Não tenho dúvidas em afirmar que é um vinho extraordinário, no aroma (arrebatador), na boca (com um toque sublime de madeira e frutos secos, entre outros) e uma acidez tão equilibrada quando (in)tensa.

Tinha tudo para ser um nota 10.

Infelizmente, do meu ponto de vista, falha em algo imperdoável: a informação. No rótulo há informação a que só se acede com uma lupa (literalmente, a imagem abaixo mostra-o). Com o zoom do telemóvel percebi que foi engarrafado em Melgaço. Mas as uvas são de onde? Porque não é dada essa informação? 

Também não entendo que, sendo um vinho da subregião Monção e Melgaço, isso seja propositadamente ignorado.

Por teimosia, fui procurar o site, mas, em vez de ser simples e intuitivo, é complexo e não consegui aceder à ficha técnica, que imagino que exista.

Alguém que gasta €35 num vinho quer, com muita probabilidade, informação sobre o que está a beber. Eu quero. Isso é respeitar o consumidor.

Relação qualidade-preço: já bebi alvarinhos de €40 euros claramente inferiores a este.

Ano da produção: 2022
Data de compra: seetembro 25
Preço de compra: €35,55 (promoção: €28,95)
Local de compra/prova: Portugal Vineyards
Data de consumo: setembro 25
Produtor: António Braga Wines
Localidade: Uvas de Monção e engarrafado em Melgaço?
Enologia: António Braga
Acidez Total : ?
Açúcares totais: ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Fermentado em barricas de 500 Litros e com estágio em borras totais"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou (prato principal): bacalhau à Gomes de Sá
Pode acompanhar, por exemplo:
(490)




terça-feira, 16 de setembro de 2025

Excesso de quantidade na colheita deste ano de albariño: "a situação é grave"

La Voz de la Galicia dá conta de que a vindima de albariño deste ano foi mais abundante do que o previsto. 

Alguns elementos:

"Se sabía ya que este año la uva no se iba a pagar a 3 o a 2,5 euros, pero nadie se esperaba que llegara a los 1,5 euros. Tampoco, que los viticultores arousanos tuvieran problemas para vender su cosecha [colheita]. Y eso es, según la Asociación Agraria de Galicia (Asaga) lo que está sucediendo en esta denominación de origen.

Asaga asegura que está recibiendo quejas de muchos viticultores de Rías Baixas porque no encuentran quien le compre la uva y recuerda que lleva ya tiempo alertando de que las bodegas [produtores] han aumentado su superficie de viñedo hasta el punto de que, en los últimos seis años, «aparecieron muchas más hectáreas nuevas de albariño de las que necesitaba el sector», explica en un comunicado. 

Considera, además, que actualmente la situación es grave, porque las bodegas tienen un excedente de 13 millones de litros de vino en sus depósitos de cosechas anteriores. «Esta situación empeorará cuando finalice la vendimia de este año, en la que está previsto que se recojan más de 50 millones de kilos de uva», sostiene Julio César Reboredo, portavoz de la asociación. Con ellos se elaborarán 35 millones de litros de vino, «¿cómo van a hacer las bodegas para sacar al mercado más de 48 millones de litros?», se pregunta el portavoz de Asaga.

(continuação da noticia aqui)
(aparentemente é apenas um problema do outro lado da fronteira, até porque, deste lado, ainda ninguém se queixou, mas na verdade seria estranho se fosse apenas um problema do outro lado da fronteira, seja no excesso de produção seja no excesso de plantio)

domingo, 14 de setembro de 2025

8 anos do Senhor Alvarinho, em plena vindima

Este projeto nasceu há oito anos. Com todas as limitações que resultam de ser uma iniciativa amadora, mantém-se fiel aos princípios pensados em 2017. Até ao fim do ano devem estar registados 500 alvarinhos. E, sempre que possível, fala-se de outros aspetos ligados à realidade desta casta.

Este ano assinalámos o aniversário em plena vindima. Aproveitando o convite do produtor de Encosta dos Sobrais, Bento José Abreu, ajudámos e convivemos à mesa.

Nestes oito anos houve coisas boas e más, mas as boas suplantaram claramente as más. Bebi excelentes vinhos e fiz amigos. O sr. Bento, um pequeno produtor de Remoães, Melgaço, é um deles: alguém que conheci depois de comprar uma garrafa do seu excelente Encosta dos Sobrais no Solar do Alvarinho. Nada vai desfazer esta amizade. 

Foi na sua casa que partimos o bolo do 8º aniversário.

Um agradecimento muito especial a todos os que nos receberam muito bem, nomedamente à família do Sr. Bento, inexcedíveis.



quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Terras de Conclave Reserva Bruto Natural (2022): 4/10

O pior deste 'trabalho' é quando surgem vinhos maus ou, vá lá, fracos. Não apenas porque tive de pagar por um vinho de que não gostei, mas também porque não é agradável deixar a critica publicamente.

Quando isso acontece, a generalidade da crítica especializada opta por não escrever, por 'respeito' aos produtores; eu escrevo, por respeito aos leitores.

Terras de Conclave Reserva Bruto Natural é um espumante demasiado ácido, com pouco aroma e sem frescura na boca. Há uma certa doçura na boca, que parece artificial.

Sendo 'produzido e engarrafado' pelo proprietário e enólogo do projeto Rebouça, que sabe fazer bons espumantes, resta a qualidade das uvas.

Relação qualidade-preço: se pensarmos que o excelente Regueiro Espumante Bruto custa cerca de €12, vemos como estes €15 [€18 online] são demasiado.

Ano da produção: 2022
Data de compra: abril 25
Preço de compra: €14,79
Local de compra/prova: Coca, Monção
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Terras de Conclave (não consta do site)
Localidade: Monção
Enologia: Luís Euclides Rodrigues
Acidez Total : ?
Açúcares totais: ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "a segunda fermentação ocorre em garrafa, seguida de um longo estágio mínimo de 24 meses antes do dégorgement"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 4/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou (prato principal): panados (carnes brancas) com arroz malandro
Pode acompanhar, por exemplo:
(489)


quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Valados de Melgaço Natura (2022): 8/10

Artur Meleiro começou a produzir este Natura em 2016, quando ainda era raro falar-se em vinificação natural e, como este se apresenta, para clientes vegan. O 2022, que provei, foi o último lançamento e ainda gostei mais do que o 2017, cinco euros mais caro.

O que o comprador pode esperar é um vinho com excelente aroma e uma acidez bem longa.

Relação preço-qualidade: aceitável (edição limitada)

Ano da produção: 2022
Data de compra: julho 25
Preço de compra: €18
Local de compra/prova: Feira de Monção 2025
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Valados de Melgaço
Localidade: Peso, Melgaço
Enologia: ?
Acidez Total : 7.0
Açúcares residuais: menor do que 1,5 gr/l
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Utilizamos técnicas de vinificação tradicionais–fermentação sem adição de sulfitos e não adição de proteínas de origem animal –adequado para veganos. Fermentação: Em cuba de aço inoxidável, com temperatura controlada de 17ºC, até desdobramento completo dos açúcares. Estágio: Em cuba de aço inoxidável, com batonnage durante 2 meses, permanecendo depois mais 8 meses, em estágio sobre borras finas, em contacto com madeira, até à sua preparação para engarrafamento. Adicionalmente, 3 meses de estágio em garrafa."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou (prato principal): petingas fritas com arroz de feijão 
Pode acompanhar, por exemplo:
(191)

Valados de Melgaço Natura 2017


domingo, 7 de setembro de 2025

Cozido à portuguesa e alvarinho (1ª tentativa)

Já todos sabemos que os mitos que rodearam décadas (centenas?) de anos de vinho branco estão felizmente a desfazer-se a uma grande velocidade.

No caso do verde e do alvarinho em concreto, assiste-se ao mesmo (tem de ser bebido no ano, só envelhece se tiver madeira; no máximo 3/4 anos em garrafa, etc. etc). 

Um dos mitos que rodeiam o vinho verde, e o alvarinho em concreto, é que serve para entradas, peixe e mariscos (sushi, agora). Pouco mais.

Ao longo dos anos oito que leva este projeto, sobretudo nos últimos quatro, gastei muitas da minhas energias a mostrar que o alvarinho vai bem com várias carnes e com vários pratos da gastronomia portuguesa que têm carne. Se em Monção acompanham a 'foda' com alvarinho e se em Ponte de Lima há cada vez mais gente a pedir alvarinho no sarrabulho, isso só pode ser verdade.

Há, contudo, alguns pratos que - sempre ouvi dizer - não faz sentido serem acompanhados por este vinho.

O cozido à portuguesa é um deles.

Ontem um grupo de amigos juntou-se à volta de um cozido bem caseiro e eu levei duas garrafas para uma primeira tentativa.

Pensei num vinho com fruta domesticada e isso é garantido pelo estágio em madeira. Claro que perde na acidez, menos efusiva, mas - como disse - foi uma primeira tentativa.

Em concreto, foram duas garrafas de Regueiro Barricas (2022), imbatível na sua espécie.

O resultado não foi o esperado, talvez porque fizesse falta um pouco mais de acidez (como o vinhão faz com comidas gordas e o cozido à portuguesa, com tanto porco, é sem dúvida uma comida gorda).

Voltarei a tentar oportunamente, desta vez com um alvarinho marcadamente mineral e boa acidez final.


quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Casa de Compostela Estagiado em Barrica (2022): 6/10

A Casa de Compostela, em Famalicão, destacou-se recentemente na atenção dos apreciadores de alvarinho porque foi aqui que António Luis Cerdeira e o filho Manuel alugaram vinhas (20 anos) e adega para fazerem os seus primeiros vinhos.

Mas a Casa de Compostela tem o seu próprio percurso (e já aqui tinha sido provado o seu colheita) e sinal disso é este vinho (2872 garrafas) que assinala 50 anos de fundação da atividade da Casa Agrícola de Compostela (1974-2024)

Trata-se de um vinho com estágio em madeira, algo relativamente comum na subregião, mas ainda raro no resto da região dos Vinhos Verdes.

Sobre este vinho o que se pode dizer é que espanta pelo aroma e pela forma como entra na boca, mas depois não confirma as boas indicações. Dá a ideia de que a madeira se sobrepôs às características da casta, sendo isso sentido, sobretudo, no final, que é curto.

Relação preço-qualidade: para um alvarinho com 9 meses de estágio os €16 percebem-se; na relação preço-qualidade fica um pouco a dever...

Ano da produção: 2022
Data de compra: fevereiro 25
Preço de compra: €16
Local de compra/prova: Douvicoisas, Vila do Conde
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Casa de Compostela
Localidade: Famalicão (DOCVV)
Enologia: ?
Acidez Total : ?
Açúcares totais: ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "estágio em barrica de carvalho francês durante nove meses"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou (prato principal): Pargo no forno
Pode acompanhar, por exemplo:
(488)



terça-feira, 2 de setembro de 2025

Opção B Reserva Estágio em Barricas (2017): 6/10

Bebi o 2016 em 2023 e agora o 2017 em 2025. E, no essencial, as ideias mantêm-se: um vinho com muita madeira( eu gosto...), mas um pouco curto em boca. Por aqui nada a assinalar de diferennte entre o 2016 e o 2017.

O problema é o preço: este vinho foi comprado no produtor na Essência do Vinho Verde deste ano e custou €25. Esse é o preço do Soalheiro Reserva (o benchmark nesta gama!) e bem mais do que o extraordinário Regueiro Barricas. Ou seja, claramente excessivo. Ainda por cima, encontrei online a €18, o que é uma diferença significativa. Daí a nota cair um ponto - foi comprado no produtor, insisto.

Ano da produção: 2017
Data de compra: junho 25
Preço de compra: €25
Local de compra: Essência do Vinho Verde 25
Data de consumo: setembro 25
Produtor: AB Wines
Localidade: Amarante, Vinho Regional Minho
Enólogo: António Sousa
Acidez Total: 6,6 g/L (2016)
Açúcares residuais (g): 4,7 g/L (2016)
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação: Estágio em barricas de carvalho francês (quanto tempo?)
Aberto quanto tempo antes: 60 minutos antes
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 14º
Acompanhou: polvo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(372)


Castelo de Moinhos (2024) 6/10

Já aqui tinha dado conta de que a Provam subsituiu a Adega de Monção na produção do Castelo de Moinhos, a marca branca do Mercadona . Faltav...

Textos mais vistos