sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Regueiro Barricas (2022): 9/10

Em 2019 provei a colheita de 2016 e fiquei muito bem impressionado.

Mais ainda fiquei agora que pude provar o 2022.

É um vinho que precisa de respirar (foi aberto uma hora antes) e de 'aquecer', porque a temperatura a que sai do frigorifico não é a melhor. Quando estava nos 12º/13º revelou-se totalmente.

Relação qualidade-preço: se a revista Esquire, em Espanha, considera o preço deste Barricas "um verdadeiro escândalo", quem sou eu para contrariar?

Ano da produção: 2022
Data de compra: agosto 24
Preço de compra: €19,99 [pelos vistos o preço ainda não subiu...]
Local de compra: Auchan
Data de consumo: agosto 24
Produtor: Quinta do Regueiro
Localidade: Alvaredo, Melgaço
Enólogo: ?
Acidez Total (d/dm3): 7g
Açúcar residual (g/dm3):?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Fermentação a temperatura controlada, mantendo o respeito pelos métodos tradicionais; Fermentação em Barricas de 300 litros de carvalho Francês, com estágio de 8 meses, com Batonage."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 8º/9º
Acompanhou: arroz de pato
Pode acompanhar por exemplo: provavelmente poucos ligariam um alvarinho com arroz de pato; este Barricas casou excelentemente, o que quer dizer que temos vinho para uma grande lista de opções.
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Regueiro Barricas 2016

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Covela (2022): 5/10

Por alguma razão os vinhos Covela resistiram muito tempo a produzir um alvarinho. Provavelmente, digo eu, porque o terroir privilegia outras castas, como os avessos ou os arintos. Mas, para se sintonizar com a tendência, esta à venda o Covela Alvarinho 2022.

Devo dizer que conheço o avesso e o arinto da casa e que gosto. Mas este alvarinho desiludiu. É apenas um vinho satisfatório, demasiado leve e, surpresa minha, pouca acidez final. Obviamente que não é sacrifício bebê-lo, mas não é para repetir.

Para quê fazer um vinho se ele não é bom?

[por alguma razão, este alvarinho não consta da lista de vinhos à venda na propria loja]

[outra curiosidade: é o primeiro registo de um alvarinho produzido em Baião]

Relação preço-qualidade: equilibrada.

Ano da produção: 2022
Data de compra: maio 24
Preço de compra: €7,95
Local de compra: Garrafeira Soares
Data de consumo: agosto 24
Produtor: Lima & Smith /Quinta da Covela
Localidade: Baião, 
Enólogo: Rui Cunha
Acidez Total (d/dm3):?
Açúcar residual (g/dm3):?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 5/10
Primeiro copo servido a: 10/12º
Acompanhou: arroz de camarão
Pode acompanhar por exemplo:
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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Produtores de alvarinho não querem Valença na subregião

 Agora que a vindima começou, recupero as palavras do presidente da Câmara de Valença, que recentemente revelou que "Valença também produz uvas de muito boa qualidade e muitas dessas uvas vão sobretudo para adegas de Monção e já temos também uvas a seguir para Melgaço”.

Perguntámos à presidente da Associação de Produtores de Alvarinho o que pensam disto.

Joana Santiago foi clara: "Pertencer a uma sub-região não tem por base uma decisão ou vontade política de um município mas prende-se com divisões administrativas de representação cartográfica de fundo, as quais caracterizam uma área geográfica relacionadas com o clima, as castas, os solos, as práticas culturais, a história, etc … Considerando todos estes fatores a APA não vê qualquer fundamento na integração de Valença na sub-região de Monção e Melgaço. Sem prescindir que os vinhos aí produzidos ostentantam o selo DO vinho verde."



sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Casa de Vila Pouca (2021): 4/10

Este produtor de Celorico de Basto também produz um reserva de alvarinho que já tive oportunidade de provar e que achei, genericamente, agradável.

O mesmo não se passa com este colheita, que surge demasiado leve em boca, sem intensidade; desinteressante, em suma. Salva-se a acidez final.

Acresce a isto um pouco de sabor a rolha (mas pode ter sido azar, só nesta garrafa, por isso não penalizo).

Finalmente, o preço: €14 online é um exagero (mesmo €12 para o colheita de 2022 parece-me caro, quanto mais €14...).

Ano da produção: 2021
Data de compra: set23
Preço de compra: €14 na loja do produtor
Local de compra: DouviCoisas, Vila do Conde
Data de consumo: agosto 24
Produtor: Fernando Carvalho Teixeira
Localidade: Celorico de Basto (Vinho Regional Minho)
Enólogo:?
Acidez Total (d/dm3): 5,4 gramas
Açúcar residual (g/dm3): <1,5
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: fermentação em tanque de aço inoxidável durante 4 semanas. Repousou sobre borras finas durantes sete meses com batonage regular
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 4/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: salmão grelhado
Pode acompanhar por exemplo:
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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Maceração com neve carbónica: há ideias que não valem a pena...

O produtor Adegas Galegas, em Almuiña (Pontevedra), foi pioneiro a lançar um alvarinho que recorre a neve carbónica, para tentar extrair maior potencial aromático da pele das uvas (a maceração é feita a -4ºC com a neve).

O vinho chama-se mesmo Don Pedro Neve Carbónica Albariño, ou seja, 'vende' essa técnica como marketing.

Mas por alguma razão mais ninguém pegou na ideia: depois de o ter provado na Feira de Cambados do ano passado, voltei a fazê-lo este ano e o resultado foi o mesmo: é um vinho algo desequilibrado, pouco interessante, que não vale o que custa nem justifica a ousadia.



    PS- o vinho parece ter sido criado ou pelo menos desenvolvivido por Asunción Carballo, uma das mais elogiadas enólogas de Espanha, segundo a Wine Advocate, de Robert Parker, e que agora é a enóloga do Soalheiro.


quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Repartido 14.22 (2022): 9/10

 Sobretudo nos últimos anos tenho sido contactado por produtores que se querem iniciar no alvarinho, para algum tipo de 'aconselhamento'.

Se, nos próximos tempos, algum me perguntar o que fazer eu vou responder: comprem a produção Repartido! [sei lá eu se está à venda ou não...]

Para quem não sabe, Repartido é um marca lançada em 2018 por dois jovens, com enologia de Abel Codesso.

Rapidamente se afirmaram como a novidade mais transformadora do alvarinho da subregião (muito embora usem o selo IVV).

[o Repartido Dois Pontos obteve a primeira nota 10, atribuída a um vinho de mesa].

Os seus vinhos dão nova expressão ao alvarinho, potenciando o essencial da casta, mas com ganhos evidentes e surpreendentes.

Este 14.22 (no fundo, a continuação do vinho que lançaram pela primeira vez em 2018) é só mais um exemplo.

[este projeto também parece mostrar que o verdadeiro potencial de Abel Codesso está de alguma forma 'escondido' na Provam]

Relação preço-qualidade: imbatível.

Ano da produção: 2022
Data de compra: julho 24
Preço de compra: Oferecido pelo produtor (preço em garrafeira: €25)
Local de compra:
Data de consumo: agostos 24
Produtor: Repartido Wines (engarrafado na Provam)
Localidade: uvas da subregião, mas vinho IVV
Enólogo: Abel Codesso
Acidez Total: ?
Açúcares residuais (g): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Aberto quanto tempo antes: 30 minutos antes
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 10º (melhorou à medida em que foi aquecendo]
Acompanhou: polvo à lagareiro
Pode acompanhar por exemplo:
(370)



terça-feira, 6 de agosto de 2024

Barão do Hospital Espumante Reserva Brut Nature (2020): 8/10

 Um espumante que faz uma boca complexa (intenso, como diz a publicidade, e bem), com a fruta evoluída e uma acidez bem integrada e prolongada. Tudo o que é preciso para ser um excelente espumante.

Relação preço-qualidade: €25 é o preço normal neste tipo de espumantes.



Ano da produção: 2020
Data de compra/prova: julho 2024
Preço de compra: €20 na Feira, €25 pvp
Local de compra: Feira do Alvarinho de Monção 2024
Data de consumo: agosto 24
Produtor: Falua
Localidade: Monção
Enologia: ?
Acidez total: 7º
Açúcares Totais:  AÇÚCARES REDUTORES <2 g/l 
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Após prévio arrefecimento a 5ºC, as uvas foram prensadas, suavemente, sem esmagamento nem desengace. O mosto obtido foi clarificado por decantação estática, seguindo-se a fermentação alcoólica, a temperatura controlada, para se obter o vinho base de espumante, o qual permaneceu sobre as borras finas da fermentação durante 1 ano.  Após a tiragem ocorreu a segunda fermentação em garrafa (método champanhes).  O estágio sobre as borras de fermentação foi aproximadamente de 15 meses em garrafa, tendo ocorrido o dégorgement em Julho de 2023.."
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: risotto de alheira
Pode acompanhar por exemplo:
(446)



sábado, 3 de agosto de 2024

Cêpa Velha (2017): 8/10 [segunda prova]

Nunca fui fã dos vinhos Cêpa Velha, uma das marcas mais antigas da subregião, um vinho que se vende a €6/7 na distribuição local ou no próprio produtor.

Imaginem agora a surpresa quando bebi este 2017 e se revelou excelente,

Para aumentar o inesperado, uma garrafa de 2017 tinha sido bebida há seis anos, com resultados pouco interessantes.

Última nota: qundo abrimos e de imediato bebemos o vinho na sexta-feira pareceu 'morto', sem vivacidade e demasiado ácido.

Felizmente decidimos arrolhar devidamente e aguardar 24 horas.

E não é que se revelou completamente diferente, já com complexidade e a acidez bem 'casada' com a fruta? 

Reparem que estamos a falar de um vinho de 2017, custa €6/7.

Ano da produção: 2017
Data de compra: setembro 2018
Local de compra: no produtor, em Monção
Preço de compra: €6,22
Data de consumo: agosto 2024
Produtor: Vinhos de Monção
Localidade: Monção
Enólogo: ?
Acidez: ?
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a:11º
Acompanhou: carapeus fritos com arroz de legumes
Pode acompanhar: 
(124)

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

colheita 2024: Na região dos VERDES é esperada uma quebra na produção de 5%

 Na região dos VERDES é esperada uma quebra na produção de 5%. O aumento das temperaturas médias e precipitação, face a 2023, favoreceram o desenvolvimento vegetativo, mas aumentaram a incidência de míldio e Black Rot. O ciclo vegetativo teve um abrolhamento precoce, mas devido às baixas temperaturas ocorridas em maio houve um atraso na floração, o que originou problemas de bagoinha e desavinho. 

Nota n.º 08/2024 - Previsão de Colheita - Campanha 2024/2025
Estimativa de diminuição de 8% na produção de vinho na campanha 2024/25 face a 2023/24
https://www.ivv.gov.pt/np4/10639.html

Os cinco melhores alvarinhos a menos de 20 euros

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