quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Terras de Conclave Reserva Bruto Natural (2022): 4/10

O pior deste 'trabalho' é quando surgem vinhos maus ou, vá lá, fracos. Não apenas porque tive de pagar por um vinho de que não gostei, mas também porque não é agradável deixar a critica publicamente.

Quando isso acontece, a generalidade da crítica especializada opta por não escrever, por 'respeito' aos produtores; eu escrevo, por respeito aos leitores.

Terras de Conclave Reserva Bruto Natural é um espumante demasiado ácido, com pouco aroma e sem frescura na boca. Há uma certa doçura na boca, que parece artificial.

Sendo 'produzido e engarrafado' pelo proprietário e enólogo do projeto Rebouça, que sabe fazer bons espumantes, resta a qualidade das uvas.

Relação qualidade-preço: se pensarmos que o excelente Regueiro Espumante Bruto custa cerca de €12, vemos como estes €15 [€18 online] são demasiado.

Ano da produção: 2022
Data de compra: abril 25
Preço de compra: €14,79
Local de compra/prova: Coca, Monção
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Terras de Conclave (não consta do site)
Localidade: Monção
Enologia: Luís Euclides Rodrigues
Acidez Total : ?
Açúcares totais: ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "a segunda fermentação ocorre em garrafa, seguida de um longo estágio mínimo de 24 meses antes do dégorgement"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 4/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou (prato principal): panados (carnes brancas) com arroz malandro
Pode acompanhar, por exemplo:
(489)


quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Valados de Melgaço Natura (2022): 8/10

Artur Meleiro começou a produzir este Natura em 2016, quando ainda era raro falar-se em vinificação natural e, como este se apresenta, para clientes vegan. O 2022, que provei, foi o último lançamento e ainda gostei mais do que o 2017, cinco euros mais caro.

O que o comprador pode esperar é um vinho com excelente aroma e uma acidez bem longa.

Relação preço-qualidade: aceitável (edição limitada)

Ano da produção: 2022
Data de compra: julho 25
Preço de compra: €18
Local de compra/prova: Feira de Monção 2025
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Valados de Melgaço
Localidade: Peso, Melgaço
Enologia: ?
Acidez Total : 7.0
Açúcares residuais: menor do que 1,5 gr/l
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Utilizamos técnicas de vinificação tradicionais–fermentação sem adição de sulfitos e não adição de proteínas de origem animal –adequado para veganos. Fermentação: Em cuba de aço inoxidável, com temperatura controlada de 17ºC, até desdobramento completo dos açúcares. Estágio: Em cuba de aço inoxidável, com batonnage durante 2 meses, permanecendo depois mais 8 meses, em estágio sobre borras finas, em contacto com madeira, até à sua preparação para engarrafamento. Adicionalmente, 3 meses de estágio em garrafa."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou (prato principal): petingas fritas com arroz de feijão 
Pode acompanhar, por exemplo:
(191)

Valados de Melgaço Natura 2017


domingo, 7 de setembro de 2025

Cozido à portuguesa e alvarinho (1ª tentativa)

Já todos sabemos que os mitos que rodearam décadas (centenas?) de anos de vinho branco estão felizmente a desfazer-se a uma grande velocidade.

No caso do verde e do alvarinho em concreto, assiste-se ao mesmo (tem de ser bebido no ano, só envelhece se tiver madeira; no máximo 3/4 anos em garrafa, etc. etc). 

Um dos mitos que rodeiam o vinho verde, e o alvarinho em concreto, é que serve para entradas, peixe e mariscos (sushi, agora). Pouco mais.

Ao longo dos anos oito que leva este projeto, sobretudo nos últimos quatro, gastei muitas da minhas energias a mostrar que o alvarinho vai bem com várias carnes e com vários pratos da gastronomia portuguesa que têm carne. Se em Monção acompanham a 'foda' com alvarinho e se em Ponte de Lima há cada vez mais gente a pedir alvarinho no sarrabulho, isso só pode ser verdade.

Há, contudo, alguns pratos que - sempre ouvi dizer - não faz sentido serem acompanhados por este vinho.

O cozido à portuguesa é um deles.

Ontem um grupo de amigos juntou-se à volta de um cozido bem caseiro e eu levei duas garrafas para uma primeira tentativa.

Pensei num vinho com fruta domesticada e isso é garantido pelo estágio em madeira. Claro que perde na acidez, menos efusiva, mas - como disse - foi uma primeira tentativa.

Em concreto, foram duas garrafas de Regueiro Barricas (2022), imbatível na sua espécie.

O resultado não foi o esperado, talvez porque fizesse falta um pouco mais de acidez (como o vinhão faz com comidas gordas e o cozido à portuguesa, com tanto porco, é sem dúvida uma comida gorda).

Voltarei a tentar oportunamente, desta vez com um alvarinho marcadamente mineral e boa acidez final.


quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Casa de Compostela Estagiado em Barrica (2022): 6/10

A Casa de Compostela, em Famalicão, destacou-se recentemente na atenção dos apreciadores de alvarinho porque foi aqui que António Luis Cerdeira e o filho Manuel alugaram vinhas (20 anos) e adega para fazerem os seus primeiros vinhos.

Mas a Casa de Compostela tem o seu próprio percurso (e já aqui tinha sido provado o seu colheita) e sinal disso é este vinho (2872 garrafas) que assinala 50 anos de fundação da atividade da Casa Agrícola de Compostela (1974-2024)

Trata-se de um vinho com estágio em madeira, algo relativamente comum na subregião, mas ainda raro no resto da região dos Vinhos Verdes.

Sobre este vinho o que se pode dizer é que espanta pelo aroma e pela forma como entra na boca, mas depois não confirma as boas indicações. Dá a ideia de que a madeira se sobrepôs às características da casta, sendo isso sentido, sobretudo, no final, que é curto.

Relação preço-qualidade: para um alvarinho com 9 meses de estágio os €16 percebem-se; na relação preço-qualidade fica um pouco a dever...

Ano da produção: 2022
Data de compra: fevereiro 25
Preço de compra: €16
Local de compra/prova: Douvicoisas, Vila do Conde
Data de consumo: setembro 25
Produtor: Casa de Compostela
Localidade: Famalicão (DOCVV)
Enologia: ?
Acidez Total : ?
Açúcares totais: ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "estágio em barrica de carvalho francês durante nove meses"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou (prato principal): Pargo no forno
Pode acompanhar, por exemplo:
(488)



terça-feira, 2 de setembro de 2025

Opção B Reserva Estágio em Barricas (2017): 6/10

Bebi o 2016 em 2023 e agora o 2017 em 2025. E, no essencial, as ideias mantêm-se: um vinho com muita madeira( eu gosto...), mas um pouco curto em boca. Por aqui nada a assinalar de diferennte entre o 2016 e o 2017.

O problema é o preço: este vinho foi comprado no produtor na Essência do Vinho Verde deste ano e custou €25. Esse é o preço do Soalheiro Reserva (o benchmark nesta gama!) e bem mais do que o extraordinário Regueiro Barricas. Ou seja, claramente excessivo. Ainda por cima, encontrei online a €18, o que é uma diferença significativa. Daí a nota cair um ponto - foi comprado no produtor, insisto.

Ano da produção: 2017
Data de compra: junho 25
Preço de compra: €25
Local de compra: Essência do Vinho Verde 25
Data de consumo: setembro 25
Produtor: AB Wines
Localidade: Amarante, Vinho Regional Minho
Enólogo: António Sousa
Acidez Total: 6,6 g/L (2016)
Açúcares residuais (g): 4,7 g/L (2016)
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação: Estágio em barricas de carvalho francês (quanto tempo?)
Aberto quanto tempo antes: 60 minutos antes
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 14º
Acompanhou: polvo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(372)


sábado, 23 de agosto de 2025

Quinta de Linhares (2023): 6/10

Pouco a dizer deste colheita produzido em Penafiel: um alvarinho discreto, sem vivacidade, que não se bebe com sacrífício mas a que faltam vários predicados. Salva-se a acidez final, de média intensidade.

Ano da produção: 2023
Data de compra: junho 25
Preço de compra: ? [por erro, não tomei nota do preço pago] [€7,71 online]
Local de compra/prova: Festa do Vinho Verde, Porto
Data de consumo: agosto 25
Produtor: agri-roncao.pt
Localidade: Penafiel (DOCVV)
Enologia: António Sousa
Acidez Total :  4.9 g/dm³
Açúcares totais:  2.70 g/dm³
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: " A fermentação ocorreu em cuba de inox a uma temperatura controlada entre 15 a 16ºC - durante aproximadamente 30 dias. Estágio em cuba de inox de 3/4 meses, durante o qual o vinho esteve em contacto com as borras"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou (prato principal): zamburinhas na chapa
Pode acompanhar, por exemplo:
(487)


 

domingo, 17 de agosto de 2025

Gorro (2021): 6/10

Este Gorro, apresentado como sendo da subregião de Monção e Melgaço, resulta da compra de vinho de Melgaço e engarrafado em Moncorvo pela Portugal Boutique Wines.

Já vou ao vinho, mas queria destacar a questão do preço: paguei pela garrafa €10,57, mas vejo que pode custar mais de €15, o que é uma diferença de quase 50% e um preço claramente inflacionado em termos de qualidade (e a nota que aqui se atribui tem quase sempre a ver, também, com o preço). É preciso ter em conta que, sendo de Monção e Melgaço, este vinho está a concorrer com o Soalheiro, Regueiro ou Portal do Fidalgo, para citar três exemplos óbvios, mais baratos e... melhores.

Estamos perante um alvarinho de perfil mineral, pouca fruta, aqui e ali um pouco de cítricos, que se tornam muito presentes sobretudo no final, para alguns, talvez em demasia.

Ano da produção: 202    
Data de compra: maio 25
Preço de compra: €10,57 no produtor [€17,95 online]
Local de compra/prova: garrafeira Vinh'Alvarinho
Data de consumo: agosto 25
Produtor: Portugal Boutique Wines 
Localidade: Moncorvo, (vinho de Melgaço DOC Vinho Verde)
Enologia: ?
Acidez Total : 7,5 g/dm3
Açúcares residuais (g/L): 1,5 g/L
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Decantação a frio durante 2 dias à temperatura de 10 °C, fermentação em cubas de inox com temperatura controlada de 16 °C. Estágio em inox sobre borras finas durante 5 meses."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou (prato principal): cantaril grelhado na brasa
Pode acompanhar, por exemplo:
(486)


domingo, 10 de agosto de 2025

Quinta de Gomariz Espumante Bruto (2023): 7/10

Até agora provei apenas dois espumantes de alvarinho fora da subregião: o Quinta de Carapeços (Amarante) e este Quinta de Gomariz (Santo Tirso). Existe pelo menos mais um, o Camaleão.

Neste caso, estamos perante um espumante muito leve, elegante, com uma bolha extraordinariamente final. Falta alguma estrutura em boca, que é (pelo menos parcialmente) compensada pela acidez final, muito fresca.

Relação preço-qualidade: tem o preço de um espumoso da subregião, o que não deve ajudar na hora do consumidor decidir.

Ano da produção: 2023
Data de compra: julho 25
Preço de compra: €15 no produtor [€17,95 online]
Local de compra/prova: 
Data de consumo: agosto 25
Produtor: Quinta de Gomariz (não consta do site)
Localidade: Santo Tirso
Enologia: António Sousa
Acidez Total : ?
Açúcares totais (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "?"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 9º
Acompanhou (prato principal): arroz de berbigão com filetes de pescada
Pode acompanhar, por exemplo: 
(485)



quarta-feira, 6 de agosto de 2025

"A borla é um extraordinário intensificador de sabor"

 "Quando é à borla, o jornalista excede-se na hipérbole, os croquetes de rabo de touro tornam-se “do outro mundo”, o bloguista pinta a foto e a metáfora para salvar “a musse de garum” e até o cronista que estudou o “Larousse Gastronomique” arranja maneira de injetar na prosa o chefe amigo. Quando é à borla, a comida sabe melhor. A borla inebria, a borla é um tónus, a borla é um extraordinário intensificador de sabor.

(Ricardo Dias Felner, Expresso, 31/7/25)

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Provam substitui Adega de Monção no Mercadona

É, certamente, um dos negócios do ano: a Provam passou a produzir e engarrafar a marca branca de alvarinho (e não só, também, alvarinho e trajadura e ainda um verde tinto) que a Mercadona vende em Portugal.

O Castelo de Moinhos era produzido antes pela Adega de Monção.



segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Anselmo Mendes - Alvarinho do Gonçalo (2021): 8/10

Gonçalo é filho de Anselmo Mendes e tem aqui o primeiro alvarinho em seu nome.

Na apresentação disse, entre outras coisas, que quis fazer um vinho mais suave. E essa palavra define bem o resultado final.

Talvez por ser um jovem (e porque não fazia sentido 'imitar' o que o pai faz), Gonçalo apresenta-nos um vinho que se pode descrever como mais leve, sem que isso seja defeito. Leve no sentido em que não é intenso, arrebatador na fruta, como (pelo menos) os da subregião se caracterizam.

Leve e equilibrado, no sentido em que, por exemplo, pode agradar tanto a mulheres como a homens.

Destaque para o final fresco e salivante.

Como agora está na moda dizer, mais uma boa interpretação da casta.

Relação preço-qualidade: os €22,50 são justificados pela vinificação, mas para uma vinho novo não é barato. Depende do que pretende o produtor.

[Curiosidade: os filhos de António Luis Cerdeira e Anselmo Mendes lançam num curto espaço de tempo novos vinhos, ambos com fermentação malolática, que vai trazer suavidade e alguma cremosidade ao vinho]

Ano da produção: 2021
Data de compra: julho 25
Preço de compra: €22,5 na Feira de Monção
Local de compra/prova: Feira de Monção
Data de consumo: agosto 25
Produtor: Anselmo Mendes
Localidade: Monção/Melgaço
Enologia: Anselmo Mendes/Gonçalo Mendes
Acidez Total : ?
Açúcares totais (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Depois de um estágio em barricas usadas durante 9 meses, onde fez fermentação malolática completa, entregou-se ao tempo, repousando em garrafa durante três anos."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou (prato principal): arroz de marisco
Pode acompanhar, por exemplo: além do óbvio, acompanará bem carnes não muito temperadas
(484)



sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O principal evento de albariño (que nos devia inspirar)

O Conselho Regulador da Denominação de Origem Rias Baixas faz coincidir a grande feira do alvarinho, por estes dias a decorrer em Cambados, Pontevedra, com um evento que merecia ser replicado em Portugal: o Túnel del vino.

Quase 200 produtores expõem os seus vinhos, podendo fazer-se representar com mais do que uma referência. Durante três dias são organizadas diversas sessões (90 minutos) em que profissionais e profissionais podem provar o que entenderem. Há também um concurso. Por €25. Num ambiente muito agradável, com a presença de um sommelier, etc - no fundo, tudo o que não temos em Melgaço ou Monção.

Pelo que percebo os produtores aderem em massa, sendo uma forma de muitos deles, com produções de menos de 5000 garrafas, darem nas vistas junto de quem os pode encomendar.

A maior parta são vinhos do ano (2024), mas o mais antigo era de 2011! Faz tudo parte do mesmo bilhete.


Estes foram os meus três preferidos.

PS - uma nota a desenvolver depois: dá para perceber que o alvarinho português está muito mais desenvolvido ao nível da vinificação do que do outro lado do rio Minho: por lá, mais de 90 % são vinhos em inox com battonage e borras. Ou seja, demasiado iguais. Nos espumantes isso ainda é mais visível.




domingo, 27 de julho de 2025

Ainda as provas pagas na feira do alvarinho: "Outros pensam a mesma coisa e não têm coragem de o fazer"

A iniciativa do produtor Terras de Real na última Feira de Monção de acabar com as provas grátis (e de que aqui se falou) continua a gerar reações.

Já depois da publicação aqui feita, Anabela Sousa publicou um vídeo em que volta ao assunto (já tem uns dias, mas o assunto continua atual) e em que, entre outras coisas, diz que:

- a iniciativa não visa ganhar dinheiro, mas valorizar o produto;

- muitos dos que querem provas grátis nas feiras apenas qurem 'copo cheio';

- muitos (produtores, deduz-se) concordam consigo, mas não têm coragem de o fazer;

- "sei que estou a marcar a diferença, quem quiser Terras de Real tem de o pagar; não posso ser obrigada a fazer o que não quero [a dar provas grátis]".

Vale o que vale, mas nos comentários ao vídeo, uma esmagadora maioria apoia os argumentos de Anabela Sousa (que, na minha opinião, os defende com convicção e de forma genuina). 




sexta-feira, 25 de julho de 2025

Súmius (2024): 7/10

Encontrei a primeira referência a este vinho na lista do restaurante Chiote Monte da Mina, provavelmente o restaurante de Monção com maior oferta de alvarinhos. Pedi e... não encontraram. Teria acabado? A arrumação na entrada pareceu-me um pouco confusa, mas provavelmente já não haveria.
Não descansei enquanto não encontrei e foi através do produtor que obtive uma resposta positiva (são 1000 garrafas, provavelmente não estará à venda em garrafeiras).

Súmius é uma nova marca, com origem em Monção, que começa com um caminho inovador: dar voz e vida às castas tintas da Sub-região que noutros tempos. A isso, juntaram um alvarinho de 2024.

Começo por dizer que este 2024 pede tempo, daqui a dois ou três anos estará certamente melhor. Mas nem sempre podemos esperar e, por isso, aqui vai: estamos perante um vinho de perfil acentuadamente mineral, sem frutas tropicais que caracterizam a maioria da oferta na subregião. 
Fugindo ao perfil 'médio', o produtor é o primeiro a saber que não vai enriquecer com este vinho.
Mas ele tem o seu espaço e por isso distingue-se.

Se a ligação com o prato principal (que não era fácil) não foi satisfatória, acabou por se revelar no final: a sua mineralidade, aliada à acidez e frescura, casou perfeitamente com figos secos e com uma meloa bem docinha.
Guardei um pouco para o almoço do dia seguinte e revelou-se mais aberto, no nariz e na boca.

Relação preço-qualidade: em termos absolutos €15 é caro; em termos relativos percebe-se.
Ano da produção: 2024
Data de compra: julho 25
Preço de compra: oferta do produtor (pvp pelo produtor €15)
Local de compra/prova: 
Data de consumo: julho 25
Produtor: Súmius
Localidade: Uvas de Barbeita, Monção
Enologia:  ?
Acidez Total : 6,6 g/l
Açúcares totais (g/L): <2 
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Desengace total da uva e fermentação a baixa temperatura durante 15 dias"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º/13º
Acompanhou (prato principal): Salada de  muxama de atum com laranja
Pode acompanhar, por exemplo: 
(483)

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Dom Ponciano Memória Grande Reserva (2017): 8/10

Dom Ponciano, um dos produtores mais qualificados da subregião, surpreendeu na última Feira de Melgaço com a apresentação de um produto de luxo: um grande reserva (de base 2017, mas com lotes de 2016 e 2015), numa caixa de três unidades, com edição limitada, destinada, penso, a colecionadores, e que evoca Ponciano de Abreu, avô de Rui Esteves.


A caixa será posta à venda por €120, o que significa que cada garrafa custaria, se vendida separadamente, €40. Foi o meu caso, por especial deferência de Rui.

Há duas coisas que quero dizer:
- Iniciativas como esta valorizam a subregião, elevando-a para outro nível, sobretudo tratando-se de produtos genuínos e não mero marketing (artificial, portanto). São produtos diferenciadores, que chegam a novos públicos e mostram uma ousadia comercial que se saúda, até por não vir de um dos 'big five' da subregião (Adega de Monção, Soalheiro, Anselmo, QM e Provam);

- Esperava um pouco mais de complexidade neste vinho. É um vinho muito bom (no nariz é fantástico), mas pelo preço esperava que fosse excelente. Em boca mostra-se um pouco mais curto do que seria de esperar.  (apesar de aberto uma hora antes, estava muito melhor no final do que no início da refeição).

Ano da produção: 2017
Data de compra: abril 25
Preço de compra: €40 (uma garrafa do conjunto de três)
Local de compra/prova: Feira do Alvarinho Melgaço
Data de consumo: julho 25
Produtor: Dom Ponciano (site não está atualizado)
Localidade: Melgaço
Enologia:  José Lourenço
Acidez Total (g/dm): ?
Açúcares totais (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 11º/12º
Acompanhou:
Pode acompanhar, por exemplo:
(482)



sexta-feira, 11 de julho de 2025

Rebouça Espumante Extra Bruto Super Reserva (2019): 8/10

Luís Euclides Rodrigues levou à Feira de Monção o seu novo espumante, um extra bruto com 38 meses de estágio (poderia porttanto ser um Grande Reserva), que fez o degorgement em janeiro deste ano.

O resultado impressiona, não apenas porque o alvarinho casa muito bem com os espumantes extra brutos (açúcar residual, inferior a 6 gramas por litro, o que potencia a acidez), como porque se sabe que essa vinificação vai evidenciar a complexidade dos sabores (mais brioche do que croissant). 

É o que se verifica com este Rebouça, com uma bolha muito fina, quase invisível, um pouco de madeira (discreta) e cítrico. Final longo e lento.

€20 é uma pechincha!


Ano da produção: 2019
Data de compra: 
Preço de compra: prova em feira (o produtor indica um pvp ridículo de €20! €17 na Feira]
Local de compra/prova: Feira do Alvarinho Monção
Data de consumo: julho 25
Produtor: Rebouça (não está atualizado)
Localidade: Monção
Enologia: Luís Euclides Rodrigues
Acidez Total (g/dm): ?
Açúcares totais (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): ?
Método de vinificação, segundo o produtor: "."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou: 
Pode acompanhar, por exemplo: 
(481)



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segunda-feira, 7 de julho de 2025

O fim das provas grátis nas feiras de alvarinho?

Outra das novidades da Feira do Alvarinho de Monção foi o aparecimento, pela primeira vez, de um produtor que impôs um preço mínimo para as provas que habitualmente são grátis.

Por €0,50 bebia-se um 'shotinho' no stand do produtor Terras de Real.

Pude conversar com Anabela Sousa, que explicou que o objetivo era evitar aqueles que querem beber por beber e, assim, tentar selecionar o cliente que poderá estar interessado em conhecer/apreciar o seu alvarinho. Por outro lado, é uma forma de ajudar a gerar receitas que ajudem a pagar o custo de um stand na Feira, bastante elevado.

Trata-se de uma proposta tão radical quanto polémica. Posso garantir que outros produtores ali presentes comentavam a opção, quase todos (entre aqueles com quem fui falando) criticando, mas com alguns a reconhecer que quem prova em todos os stands (quase 40, muitos deles com mais do que uma referência aberta)... só quer beber e, com isso, não traz mais-valia às marcas.

Eu percebo a opção de Anabela Sousa, mas se todos fizessem assim a Feira perdia muito do seu interesse.

Acredito que o assunto será motivo de discussão e que poderá levar a uma posição da Associação de Produtores. Pró ano veremos. 

Outras coisas que retive da Feira:

- a Feira esteve 4 dias aberta e, em alguns deles, até muito tarde (5 da manhã...). Resultado, na manhã de sábado vários stands estavam fechados (sobretudo entre os produtores que não têm pessoal para fazer diversos turnos). Estica-se a manta de um lado, mas descobre-se de outro... Vale a pena manter horários tão alargados? O cliente que foi na manhã de sábado ou de domingo sentiu-se valorizado?

- Outra das consequências é que alguns produtores recorreram a colaboradores que estariam ali como numa sapataria a vender sapatos. Nada sabem do vinho que estão a promover nem o que devem por num copo. Não é bom para ninguém [num deles, era mesmo tão pouco vinho para prova que tive de pagar um copo; custou €3, a garrafa custava €8...];

- apesar de ser a maior feira, faltaram produtores como Quinta do Regueiro, Márcio Lopes ou o novo projeto de António Luis Cerdeira, para falar dos mais conhecidos. 

domingo, 6 de julho de 2025

Vinha Antiga (2001): 10/10

A  maior sensação da Feira do Alvarinho de Monção, que hoje termina, é um vinho que custa €150. Pelo preço? Inevitavelmente. Penso não estar errado se disser que é o vinho mais caro até hoje numa feira de alvarinhos em Portugal.

Não é, contudo, o alvarinho mais caro aqui produzido, pelo que o que sobressai é o facto de se tratar de um colheita (o vinho mais 'banal', portanto) de 2001, o Vinha Antiga, da Provam.

A Provam 'descobriu' que tinha em cave umas 120 garrafas e, em boa hora, decidiu 'partilhá-las' com quem as puder provar/comprar.

Fui um desses privilegiados e só posso dizer que fiquei encantado.

Claro que, como diz um reputado enólogo da subregião, não há bons vinhos velhos, há boas garrafas de vinhos velhos. Porque, com facilidade, o líquido pode não estar em condições. Muito mais, tratando-se de um colheita. Será diferente com um velha reserva, por exemplo.
Já tinha provado o 2007 e tinha ficado fascinado. O 2001 pode até nem estar tão 'afinado' como o 2007, mas é incrível como um vinho, que não é pensado para tal, pode durar 24 anos e estar ainda melhor! Continuava fresco, com muitas camadas de sabores e um travo de madeira, muito agradável. O final é incrível e ficou largos minutos na boca. O mais curioso? Em prova cega, e só pelo nariz, talvez não adivinhasse que era alvarinho, tal a revolução que ali aconteceu. Na boca, depois, não engana.
Ano da produção: 2001
Data de compra/prova: julho 2025
Preço de compra: €150 euros 
Local de compra: Feira do Alvarinho de Monção 2025
Data de consumo: Julho 25
Produtor: Provam
Localidade: Barbeita, Monção
Enólogo: ?
Acidez Total: (g/l):
Açúcares (g/l):
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação: "." (produtor)
Aberto quanto tempo antes: 
Quantidade de garrafas consumidas: um fundinho...
Pontuação: 10/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(27) 

domingo, 22 de junho de 2025

Principais produtores de Monção e Melgaço continuam a boicotar o concurso dos Vinhos Verdes?

Das duas, uma:

- ou os grandes produtores (Soalheiro, Anselmo Mendes, Regueiro, Santiago, etc) participaram, enviando os seus melhores vinhos, que o júri recusou sistematicamente;

-ou não participaram. E se assim foi, só posso entender como um boicote (o que acontece, pelo menos, pelo segundo ano consecutivo).

Conheço bem os três vinhos que venceram a medalha de ouro, mas como dizer que são os melhores da Região Verde? O espumante Dona Paterna é bastante bom, mas posso, de memória, enumerar 15 melhores vinhos, só para citar um exemplo. O mesmo se passa com o Deu-la-Deu Reserva 2023. E o Quinta das Pirâmides Reserva 2021 não é, nem de perto nem de longe, o melhor vinho com estágio da Região!

Curioso observar como a presidente da CVRVV, Dora Simões afirmou que "a Região dos Vinhos Verdes está a apostar em segmentos premium que registam uma afirmação crescente no mercado” e os três vinhos vencedores são entradas de segmento ou quase.

Alguma coisa se passa.

Já não é a primeira vez que deteto situações estranhas neste concurso (O vencedor de 2021 não se vende em Portugal; em 2023 o vencedor foi tão surpreendente quanto absurdo e já no ano passado se percebia o boicote dos principais produtores da subregião, apesar do mérito do vencedor).

Porquê este boicote? Terá a ver com a incapacidade da Comissão em criar uma DO Monção e Melgaço?

A lista dos vencedores.



terça-feira, 17 de junho de 2025

Anselmo Mendes A Torre (2019): 9/10

É certo que o Parcela Única é um alvarinho de referência, mas faltava a Anselmo Mendes um vinho topo de gama (Tempo, pelo preço, destaca-se, mas continuava a faltar alguma coisa).

Provam e QM já tinham arriscado no patamar dos €50, fazia sentido que outros produtores, como Anselmo, fizessem o mesmo.

E este ano Anselmo Mendes decidiu resolver esse 'problema', com o lançamento de A Torre (2019), uma seleção das melhores vinhas da Quinta da Torre, que comprou vai para 20 anos, em Monção.

Como seria de esperar, trata-se de um vinho sofisticado, sobretudo na boca, com forte mineralidade. No nariz percebe-se os cítricos característicos da casta, mas na boca são muitas camadas, perfeitamente harmonizadas com a madeira das barricas usadas, que está lá, mas discretamente.

O ponto alto é o final: além de longo, mostra uma acidez vibrante, que o torna fresco e meio salino.

Daqui a 10 anos terá nota 10!

Relação preço-qualidade: é um dos mais caros da subregião (produção pequena), mas também um dos mais distintivos. 

Ano da produção: 2019
Data de compra: abril 25
Preço de compra: oferta (online varia entre os €43 e os €53]
Local de compra/prova: Feira do Alvarinho Melgaço
Data de consumo: junho 25
Produtor: Anselmo Mendes (alguns meses depois ainda não consta do site da empresa)
Localidade: Monção
Enologia: Anselmo Mendes
Acidez Total (g/dm): ?
Açúcares totais (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Fermentou em barricas usadas durante nove meses, com bâtonnge suave."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 12º/13º
Acompanhou: panados e arroz de le
Pode acompanhar, por exemplo: tudo, menos, talvez, carnes vermelhas mal passadas
(480)


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Casa do Capitão-mor Unfiltered (2020): 8/10

 Trata-se de um vinho produzido com uvas da Quinta de Paços / Casa do Capitão-mor (Monção) e enologia de Henrique Cizeron e Paulo MG Ramos, que se destaca pelo facto de não ter sido filtrado.

O mais curioso é que, mesmo assim, o vinho não parece ter depósito, apresentando-se muito limpo no copo.

Vinho com uma acidez excelente e muito fresco, destaca-se também pela complexidade de sabores, que tanto vão do cheiro de charuto à madeira de carvalho, passando por amêndoa torrada.

Relação qualidade-preço: não consegui saber o preço, mas a produção não ultrapassa as 400 garrafas. Em 2020 foi o primeiro ano.

Ano da produção: 2020
Data de compra: junho 25
Preço de compra: oferta do produtor
Local de compra/prova: Essência do Vinho 2025
Data de consumo: junho 25
Produtor: Quinta de Paços /Casa do Capitão-mor
Localidade: Monção
Enologia: Henrique Cizeron e Paulo MG Ramos
Acidez Total (g/dm): 7,2
Açúcares totais (g/L): 2.0
Teor Alcoólico (%vol): 13,7º
Método de vinificação, segundo o produtor: "fim de fermentação e estágio em barricas de carvalho francês usadas, durante 15 meses com batonnage durante 8 meses, sem trasfegas e engarrafamento sem filtração. Sem estabilização tartárica. Sujeito a deposito. Estágio adicional em garrafa durante 28 meses. A produção das uvas está certificada como “Produção Integrada”."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo: 
(479)


quarta-feira, 4 de junho de 2025

Soalheiro O Cubo (2022): 8/10

Uma curiosidade, para começar: se o leitor procurar informação sobre etse vinho não vai encontrar... a não ser no site do Soalheiro. Esta será, portanto, a primeira crítica online a um vinho de 2022, resultado daquilo a que Luis Cerdeira chamou a Cave da Inovação e que não teve distribuição/venda ao público. Acabei por o conseguir, solicitando uma garrafa ao produtor (não tenho, também por isso, informação sore o preço).

Outra nota: à semelhança de outras novidades que o Soalheiro lançou em ou até 2023, não houve, até agora, edição posterior.

Sobre o vinho: diz-se que está tudo inventado no vinho e no alvarinho, mas Cerdeira voltou realmente a inovar, com este vinho fermentado numa cuba de vidro (o Cubo): trata-se de um vinho muito salino, tão salino que as papilas gustativas ficam aos saltos! Chega a parecer picante, mas é só perceção. Boa acidez.

O aroma revela-se complexo, quer com fruta tropical madura quer com maçã verde (mais vegetal).

Relação preço-qualidade: como escrevi antes, não sei o preço ao certo, mas deduzo que andará pelos €20 já que o preço deste pack é €45.

Ano da produção: 2022
Data de compra: abril 25
Preço de compra: oferta do produtor
Local de compra/prova: 
Data de consumo: junho 25
Produtor: Quinta do Soalheiro
Localidade: Melgaço
Enologia: António Luís Cerdeira
Acidez Total (g/dm): 6,5
Açúcar residual (g/L): seco
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "utilizamos uma seleção de uvas de Alvarinho provenientes do vale de Monção e Melgaço, uvas de perfil semelhantes ao nosso Soalheiro Alvarinho Clássico, mas que fermentam e estagiam num recipiente de vidro." 
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: Bacalhau no forno
Pode acompanhar por exemplo: fiquei com vontade de experimentar com queijos
(478)



terça-feira, 27 de maio de 2025

Soalheiro Primeiras Vinhas (2020): 9/10

Este 2020 aberto em 2025 revelou-se brutal!

Sofisticação, complexidade, aroma, acidez. Excelente.

É mesmo preciso mudar a mentalidade do consumidor português, relativamente aos alvarinhos de Monçaõ e Melgaço: comprar e guardar em vez de comprar e beber logo.

Ano da produção: 2020
Data de compra: 2021
Preço de compra: oferta do produtor
Local de compra:
Data de consumo: maio 2025
Produtor: Quinta do Soalheiro
Localidade: Melgaço
Enologia: António Luis Cerdeira
Acidez Total (g/dm3): 6,9
Açúcar (g/l): seco (residual)
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor:
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: arroz de marisco
Pode acompanhar por exemplo:
(67)

Primeiras Vinhas 2016

Primeiras Vinhas 2017

Primeiras Vinhas 2018

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Casa de Oleiros (2023): 4/10

Este vinho custou €6 na última edição da UVVA em Amarante. Não se pode dizer que seja um vinho caro, embora saibamos que as grandes superfícies têm alvarinhos muito semelhantes ou até melhores, mas mais baratos. É, portanto, ingrato querer competir neste patamar.

Este Casa de Oleiros é um vinho que não se bebe com sacrifício, embora seja desinteressante. Destaca-se pelo aroma. No resto é curto.

Ano da produção: 2023
Data de compra: outubro 24
Preço de compra: €6
Local de compra/prova: UVVA, Amarante
Data de consumo: maio 25
Produtor: Casa de Oleiros
Localidade: Amarante
Enologia: Jorge Sousa Pinto
Acidez Total (g/dm):7,0
Açúcar residual (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Após a escolha criteriosa das uvas, segue-se uma vinificação cuidada para enaltecer todo o potencial da casta Alvarinho. O Casa de Oleiros Alvarinho apresenta aspeto límpido e cor cítrica. Aroma predominante frutado, exibido em notas exóticas e revelando uma harmonia com notas florais delicadas. Fim de boca envolvente e prolongado." [haja criatividade!]
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 4/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: Pargo no forno
Pode acompanhar por exemplo:
(477)


quarta-feira, 21 de maio de 2025

ADN Anselmo Mendes & Dirk Niepoort (2024): 7/10

Desconheço quando Anselmo Mendes e Dick Niepoort começaram a produzir este alvarinho, a que deram o nome de ADN, mas provei o 2023 e agora o 2024, para confirmar que estamos perante um vinho 'de Verão'. Leve, forte aroma frutado, cítrico, salino.

Quando se juntaram, Anselmo Mendes e Dick Niepoort poderiam ter feito o alvarinho que quisessem. Optaram por um vinho que me parece menos gastronómico e mais de esplanada ao fim da tarde. Refrescante

Relação preço-qualidade: boa.

Ano da produção: 2024
Data de compra: maio 25
Preço de compra: €12,90
Local de compra/prova: garrafeira Vinhalvarinho
Data de consumo: maio 25
Produtor: Anselmo Mendes & Dick Niepoort
Localidade: Melgaço
Enologia: Anselmo Mendes & Dick Niepoort
Acidez Total (g/dm): ?
Açúcar residual (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "As uvas inteiras desengaçadas foram prensadas, e de seguida decantadas a frio durante 48-72h. Foi feita uma longa fermentação a baixas temperaturas entre 14 a 18ºC. Estagiou sobre borras finas durante um período de 4 meses com bâtonnage regular. Vindima manual, fermentação em cuba de inox, estágio de 4 meses em cuba de inox."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 12º
Acompanhou: Bacalhau assado
Pode acompanhar por exemplo:
(473)

ADN 2023

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Abel Codesso junta-se a Anselmo Mendes

Abel Codesso, que deixou a Provam, assume a partir de hoje o cargo de responsável pelo departamento de enologia da empresa Anselmo Mendes Vinhos. Ou seja, vai passar a trabalhar com o seu velho amigo e mentor Anselmo.

Ao nível da subregião, é uma contratação de peso, quase como juntar Messi e Ronaldo na mesma equipa.

Abel vai trabalhar numa das mais prestigiadas e desenvolvidas empresas de vinhos de Monção e Melgaço (com mais de 30 referências e exportação para mais de 40 países), o que tanto pode ser um conforto como um desafio.

Uma coisa parece certa: sendo provavelmente o melhor espumanteiro da subregião, uma área que Anselmo tem pouco desenvolvida e onde ainda não se destacou, a mais valia parece evidente.




terça-feira, 13 de maio de 2025

Pequenos Rebentos Espumante Bruto Cuvée (2021): 8/10

É o primeiro espumante de alvarinho que Márcio Lopes produz. E, num mercado que já está muito bem ocupado, Márcio quis fazer algo diferente. Conseguiu-o.

Desde logo por se apresentar como um cuvée, ou seja, quando o suco extraído da primeira prensagem da uva é realizado de forma mais leve, o que, dizem os técnicos, permite conferir maior acidez, riqueza aromática e coloração mais clara.

Depois porque resulta da mistura de vários lotes. 

Finalmente, e mais importante para mim, porque tem uma bolha tão fina que quase parece um vinho tranquilo. Sem tanto gás, é naturalmente mais suave. Segundo o produtor, este cuvée, lançado na última Feira de Melgaço, não fermentou na totalidade, daí ter menos pressão (e, já agora, a rolha também é mais pequena que o habitual).

Devo dizer que, para um espumante, primeiro se estranha, mas depois...

Relação preço-qualidade: €19,5 está dentro daquilo que é o preço normal para um espumante com estas características e qualidade.

Ano da produção: 2021
Data de compra: abril 25
Preço de compra: €15 (€29,90 online)
Local de compra/prova: Feira do Alvarinho 2025, Melgaço
Data de consumo: maio 25
Produtor: Márcio Lopes Winemaker
Localidade: Melgaço
Enologia: Márcio Lopes
Acidez Total (g/dm): ?
Açúcar residual (g/L): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: "100% Alvarinho de Melgaço, com base na mistura de vários lotes. Fez estágio 24 meses com borras finas (70% em barricas + 30% em inox) e 18 meses estágio em garrafa. É um espumante bruto, que não fermentou na totalidade"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: Arroz de camarão
Pode acompanhar por exemplo:
(476)


sexta-feira, 9 de maio de 2025

Quinta da Lixa Escolha (2024): 3/10

 Não há muito a dizer deste Quinta da Lixa Escolha: há uma aroma tropical muito intenso, na boca a fruta continua forte mas não há 'casamento' com a acidez, que está bem presente. Parece artificial.

(em 2019 bebi o 2017 e escrevi que no rótulo havia referência a vinho de Monção e Melgaço; isso agora desapareceu).

Relação preço-qualidade: há alvarinhos melhores e mais baratos.

Ano da produção: 2024
Data de compra: abril 25
Preço de compra: €7,49
Local de compra/prova: Continente, Norte Shopping
Data de consumo: maio 25
Produtor: Quinta da Lixa
Localidade: Lixa, Amarante. VV DOC
Enologia: ?
Acidez fixa (g/L): 5,7º
Açúcar residual (g/L): 3.0 g/l 
Teor Alcoólico (%vol): 13,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 3/10
Primeiro copo servido a: 11º
Acompanhou: bacalhau à Gomes de Sá
Pode acompanhar por exemplo:
(159)



terça-feira, 6 de maio de 2025

Exemplar (2020): 9/10

Exemplar é o último alvarinho que Abel Codesso produziu para a Provam e é também o seu melhor vinho nestes anos de gestão da empresa de Monção.

Exemplar ficará, assim, como uma imagem de marca, que Élio Lara tem de saber continuar.

É vinho só de uma parcela, com fermentação integral em madeira, uma parte teve contacto pelicular.

O aroma de alvarinho é profundo e rico, com destaque para a fruta. Mas é na boca que revela a sua complexidade e riqueza. Um vinho cremoso, quase meloso, em que a madeira não assume protagonismo mas enriquece. No fim, a tradicional acidez, muito bem integrada e prolongada.

Relação preço-qualidade: nem sequer é o vinho mais caro da Provam; €30 é um bom preço. E não é por serem menos de 2000 garrafas que tem de custar €50 ou €60...
Ano da produção: 2020
Data de compra: abril 25
Preço de compra: prova na Feira de Melgaço 2025 (€29,90 online)
Local de compra/prova: Feira do Alvarinho 2025, Melgaço
Data de consumo: abril 25
Produtor: Provam
Localidade: Monção
Enologia: Abel Codesso
Acidez Total (g/dm): 
Açúcar residual (g/L): 
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "."
Quantidade de garrafas consumidas: 
Pontuação: 9/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(475)


sábado, 26 de abril de 2025

Génese (2024): 8/10

Génese é o primeiro alvarinho produzido por António Luís e Manuel Cerdeira, pai e filho, que dão corpo ao projeto Vinevinu.

A Feira de Melgaço, que decorre até amanhã, serviu de montra e de lançamento de um vinho que nunca teria um nascimento fácil: depois de ter inventado praticamente todos os alvarinhos do Soalheiro, que poderia António Luís fazer de novo? Mais do mesmo? Escolher um dos seus filhos anteriores e explorá-lo?

Quem o conhece sabe que isso nunca aconteceria. Por todas as razões e mais uma, este Génese teria de ser um vinho diferente, mesmo tratando-se de um colheita.

E conseguiram-no.

O primeiro passo foi escolher vinhas de altitude, em Estivadas (Melgaço), onde podem ser colhidas a 500 metros - essa é (parte d)a explicação para um vinho que tem apenas 12,2º de alcool (12,5º na garrafa).

Depois a aposta na fermentação malolática, que vai trazer um sabor mais suave e cremoso ao vinho. Apesar de reduzir a acidez málica (própria da uva),  a acidez final está bem presente e até surpreende.

Apesar de ter 20% de barrica, não encontrei sinais de madeira. 

Os Cerdeiras dizem que este é um vinho para boca, para a restauração. Acho que o conseguiram. E, sobretudo, têm um vinho diferenciador, o que não é fácil neste contexto.

Relação preço-qualidade: muito boa.

Ano da produção: 2024
Data de compra: abril 25
Preço de compra: oferta do produtor (€12 online)
Local de compra/prova: Feira do Alvarinho 2025, Melgaço
Data de consumo: abril 25
Produtor: Vinevinu
Localidade: uvas de Melgaço
Enologia: António Luís e Manuel Cerdeira
Acidez Total (g/dm): 5.4
Açúcar residual (g/L): seco
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: "elaborado a partir de vinhas selecionadas no declive da montanha. A vinificação assume o lote entre a fermentação lenta em inox com malolática parcial e o estágio de 20% em Barricas Mixtus, barricas que na sua construção possuem madeiras de origem diferente."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 8/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou: 
Pode acompanhar por exemplo:
(474)



sexta-feira, 25 de abril de 2025

Élio Lara substitui Abel Codesso na Provam

É a notícia do mês. Abel Codesso vai sair da Provam e para o seu lugar entra Élio Lara, que, em simultâneo, vai manter a sua própria marca.
Oficialmente saber-se-á do novo emprego de Abel Codesso daqui a duas semanas, mas será uma bomba...

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Encostas de Melgaço Espumante Bruto Reserva (2022): 7/10

Da Quinta da Pigarra saem alguns dos melhores vinhos de Melgaço. Dos quatro que nesta altura produzem, faltava provar o Espumante Reserva, lançado na última Feira do Espumante (novembro de 2024).

Antes ainda de ir ao vinho, uma observação: há muitos produtores que se limitam a comunicar via Instagram, mas, para quem já produz milhares de garrafas e tem uma aposta tão clara na qualidade, isso não pode dispensar uma página. Se quisermos saber alguma coisa da Quinta da Pigarra temos de ir ao Instagram, porque o site não existe. E se quisermos ler algum elemento da ficha técnica?

Vamos a um exemplo concreto: paguei €20 pela garrafa na Feira e agora queria saber quanto custa ao público. Não encontrei uma única referência. Salvo melhor opinião, parece-me coisa de amador.

Sobre o vinho: pelo que já disse antes, as expetativas eram altas (vários dos seus vinho receberam um 9/10), mas desta feita não saíram completamente confirmadas. Esperava que fosse excelente e não chega a esse patamar.É na boca que se sente alguma falta de complexidade, de resto quer no aroma quer na bolha quer na acidez final tudo bom.

Relação preço-qualidade: como disse, não sei quanto custa; sei que na Feira custou €20 euros, mas se tivermos em conta que o Espumante Bruto custa agora €18 euros, é difícil imaginar que o Reserva fique a muito menos de €25. Não o encontrei à venda online.
Ano da produção: 2022
Data de compra: nov 24
Preço de compra: €20,00
Local de compra/prova: Feira do Espumante, Melgaço
Data de consumo: abril 25
Produtor: Quinta da Pigarra
Localidade: Melgaço
Enologia: ?
Acidez Total (g/L): 
Açúcar residual (g/L): 
Teor Alcoólico (%vol): 12,5º
Método de vinificação, segundo o produtor: ""
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 10º
Acompanhou: filetes polvo com arroz do mesmo
Pode acompanhar por exemplo:
(473)

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Quinta do Peso (2023): 4/10

Talvez inspirados pelo sucesso da Quinta da Lixa, o vinho começou a ganhar grande preponderância no concelho de Amarante, sendo que o alvarinho passou a ser uma das apostas.

Já encontrei bons vinhos no concelho (Quinta do Carapeço, ABWines) mas também alguns desinteressantes.

É o caso deste QdP (Quinta do Peso), que tem um aroma indistinto e em que as características essenciais do alvarinho não se percebem. Para agravar, pareceu-me mais doce do que seria de desejar. Ponto positivo: a acidez.

Mais uma observação: 14º de teor alcoólico é exagerado.

Relação preço-qualidade: €8 em feira (€10 ao público?) é caro.

Ano da produção: 2023
Data de compra: out 24
Preço de compra: €8,00
Local de compra/prova: UVVA, Amarante
Data de consumo: abril 25
Produtor: Quinta do Peso
Localidade: Amarante
Enologia: ?
Acidez Total (g/L): 6,5
Açúcar residual (g/L): 2,2 
Teor Alcoólico (%vol): 14º
Método de vinificação, segundo o produtor: "A fermentação e estágio de 6 meses ocorreram em cubas de inox. "
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 4/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: filetes de pescada frita
Pode acompanhar por exemplo:
(472)


terça-feira, 1 de abril de 2025

Seleção de Enófilos Reserva (2023): 4/10

Seleção de Enófilos é a marca branca do Intermarché. 

Já existia um Seleção de Enófilos alvarinho (colheita), agora encontrei um Reserva, ambos produzidos pelas Quintas de Melgaço.

A diferença não é muito grande.

Estamos a falar de um vinho abaixo dos €5, com muitas limitações, sobretudo em boca, onde parece demasiado ácido e com pouca fruta. No nariz não desilude.

Relação preço-qualidade: é um vinho barato (mas não o melhor abaixo dos 5 euros) e a qualidade é fraca.

Ano da produção: 2023
Data de compra: nov 24
Preço de compra: €4,29
Local de compra/prova: Intermarché de Monção
Data de consumo: março 25
Produtor: QM para Intermarché
Localidade: Melgaço
Enologia: ?
Acidez Total (g/l):
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 12º
Método de vinificação, segundo o produtor: ""
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: Arroz de bacalhau
Pode acompanhar por exemplo:
(471)


segunda-feira, 24 de março de 2025

Casa de Rodas (2023): 7/10

Casa de Rodas é o primeiro vinho produzido pela parceria Mendes & Symington. A aposta foi jogar pelo seguro, com Anselmo Mendes a titular. Claro que se pode perguntar quantos vinhos, de uma mesma casta, um enólogo pode fazer sem que comece a repetir, mas por outro lado há a certeza de que sairá um vinho bom.

Não é contudo um vinho marcante ou diferenciador: na minha perspetiva, não se tornará uma referência entre os apreciadores de alvarinho, subsistindo todavia a certeza de que se a garrafa vier para a mesa estamos bem servidos.

Felizmente este segmento até aos €20 está cheio de boas opções, pelo que fica a curiosidade em saber qual será o próximo passo da Mendes & Symington.

Sobre o vinho: destaca-se o aroma, muito intenso e floral. Na boca, sendo um vinho bastante equilibrado, revela frutos secos, como figos. Boa acidez. O final, sem ser arrebatador, é interessante.

Relação preço-qualidade: já vi vários preços, entre os €16 e os €19 euros. Bom no primeiro caso, puxadote no segundo.

Ano da produção: 2023
Data de compra: fevereiro 2025
Preço de compra: oferta particular
Local de compra/prova: 
Data de consumo: março 25
Produtor: Mendes & Symington 
Localidade: Quinta de Rodas, Monção
Enologia: Anselmo Mendes
Acidez Total (g/l): 
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "Clarificação estática do mosto por frio a 12ºC durante 48h. Fermentação durante 3 semanas com temperaturas entre os 14ºC e os 22ºC. Estágio sobre borras finas durante 6 meses."
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 7/10
Primeiro copo servido a: 13º
Acompanhou: Bacalhau à Gomes de Sá
Pode acompanhar por exemplo:
(470)


quarta-feira, 19 de março de 2025

Bustelo (2023): 6/10

Bustelo é uma nova marca de vinhos verdes, embora tenha começado pela exportação (Inglaterra, Brasil).

Na origem está a Cas’Amaro (produtor de Alenquer, com cinco quintas de Norte a Sul) que adquiriu a Quinta do Bustelo, uma propriedade de 25ha com vinhas, entre o Marco e Amarante.

No mercado há Loureiro, Azal, Arinto e Alvarinho.

E foi este que provei na última edição da Essência do Vinho, onde a Cas'Amaro fez a sua estreia.

Trata-se de um vinho frutado, fresco, por isso agradável. A acidez é média.

Relação qualidade-preço: faço a pergunta do costume - quem é que em Portugal vai comprar este Bustelo, quando tem o Regueiro Reserva ao mesmo preço. Um euro menos e estaria mais adequado.
Ano da produção: 2023
Data de compra:
Preço de compra: €9,50 (segundo o produtor)
Local de compra/prova: Essência do Vinho 2025
Data de consumo: fevereiro 25
Produtor: Cas'Amaro /Quinta do Bustelo
Localidade: Marco de Canavezes
Enologia: Ricardo Santos
Acidez Total (g/l): 5,90g/L
Açúcar residual (g/l): ?
Teor Alcoólico (%vol): 13º
Método de vinificação, segundo o produtor: "O mosto é sujeito a refrigeração até 8ºC e faz a decantação estática durante 2 dias. Após separação das borras, inicia a fermentação que ocorre durante cerca de 3 semanas, a 12-14ºC. Após a fermentação estagia durante 3 meses sobre borras finas, seguindo-se o engarrafamento"
Quantidade de garrafas consumidas: 1
Pontuação: 6/10
Primeiro copo servido a: ?
Acompanhou:
Pode acompanhar por exemplo:
(469)



Terras de Conclave Reserva Bruto Natural (2022): 4/10

O pior deste 'trabalho' é quando surgem vinhos maus ou, vá lá, fracos. Não apenas porque tive de pagar por um vinho de que não goste...

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