quarta-feira, 24 de abril de 2024

Casa do Capitão-Mor Reserva Maceração (2021): 6/10

Pontos fortes deste Casa do Capitão-Mor Maceração: o aroma (forte, personalizado) e a acidez final, bem marcada e longa.

Já na boca o vinho 'não me encheu as medidas': achei-o curto, com pouca complexidade (que seria de esperar em resultado da maceração, que visa, penso, trazer novos e mais sabores ao vinho).

Um vinho agradável (que provavelmente ganhará com o tempo, já que, segundo o produtor, tem um potencial de envelhecimento de 15 anos).

Relação preço-qualidade: se a concorrência direta é o Regueiro Reserva está com dois euros a mais (tomando o preço de venda na Feira e não em garrafeira)

Ano da produção: 2021
Data de compra: julho 2023
Preço de compra: €12
Local de compra: Festa do Alvarinho, Monção 2023
Data de consumo: abril 24
Produtor: Quinta de Paços, Sociedade Agrícola, Lda,
Localidade: Mazedo, Monção
Enologia: Rui Cunha e Gabriela Albuquerque
Acidez Total (g/l): 6,3
Açúcar (g/l) <1,5
Teor Alcoólico (%vol): 14º
Método de vinificação, segundo o produtor: "O mosto é fermentado em inox, ficando o vinho sobre as borras finas com batonnage até à preparação do engarrafamento. Passagem parcial (10%) por madeira. O vinho fica em estágio na garrafa durante 6 meses"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º 
Acompanhou: robalo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(430)


terça-feira, 16 de abril de 2024

Rinha (2020): 8/10

Como Anselmo Mendes descobriu há mais de 30 anos, alvarinho e madeira podem ser grandees companheiros de viagem.

O que é que é suposto acontecer para o casamento resultar? Que a madeira, sobretudo quando elimina alguns excesso de fruta, não se sobreponha às características essenciais da casta e que esse sabor da madeira fique na boca quando a acidez final chegar. 

É o que se sucede com este Rinha 2020, um vinho produzido em Vizela por uma empresa familiar (Manuel Costa & Filhos, Lda,) já na terceira geração (Rita, a enóloga, é neta do fundador, e João, o diretor do negócio internacional, o neto).

Apesar de não haver dúvidas sobre a presença da madeira, distingue-se bem a manga madura e um pouco de papaia ou até de ananás.

[Este Rinha 2020 era um IG Minho, mas o Rinha 2022 já saiu como DOC Vinho Verde]

Relação preço-qualidade: €15 euros parece-me um preço justo.


Ano da produção: 2020
Data de compra: setembro 2023
Preço de compra: €15 (desconheço pvp recomendado)
Local de compra: Festa do Vinho Verde, Porto
Data de consumo: abril 24
Produtor: Manuel Costa  Filhos Lda (IG Minho)
Localidade: Vizela
Enologia: Rita Costa
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "6 meses em caso de carvalho francês"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º (à medida que foi aquecendo na garrafa foi perdendo vigor)
Acompanhou: arroz de camarão
Pode acompanhar por exemplo:
(429)




quinta-feira, 4 de abril de 2024

Pássaros Reserva (2022): 8/10

Pássaros é uma marca da produção Anselmo Mendes. Nos últimos tempos ouvi falar de um alvarinho+loureiro mas agora acabam de sair (pelo menos*) dois mono-varietais de alvarinho: este Reserva e um colheita, de que falarei em breve. 

Independentemente dos objetivos do produtor (tem para o mesmo segmento de preço o Muros Antigos e o Contacto, mas é preciso lembrar que vendeu recentemente a marca Contacto à família Symington), este é um vinho que parece ter condições para o por a competir, no mercado interno, com o Regueiro Reserva ou mesmo com o Soalheiro: aroma intenso, frutado q.b. e uma boa acidez. Um vinho fresco e jovem, um alvarinho a menos de €12~- preço a que o comprei, desconheço se era uma prmoção.

(* também encontrei um Reserva de Família no mercado brasileiro)

Relação preço-qualidade: boa, se estes€11,99 forem mesmo o preço do Pássaros

Ano da produção: 2022
Data de compra: março 2024
Preço de compra: €11,99
Local de compra: Pingo Doce
Data de consumo: abril 24
Produtor: Anselmo Mendes (não consta do site)
Localidade: Melgaço
Enologia: Anselmo Mendes
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: ""
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: massada de salmão
Pode acompanhar por exemplo:
(428)


quarta-feira, 3 de abril de 2024

Um espumante de alvarinho que custa metade dos outros

No supermercado Coca, de Monção (a loja de referência em termos de preços de alvarinho) o espumante de alvarinho mais barato custa cerca de €10. Penso que nem na Feira do Espumante, de Melgaço, se encontra mais barato.

Mas o espumante de alvarinho mais barato custa metade, pouco mais de €5, marca Pingo Doce.

A minha admiração é a seguinte: os supermercados arrasam na venda de vinhos de marca branca, mas se virmos os preços dos alvarinhos (colheita) a diferença não é assim tão grande: o Adega de Monção bate-se com os preços das marcas brancas, para referir apenas um vinho da subregião (todos à volta de €4). Na zona dos vinhos verdes há ainda outros exemplos.

Ou seja, como se explica uma diferença tão grande (o Pingo Doce custa metade do Bruto Regueiro, no Coca, por exemplo)? O produtor e o distribuidor estão a esmagar margens de lucro e a ganhar cêntimos? Ou são os outros produtores que 'exageram' no preço?

Resta acrescentar, para quem não saiba, que o espumante do Pingo Doce é produzido por Anselmo Mendes, o que só aumenta(ria) o seu valor.



sábado, 30 de março de 2024

Pequenos Rebentos Viagem ao Princípio do Mundo (2020): 7/10

Começo por avisar que a nota atribuída é claramente mais baixa do que aquela que as revistas da especialidade atribuíram. A explicação é simples (pelo menos para mim): o preço. 

Este vinho vale €60 euros? Na minha opinião, não.

Todos sabemos como há uma dose de subjetividade na fixação do preço do vinho pelo produtor, que tem naturalmente todo o direito de, fazendo as suas contas e previsões, marcar o que entende (aqui são 1000 garrafas, por exemplo).

Da mesma forma, os consumidores também podem e devem fazer as suas 'análises'.

O meu ponto é este: com €60 euros comprava outros vinhos iguais ou melhores (o Sou ou o Ânfora, da Quinta de Santiago, o Parcela Única, o Alvorone, do Soalheiro, o Revirado, etc. para não referir alguns espumantes fantásticos ou os colheitas tardias, que são a minha perdição) e ainda recebia troco.

Sobre o vinho: começa a destacar-se no aroma, que é bastante complexo (e isto é um elogio). Na boca, parece haver um pouco de tudo: de fruta, de mineral, de salino. Gostei da acidez final mas talvez um pouco curta.

[nota final: este é mais um vinho com lacre de cera na rolha, uma moda cada vez mais comum. Para mim, como consumidor, esse lacre é uma chatice]

Relação preço-qualidade: tudo dito.

Ano da produção: 2020
Data de compra: dezembro 2023
Preço de compra: oferta particular [€59,90 pvp recomendado, mas já o encontrei a muito mais]
Local de compra: 
Data de consumo: março 24
Produtor: Márcio Lopes Winemaker
Localidade: Melgaço
Enologia: Márcio Lopes
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "este vinho macerou e fermentou nas peliculas durante aproximadamente 30 dias, com posterior estágio com as borras totais durante 18 meses, em barricas de Jerez, com véu de flor. Estágio de 18 meses em garrafa"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo:
(427)





segunda-feira, 25 de março de 2024

VG Reserva (2019): 5/10

Este VG (Quintas de Vila Garcia, Amarante) foi comprado há menos de meio ano, não apenas porque era uma referência nova mas também porque achei curioso (ainda) estar no mercado a colheita de 2019. 

Percebi depois que esta terá sido a última produção, uma vez que o vinho não consta do site do produtor nem há no mercado uma edição posterior.

Sobre o vinho há a dizer o seguinte: essencialmente, é madeira. Madeira e alvarinho são dois elementos com potencial (de) boa ligação, mas neste caso há madeira a mais. E o facto de estarmos perante um vinho com alguns anos em garrafa talvez tenha potenciado essa presença (a cor é escura, tipo brandy).

Relação preço-qualidade: é 'maior' o preço do que a qualidade.

Ano da produção: 2019
Data de compra: setembro 2023
Preço de compra: €10,95
Local de compra: Garrafeira das Carvalhas, Gondomar
Data de consumo: março 24
Produtor: Quintas de Vila Garcia (já não consta do site)
Localidade: Amarante
Enologia: ?
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "As uvas fermentaram em cubas de inox, com controlo de temperatura. O vinho estagiou em barrica usada (70%) e barrica nova (30%)."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: Arroz de polvo e filetes do mesmo
Pode acompanhar por exemplo:
(426)

sexta-feira, 15 de março de 2024

Burra de Ferro (2022): 7/10

Os produtores (Alvaminho) também têm vinhas em Monção, mas este Burra de Ferro é da zona de Barcelos.

Trata-se de um vinho muito interessante, com a uma entrada que mostra boa fruta e sobretudo uma saída com aquela acidez que distingue os bons alvarinhos.

Relação preço-qualidade: (não encontro preço online)

Ano da produção: 2022
Data de compra:
Preço de compra: ?
Local de compra: Oferta do produtor (julho 23)
Data de consumo: março 24
Produtor: Alvaminho
Localidade: sub-região do Cávado
Enologia: Constantino Ramos
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 9º
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(425)



quarta-feira, 6 de março de 2024

Quinta de Santa Cristina Grande Reserva (2020): 8/10

Gosto de alvarinhos com madeira, desde que a madeira encontre o equilíbrio com as características da casta: não gosto que se sobreponha mas também não aprecio que seja tão discreta que (quase) não se perceba.

Por isso gostei muito deste Quinta de Santa Cristina Grande Reserva.

Um vinho muito equilibrado, com boa madeira, a valorizar a casta.

Relação preço-qualidade: tem o preço do Soalheiro Reserva, a referência neste segmento. Poderia portanto ser um ou dois euros mais barato.

Ano da produção: 2020
Data de compra:
Preço de compra: €24,90 
Local de compra: provado na Essência do Vinho 2024
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Garantia das Quintas,
Localidade: Celorico de Basto IG Minho
Enologia: Jorge Sousa Pinto
Acidez Total (g/l): 5,8 g/dm3 (tartárico)
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 14º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Estagiou durante 7 meses em barrica de carvalho francês usado com “batonnage” no primeiro mês"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 10º?
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(424)


sexta-feira, 1 de março de 2024

QM Barro (2022): 7/10

As Quintas de Melgaço levaram o seu novo Barro à Essência do Vinho, onde tive oportunidade de o provar e de conversar a enóloga, Patrícia Peixoto, que se estreia precisamente com este vinho, vinda do Alentejo.

Barro é um vinho que estagia em talhas (argila, portanto).

Não é o primeiro alvarinho produzido desta forma, uma vez que a Quinta de Santiago foi pioneira com o seu Santiago na Ânfora do Rocim, mas é o primeiro - explicaram-me - feito integralmente na sub região.

As comparações são inevitáveis, sobretudo para mim, que me declarei um fã do Santiago. E, provando os dois (ainda por cima, pude ir novamente ao Santiago, que estava igualmente na Essência...), penso que falta alguma vivacidade a este Barro.

Como Patrícia Peixoto explicou, a talha 'facilita' a evaporação do vinho, 'limando algumas arestas', e neste caso acho que lhe retirou alguma expressão.

Relação preço-qualidade: uma vez que os preços dos dois talhas são idênticos, sou levado a pensar que este Barro poderia ser €5 ou €10 mais barato.

Ano da produção: 2022
Data de compra: 
Preço de compra: €36,53 online
Local de compra: provado na Essêncai do Vinho 2024
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Quintas de Melgaço (ainda não consta da lista do site]
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enologia: Patrícia Peixoto
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º?
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo:
(423)

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Firmamento (2022): 6/10

Começo por algo que, para mim, é difícil de entender: uma empresa de S. João da Pesqueira (Firma, Viticultores & Viticultores) comprou vinho na subregião de Monção e Melgaço e lançou este Firmamento - até aqui tudo bem.  Mas qual é a origem deste vinho? 'Monção & Melgaço' é uma região suficientemente vasta para precisar de mais detalhe. Monção ou Melgaço? E quem é o produtor?

Trata-se de uma questão de respeito e, como agora se diz, de 'accountability' pelo consumidor. Esta falta de transparência pode, no limite, fazer um consumidor mais atento hesitar.

Esta é uma preocupação que venho manifestando desde a origem desta página. Penso que a Comissão dos Vinhos Verdes deveria dar o exemplo e ser mais exigente.

Quanto ao vinho: vale sobretudo pelo final, com boa acidez e bastante frescura. Um vinho agradável (perfil cítrico), leve de se beber.

Relação preço-qualidade: sendo mais caro do que o Deu la Deu, Regueiro, Portal do Fidalgo, QM e Soalheiro  (os cinco mosqueteiros da frente de ataque da subregião), a pergunta é: quem vai comprar este vinho?

Ano da produção: 2022
Data de compra: fevereiro 24
Preço de compra: €12 
Local de compra: El Corte Inglés
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: ? [Engarrafado por Firma, Viticultores &Viticultores, S. João da Pesqueira]
Localidade: ?
Enologia: Constantino Ramos
Acidez Total (g/l): 6,3 g/L (ácido tartárico)
Açúcar (g/l) 1 g/L (glucose, frutose e sacarose)
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "A colheita das uvas é precoce para obtermos uma frescura aromática e única. Prensagem suave em prensa pneumática, seguida de uma fermentação longa a baixa temperatura para preservar os aromas varietais da casta. Estágio em inox de 6 meses com bâtonnage regular"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: risotto de alheira
Pode acompanhar por exemplo:
(422)


domingo, 18 de fevereiro de 2024

Valados de Melgaço Espumante Brut Nature Velha Reserva (2016): 7/10

Começo por dizer que a nota atribuída tem em conta o preço de venda ao público deste espumante e não o preço que paguei na feira do Espumante de Melgaço do ano passado. Tentando explicar melhor: se algum dos nossos leitores quiser comprar este vinho hoje não vai conseguir pagar os €25 da Feira nem, por aquilo que percebi, nada que se pareça. Online só encontrei uma referência, por isso a tenho em conta, acrescido do facto de, na página da marca, este espumante (ainda?) não constar.

Assim sendo, a nota atribuída, como sempre acontece, tem em conta a relação preço (os €45) - qualidade.

O que falta a este vinho? Mais sabores secundários, mais complexidade, mais riqueza. É bom, mas caro.

Recomendo vivamente que seja aberto uma hora antes, porque precisa desse tempo para se revelar (o que vale por dizer que, como não o abri com tanta antecedência, os dois primeiros copos estavam mais 'mortos').

Ano da produção: 2016
Data de compra: dezembro 23
Preço de compra: €25 [€45 online]
Local de compra: Feira do Espumante de Melgaço 2023
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Valados de Melgaço (não consta do site)
Localidade: Melgaço
Enologia:
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: apenas existe esta informação
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º-11º
Acompanhou: frango estufado
Pode acompanhar por exemplo:
(421)



 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Casal do Conde (2021): 5/10

Um alvarinho, produzido na região do Tejo, que se revela demasiado leve.

Os aromas, vegetais, são interessantes, mas na boca acaba demasiado cedo.

Relação preço-qualidade: se considerarmos que há na subregião alvarinhos a menos de 5 euros que são melhores...

Ano da produção: 2021
Data de compra: dezembro 23
Preço de compra: oferta pessoal [€7 online]
Local de compra: 
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Casal do Conde (não consta do site)
Localidade: Cartaxo
Enologia:
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Fermentação em cubas de inox com temperaturas controladas a 16º C".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: robalos grelhados
Pode acompanhar por exemplo:
(420)



domingo, 11 de fevereiro de 2024

"Choque de titãs" (Coca vs Intermarché de Monção)

Atualização das cotações na bolsa de valores de alvarinhos de Monção (preços registados a 10/2/24 nos hipermercados Coca e Intermarché de Monção)


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Dona Paterna Pet-Erna (2022): 6/10

Quarto pet nat de alvarinho.

Um vinho leve (12º), com um certo perfil cítrico, agradável. Isto pode ser bom, para quem quer um acompanhamento despretensioso, mas insuficiente para quem procura um vinho com mais estrutura e personalidade.

[Pode ter sido falha minha, mas ao abrir perdeu-se quase um copo de vinho, tal a força com que saía da garrafa]

Relação preço-qualidade: €10 euros na Feira do Espumanente é uma coisa, €15 em loja é outra...

Ano da produção: 2022 
Data de compra: novembro 23
Preço de compra: €10
Local de compra: Feira Espumante de Melgaço 23
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Dona Paterna (não consta)
Localidade: Melgaço
Enologia: 
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "o pét-nat não tem adição de sulfitos e de conservantes, assim como não passa pelo processo de filtragem, do dégorgement ou adição de açúcar. Termina a fermentação na garrafa, vedada com cápsula metálica, cujo método exige uma enorme precisão do produtor. Temos de o engarrafar no momento certo, antes de todo o açúcar ser consumido. A fermentação é depois finalizada na garrafa, libertando o “gás” natural que lhe é tão particular".
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 9º/10º
Acompanhou: caril de frango 
Pode acompanhar por exemplo: 
(419)




sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Messala Reserva (2019): 7/10

Este é um vinho fortemente marcado pela madeira. Para alguns, talvez em demasia. Para mim, está dentro do limite do aceitável, embora a intensidade pudesse ser 'afinada'.

O ponto forte é a acidez.

Notas de caramelo, figo seco e açúcar em ponto de rebuçado.

Outras notas:

- este vinho apresenta-se com um lacre que exige força e persistência para ser removido; a quem interessa uma coisa destas? 

- "Engarrafado em Monção". Mas produzido por quem? De onde vêm as uvas? Quem fez a vinificação?

- Entre os €22 no site oficial da empresa e os €15,99 no Internarché de Monção são seis euros de diferença!

Ano da produção: 2019
Data de compra: novembro 23
Preço de compra: €15,99
Local de compra: Intermarché de Monção
Data de consumo: fevereiro 24
Produtor: Grande Porto Vinhos
Localidade: "Engarrafado em Monção"
Enologia: ?
Acidez total : 6,4 g/l
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: " Resulta da vinificação da casta com contacto pelicular e estágio de 12 meses em barricas de carvalho Francês sobre borras finas."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: pizza vegetariana
Pode acompanhar por exemplo: ligou muito melhor com doce (no caso, figos secos)
(418)


sábado, 27 de janeiro de 2024

Palácio da Brejoeira (2022): 7/10

Há, seguramente, 50 alvarinhos, só na subregião, melhores ou até muito melhores. Palácio da Brejoeira é um vinho delicado, suave, equilibrado, mas ninguém vai a Monção a pé... para o provar! - escrevi relativamente ao 2021 e mantenho integralmente.

Uma nota mais: foi comprado a um preço incrível (face aos preços que regularmente se encontram em garrafeiras) no Supermercado Coca, de Monção
Ano da produção: 2022
Data de compra: julho 23
Preço de compra: €15,75 [nas garrafeiras este vinho tem preços muito díspares, que podem chegar aos €22]
Local de compra: Coca, Monção
Data de consumo: janeiro 24
Produtor: Palácio da Brejoeira
Localidade: Pinheiros, Monção
Enólogo: João Garrido
Acidez Total (g/dm3):
Açúcar (g/dm3):
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 11º-12º
Acompanhou: filetes de pescada com salada russa
Pode acompanhar por exemplo:
(29)


segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Flor de Linho (2022): 7/10

Uma boa supresa, este Flor de Linho, produzido em Amarante.

Um vinho que ao início parece leve e apenas frutado (tropical), mas que, na boca, se vai desenvolver de uma forma surpreendente: o seu toque salino faz um belo casamento com a acidez bem vincada.

Relação preço-qualidade: muito boa.

Ano da produção: 2022
Data de compra: setembro 23
Preço de compra: €8
Local de compra: Festa do Vinho Verde 2022, Porto,
Data de consumo: janeiro 24
Produtor: Três Rostos,
Localidade: Amarante
Enologia: António Sousa
Acidez total : 6g/l
Açúcar residual (g/l): 4 gramas
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: arroz de camarão
Pode acompanhar por exemplo: 
(417)

  

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Alvorone (2020): 9/10

A Quinta de Soalheiro lançou algumas novidades no ano passado, apresentadas como vindas da sua cave de inovação.

Já tinha provado o Mosto Flor, o Pé Franco, o Revirado e faltava este Alvorone, que resulta da associação entre um grupo de jovens enólogos (APRT3). 

A vinificação deste Alvorone é realmente inovadora, uma vez que associa o alvarinho à técnica de produção dos vinhos amarone italianos: as uvas são desidratadas, o que potencia a concentração de açúcares e os ácidos. E aqui está a chave para este vinho.

Este Alvorone tem semelhanças com os colheitas tardias de alvarinho (especialmente o Rascunho, da Quinta de Santiago), embora as uvas não tenham a chamada podridão nobre (14,5º de álcool).

Há uma acidez quase crocante, que se torna viciante e permite beber este vinho sem acompanhamento. Trata-se de um vinho seco, cujos níveis de açúcar provavelmente ainda podem ser afinados.

Desconheço se a Quinta vai voltar a produzir este vinho, mas, para mim, tem todas as condições para se tornar o símbolo (da imagem de marca) da inovação da Soalheiro.

Relação preço-qualidade: por tudo isto, só posso dizer que vale os €45.
Ano da produção: 2020 
Data de compra: novembro 23
Preço de compra: oferta do produtor [tentei comprar o vinho, incluindo na própria loja, mas ou porque a produção foi prequena ou porque demorei algum tempo, não o encontrei] (pvp recomendado €45)
Local de compra: 
Data de consumo: janeiro 24
Produtor: Quinta do Soalheiro (VR Minho)
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enologia: A. L. Cerdeira
Acidez total (g/dm3): 5,6
Açúcar (g/l) seco
Teor Alcoólico (%vol): 14,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "As uvas de Alvarinho sem podridão nobre, tal como no processo de produção do vinho Amarone, são desidratadas para concentrarem os açúcares e os ácidos. Após 3 a 4 semanas são prensadas e o mosto obtido, com uma concentração de açúcares elevada, fermenta e estagia durante um ano em barricas de madeira novas. O vinho é engarrafado após um período mínimo de 6 meses em depósito de inox"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 11º/12º
Acompanhou: slamão fumado
Pode acompanhar por exemplo: tem um pouco mais de álcool do que o normal, mas pode ser bebido sme qualquer acompanhamento
(416)

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Dona Paterna (2022): 8/10

Não há muitos mais a dizer; um dos colheitas de referência da subregião, a um preço excelente. O seu traço mais distintivo é a acidez final, bem vincada.

Ano da produção: 2022
Data de compra:
Preço de compra: oferta do produtor [€6,50 online]
Local de compra: 
Data de consumo: janeiro 2024
Produtor: Carlos Alberto Codesso
Localidade: Paderne, Melgaço
Enólogo: ?
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: pataniscas de bacalhau e salada 
Pode acompanhar por exemplo: 
(53)

Dona Paterna 2016

Dona Paterna 2018


domingo, 7 de janeiro de 2024

Repartido Petnat (2022): 8/10

Os vinhos Repartido são provavelmente os mais originais de toda a subregião (embora este se apresente como IVV, por questões de compatibilização com as exigências da Comissão dos Vinhos Verdes). Isso deve-se à solera que Abel Codesso 'alimentou' durante anos e que a dupla de produtores do Repartido recentemente 'herdou'.

Ou seja, não admira que este pet nat (o terceiro que provo, embora haja pelo menos mais um no mercado, da Dona Paterna, já em agenda) seja, dos três, o mais diferente. E o melhor conseguido. 

Se no nariz é um alvarinho quase convencional, na boca a sua salinidade é transformadora. A bolha parece-me um pouco forte.

Relação preço-qualidade: é o mais caro dos três, mas se é o melhor...

Ano da produção: 2022 (a garrafa não refere o ano, não refere que é alvarinho, não refere o enólogo)
Data de compra: novembro 23
Preço de compra: pvp €21
Local de compra: ao produtor
Data de consumo: janeiro 24
Produtor: Vírgula Volátil (IVV)
Localidade: Vila Nova de Gaia
Enologia: Abel Codesso
Acidez Total (g/l): ?
Açúcar (g/l) ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 9º/10º
Acompanhou: bacalhau à Gomes de Sá
Pode acompanhar por exemplo: fiz a experiência com doce à sobremesa e o resultado não foi famoso.
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Casa do Capitão-Mor Reserva Maceração (2021): 6/10

Pontos fortes deste Casa do Capitão-Mor Maceração: o aroma (forte, personalizado) e a acidez final, bem marcada e longa. Já na boca o vinho ...

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